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domingo, 27 de maio de 2012

Mais um.

Mil músicas de amor. Poemas rabiscados nas últimas páginas do caderno. Blusinhas cor de rosa com sainhas de babado. Jaqueta preta. 1 Kg de maquiagem preta nos olhos. Loubortine nos pés. Mais um final de semana; mais uma festa.
Caminho com os pés e a mente cansada pelo meu canto preferido da cidade, aquele que eu conheço tão bem quanto a palma das minhas mãos. No rosto, além da maquiagem, um semi sorriso. Tenho dificuldade de andar reto, pra frente, mas os muros e as paredes estão aí para a gente se apoiar enquanto anda, pra não tropeçar e quebrar o salto do sapato.
Enquanto subo a rua, vejo as coisas se distanciando cada vez mais. Sei que voltarei ao passado mil vezes, mas por hoje, não posso mais ser injusta comigo.Quero o calor de uma presença, não a sua, mas a que seja certa e que me acompanhe nessa empreitada. Quero alguém que cante e declame enquanto eu ando, parece que o peso do sapato e da subida não me sufoquem. Quero poder chorar sem ser julgada e alguém que venha me buscar na porta de casa pra ir à missa.
Enquanto caminho sozinha, tenho momentos de nostalgia, choro e sentimentos tão ruins que não consigo definí-los em uma palavra. Quero que o errado se torne certo ao mesmo tempo que não quero. Todo sapo descobre que a princesa é incrível? Todo homem escreve histórias árcades para a sua musa? Todo vidro se quebra?
Durante a caminhada, repetidas vezes preciso parar para retomar o fôlego. Dizem que as pessoas costumam saber quando a hora certa chega e que você não precisa ter pressa: se for seu, vai ser! Dizem, ainda, que o que importa é a subida..!
Cheguei muito tarde em casa. Não quis saber de saquê por hoje. Não estraguei a minha maquiagem.Andei pelo caminho mais longo para evitar os letreiros luminosos das propagandas do dia 12.
Algumas coisas nunca mudam: a preguiça de tirar toda a maquiagem e as bolhas nos pés. Obrigada Senhor, por mais um dia. Obrigada, por me ajudar a continuar vivendo.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tempo de abir mão.

Às vezes, você tem que se permitir ser fraca para poder ficar mais forte. Choro não é sinônimo de fraqueza, mas, pelo contrário, que você já estava sendo forte demais há muito tempo e chegou uma hora que não deu mais para aguentar. Meu bem, eu sou uma mulher de fibra e corajosa (apesar do notável medo por cachorros); não é só isso, quero muito mais  Me atraio pelas coisas difíceis, que necessitam de um certo investimento na conquista para a "posse" ter algum valor. Sou aquele tipo de mulher que chega a ser até mesmo arrogante, prepotente e fria para mostrar que é e que quer mais.
E por ser a "mulher-poderosa" que é capaz de encarar a dor de frente, de lutar com os exercícios de matemática até o fim, eu preciso - e mereço - alguém que possa ser capaz de não me magoar. Alguém que cuide -bem- do meu coração, que venha assistir séries comigo com chocolate quente, passear no parque de mãos dadas, me levar na Igreja toda semana, comer pipoca com manteiga, que lembre do dia 12 e das três palavras mágicas.
A questão não é ser o Chuck ou até mesmo o Derek, pois eles são as pessoas certas da Blair e da Meredith, atendendo ás necessidades delas, eu preciso da pessoa que seja o certo para a Maria Olívia. Não me interesso pela sua conta bancária, se tem carro ou se anda à pé, se gosta de química ou de biologia... só precisa saber como cuidar do coração de uma mulher!
E ah, essa guria não é qualquer uma não. É a tua. É a única. É a advogada. É chata. É boba.
A dor está aí o tempo todo para nos dizer alguma coisa. Em mim, a dor me fez acreditar que sou mais forte e que mais que merecer, preciso de mais do que você pode me dar, agora. Já passei da fase de descobrir o amor, essa eu superei aos 13 anos, com muito sacrifício.
Não deixei de ser menina para ser mulher, mas o momento exige que eu me levante, cresça, abra mão do meu passado e recomece a procura. Quero descobrir o que é ter um encontro, desses igual mostra nas séries que eu assisto: quero calor, quero romance, quero sentir que sou uma dama!
Sentir dor é ruim, mas foi necessário para que eu finalmente entendesse tantas coisas na vida, muitas das quais já disse aqui, nesse e em outros textos. Agora me detenho em procurar coisas que vão me fazer feliz de verdade, por completo: a faculdade federal de Direito, a pessoa certa para cuidar do meu coração, as palavras menos agressivas, não desistir dos meu sonhos e a dose de coragem adequada para deixar que novas coisas aconteçam na minha vida

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
"Se duas pessoas são feitas uma para a outra, elas vão se encontrar". Chuck Bass
"Você é Blair Waldorf. Coragem é seu talento. Aguente firme" Serena.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Procura-se.

Um novo título, um novo rascunho de uma nova história.
Algum tempo depois.

Deixei o celular no silencioso, apaguei suas fotos, troquei a fonte e mudei o foco da minha lista de contatos. Agora eu estudo 6 horas todo santo dia, todas as matérias, até biologia, com a garra de quem foi desafiada a passar em uma federal. Não falto às missas nem às festas. Não saio mais para nenhum "rolê" sem salto, super-maquiagem, e look milimetricamente combinado. Terminei de pagar minha viagem de férias de inverno e parei de esperar por um revolucionário 12 de junho.
Parei de procurar onde não vou achar. Não quero mais me quebrar por amor. Não espero dor e nem nada que venha do passado, eu olho pra frente. Não reze para que eu não mostre meus sentimentos, para que um dia estravazem em agonia e súplica, pois nunca coube à mim a sua natureza de aquietar-se.
Não espere que possa me domar ou me modelar aos teus preceitos, quero tudo que não pode me dar. E dessa vez, quero por mim: as minhas pêonias, as minhas datas importantes, os meus filmes, as minhas músicas, as minhas viagens, as minhas poesias, as minhas piadas, os meus "rolês"; tudo aquilo que deixei que não fosse importante pela tua companhia. As fotos e as mensagens de texto nunca substituíram a presença-real que você não soube como lidar.
Continuo querendo ler livros grandes, desses que dá a maior vontade de querer mudar tudo. Uso o mesmo perfume doce de sempre, até que a fábrica o produza. Voltei a querer ter 13 anos. Não me preocupo mais se a música é só triste ou emo, quero o que me faça feliz por completo. Não me tornei fria, mas não quero mais me magoar por você. Comprei agulhas e esparadrapos pra costurar o que você dilacerou.
Procuro por coisas que me aqueçam e encham minha mente e meu coração. Procuro alguém que seja capaz de me amar de verdade e intensamente, até o fim. Não sei se agora me preocupo com o tanto de tempo que a busca vai demorar. Ora, sou capaz de costurar a dor e cuidar dos meus ferimentos que você deixou. Eu sei que nem sempre vai ser como eu quero que seja, mas agora eu aprendi que eu preciso quer sempre mais, pra não receber de menos. Procuro alguém que seja capaz de entender que o que eu quero é amor. Entendo amor como carinho, presença, compromisso, peônias e aceitar a pessoa do jeitinho que ela é, pra sempre..
Reveja seus conceitos. Um dia a gente encontra o que procura.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Por hoje, não mais.

Meu bem, não sei mais o que escrever. Meu vocabulário poético-amoroso está exausto de tanto usar os mesmos termos. Hoje não quero me apegar à filosofias ou literatura. Quero deixar meu coração quieto no lugar, sangrando, vivendo o momento. Não quero mais cutucar a ferida, pelo menos não por hoje. Todo sado-masoquismo tem um limite: sofrer me é permitido, mas será que me convém?
Hoje eu não quero ter um tema, quero falar de mim e ao mesmo tempo não falar nada. Não vou escutar músicas ou ler textos para me inspirar. Não quero raiva, amor, otimismo ou pessimismo; quero o meu estado natural, cru e frio, do jeito que sempre fui.
Vou restaurar meu projetos de onde parei, voltar a ser ativa e ter alguma voz aí no mundo. Vou buscar de novo meus sonhos de menina: quero viagem, moda, esmaltes, Loubourtines, fotografia, blog, msn, faculdade e minhas músicas emo. Não mais me importa o quanto é certo ou errado, quero tudo que me completa, me esquenta e me mantém viva.
Não me preocupo mais com as regras da sociedade, quero fazer tudo do meu jeito, não importa se vou errar ou acertar. Quero flores, vinhos tintos, poesias, pedidos inusitados e belas histórias para contar. Quero mais do que posso ter e quero matar a vontade de querer.
Por hoje, quero dar uma trégua à dor. Quero um dia para não sentir nada além de mim. Não me preocupo agora com o que fazer, com diálogos inacabados e matérias que ainda não estudei. Hoje quero ser eu, de qualquer jeito, errado, torto ou certo. Sentimentos, por hoje, não mais.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Essa coisa de viver cada dia de uma vez até que faz muito bem. Só é preciso dar uma chance a nós mesmos. ;)