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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Relatos de uma viagem praiana: Bertioga PARTE II
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Relatos de uma viagem praiana: Bertioga. PARTE I
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Estou de volta.
Que felicidade estar de volta.
A alegria daqueles que ficam é a volta.
Muitas coisas acontecem em uma semana. A saudade aumenta junto com o tédio. Pouco muda. Só a gente que muda. Muda o pensamento, a cor do cabelo e da pele. E quando voltamos, descobrimos que nossas coisas estão intactas tal como deixamos-nas. A mesma colcha na cama, a mesma bagunça no guarda-roupa e o mesmo computador imundo. E nós? Como será que estamos?
Com uma confusão daquelas na cabeça.
É o alívio de se estar sã e salva em casa. É a certeza de que nenhuma catástrofe aconteceu na sua ausência. É por as suas coisas no lugar, de novo. É voltar para a sua própria vida.
Deixamos para trás uma semana de excessiva tranqüilidade. É o calor, o vento e o sal da água. É o crepúsculo praiano, onde sua beleza é acentudade demais. Larga-se na memória as coisas bonitas que vimos, os problemas e os desapontamentos. Haverá aquela saudade doentia de querer mover céus e terras para voltar?
Quando viajamos para terras desconhecidas, navegamos por uma estrada escura. Não temos certeza sobre o que encontraremos. Incertezas é tudo o que tínhamos. É bom que respiremos novos ares de vez em quando. É bom que paremos para pensar em nossa vida por alguns momentos. É bom fazer as férias valerem à pena, de alguma maneira.
Sigo querendo viajar pelo desonhecido. Maior ainda é a vontade de voltar à vida de rio-pardense.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
“O tempo passa. [...] Até pra mim” Bella Swan em Lua Nova.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Pronta para viajar. De novo.
Mas não tem eufemismo que me tire o que tá escrito na minha testa. Eu quero mesmo é ver, na imagem difusa do horizonte que passa rápido diante dos meus olhos, algo que se assemelhe uma saída. Uma abertura que pareça uma porta, um caminho que aparente ser o certo. Parto dentro de algumas horas em viagem rumo ao Litoral Sul de São Paulo, mas não como um pássaro, que de longe tudo vê, mas nada pode fazer. Vou pelo chão, pra ver a vida de perto, pra ver o céu que me cobre os ombros de azul.
Esse é o consolo dos amigos
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Saudade é o termo de quem se apega. Buscamos pelo que é palpável, real.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Arquivos
domingo, 9 de janeiro de 2011
Espelho
O que é que o teu reflexo diz?
O que seu espelho mostra pra você, quando você está de frente pra ele? O que é que você diz de você mesmo, do que você faz, do que você fez, do que você pensa? Seria possível tamanho distanciamento de si mesmo, a ponto de tecermos uma auto-avaliação que não seja contaminada pela nossa vaidade?
O que tenho descoberto é que, a cada dia que passa, nós, que acreditamos em nós mesmos, vemos no reflexo algo cada vez mais parecido com o que sonhamos. Que fique claro que não me refiro, aqui, à imagem física, às aparências e às enganosas armadilhas que essas nos colocam pelo caminho. Eu falo de sonhos, e de objetivos, que nada mais são do que sonhos dos quais a gente realmente está correndo atrás. Eu falo de missões que a gente dá a si mesmo. Estamos cumprindo? Estamos, ao menos, tentando cumprí-las? Será que a gente sabe qual é a nossa missão aqui?
O espelho pode nos dizer isso melhor do que ninguém. Estou cansado de gente que não consegue olhar nos olhos, pura e simplesmente por não saber que é atrás dos olhos que se encontra a nossa alma, nosso verdadeiro ser. Essas pessoas não conseguem nem olhar nos seus próprios olhos, pois sabem que vão ver o que não querem, mas sabem o que é. Sabem que estão em débito para consigo mesmos, e não se demonstram interessados em saldar essas dívidas.
Falando assim, posso parecer feito de certezas, quando, na verdade, não passo de um humano cheio de dúvidas. Mas são essas dúvidas que me guiam atrás de respostas. E o que eu digo aqui, eu aprendi durante essas buscas infindáveis. Quantas vezes acabei encontrando uma pergunta ainda mais inquietante, quando tudo o que eu queria era uma resposta curta e certeira. Não há. Nunca houve. Algumas delas o espelho me conta, quanto a outras, me dá somente dicas confusas. E tem também aquelas que são tão complicadas que eu nem sei por onde começar a perguntar. E é por não ter respostas para tudo que eu acabo escrevendo pra mim mesmo essas perguntas. Um dia eu vou saber responder. E vou escrever na minha alma, para que todos leiam por detrás dos meus olhos.
Lucas Silveira