Aventuro-me em novos amores toda vez que o último desanda, sendo assim uma forma de esquecer de quão cego ficamos à essas aventuras amorosas. Só o próprio sentimento em si enche e estufa meu peito, lembrando-me que as artérias de meu sistema cardiovascular aceleram a medida que o sentimento se torna mais visível, entregando qualquer possibilidade de mantê-lo oculto. Só o furor causado já me faz arriscar. Entendo como ousadia muito mais que usar esmaltes e maquiagens diferentes. Ora, que nome se dá, então, àqueles que amam o proibido? Eu chamaria-os de ousados e em alguns casos, loucos.
Deixo um pouco de lado o orgulho impregnado à alma, como forma rendição total. Ergo meus braços, mais que em qualquer grito de prepotente, mostrando que não tenho armas além de minhas palavras e sentimentos. No mundo moderno, não interessa com quantos versos Shakespeare constituiu seus poemas e nem como anda a política brasileira. Tudo o que se procura é o amor desenfreado, fácil e amável. Por não estar à venda no mercado consumidor, tantas pessoas, assim como eu, são levadas, diariamente, ao auto questionamento e à busca ensandecida. O melhor deste sentimento é ter alguém preenchendo o vazio que há na vida e a certeza que todo dia na saída vai ter alguém além do portão verde esperando-te com um belo sorriso no rosto, um violão e mais uma canção.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Não consigo escrever sobre outra coisa.
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