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terça-feira, 29 de junho de 2010

Tribulações.

Vivi um mês todo conturbado. Se disser que não tive medo em momento algum, mentira. Em meio à tribulação, no meio de toda aquela gente se contradizendo, estava eu. Sentindo o sangue pulsando na veia, intensamente. Me manti firme, forte e corajosa - para uma garota de 14 anos. Me vi maior e mais forte do que eu achava que era - sempre me surpreendendo. Me decepcionei, mais de uma vez. Achava que todo mundo era bom e gostava de mim, mas nem todo mundo é bom nessa vida. As tribulações nos levam ao conhecimento do mundo ao nosso redor.
Nada é como eu queria que fosse. Quanto mais eu espero uma coisa, menos ela acontece. Não desisto dos meus sonhos (um está quase se realizando, diga-se de passagem) e por eles entrarei em qualquer briga. Eu nunca fui perfeita, ninguém é, a não ser Ele. Eu já ouvi de tanta gente falar que eu não deva acreditar nos meus sonhos. Eu já ouvi tanta gente falar tanta coisa e não fazer nada. Que belos hipócritas são esses que vêm atrapalhar a minha vida. Passa quando eu menos percebo; não há ferida que não se cicatrize.
Deus permite certas coisas para que possamos acordar. Como eu já disse, não vou desistir de tudo aquilo que planejei para mim. Pode não concordar o quanto for, mas respeite. Todo dia acaba em noite. Os dias passam e as pessoas se revelam o que realmente são. Só afirmo minhas opiniões com mais afinco. Acredito mais em mim, nas minhas palavras e no que eu sempre fui. Não estou aqui para agradar à ninguém. Pegue a sua verdade, seja feliz com ela
e me deixe ser feliz com a minha.
Se me entristeci no início, saiba que agora me encontro forte e feliz novamente: há muito o que se comemorar nesses 5 primeiros dias de Julho. Renovação é a palavra. Erguer a cabeça, não se mostrar abatido.
Eu vou tentar.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Você achou que eu tinha desistido; eu não estou morta, apenas fui ferida.
"Abatidos mas não aniquilados; perplexos mas não desalentados. "

Vale à pena ler: um feixe de contradições.

domingo, 27 de junho de 2010

As portas como sempre continuavam a se abrir.

"E eu também sabia que na hora de minha morte eu também não seria traduzível por palavras.
De morrer sim, eu sabia, pois morrer era o futuro e é imaginável, e de imaginar eu sempre tivera tempo. Mas o instante, o instante este - a atualidade - isso não é imaginável, entre a atualidade e eu não há intervalo: é agora, em mim.
- Entende, morrer eu sabia de antemão e morrer ainda não me exigia. Mas o que eu nunca havia experimentado era o choque com o momento chamado "já". Hoje me exige hoje mesmo. Nunca antes soubera que a hora de viver também não tem palavra. A hora de viver, meu amor, estava sendo tão já que eu encostava a boca na matéria da vida. A hora de viver é um ininterrupto lento rangido de portas que se abrem continuamente de par em par. Dois portões se abriam e nunca tinham parado de se abir. Mas abriram-se continuamente para - para o nada?
A hora de viver é tão infernalmente inexpressiva que é o nada. Aquilo que eu chamava de "nada" era no entanto tão colado a mim que me era ... eu? e portanto se tornava invisível como eu me era invisível, e tornava-se o nada. As portas como sempre continuavam a se abrir. "
(Clarice Lispector)

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Às vezes pensamos que todas as portas estão fechadas para nós, mas estamos terrivelmente enganados, pois Deus fecha uma porta e abre mil melhores. Tudo que Deus faz é bom, mesmo que não entendamos direito o porquê daquilo ter acontecido. Cabe à nós não terntarmos abrir as portas com nossas próprias chaves, deixar que Deus nos mostre o caminho melhor. Nós erramos - e muito - mas Ele não.
Achei que já tinha chegado ao fim e que nada poderia ser pior e/ou me surpreender. Mas me enganei. Ainda não era o fim. Não desistirei de nada por uma porta fechada. Outras melhores se abrirão, basta ter fé e sobretudo confiar em Deus.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A chama está acesa.

Uma das primeiras descobertas da humanidade foi a do fogo. Aquecia no inverno, iluminava os caminhos, serviu para cozinhar os alimentos e "matava" as bactérias. A presença humana na terra sempre dependeu de quatro fatores: ar, água, fogo e terra. Desses quatro elementos básicos surgiram a maioria das invensões modernas e cada uma delas melhorava as condições de vida. Tudo o que conhecemos hoje teve início um dia, assim como eu, você, seu pai e sua mãe, o ar, a água, a terra e o fogo.
O fogo nada mais é do que a combustão - a queima. Desse modo, o fogo pode ser entendido como uma entidade gasosa emissora de radiação e decorrente da combustão (wikipédia). Como a maioria das coisas, tem o seu lado ruim e o seu lado bom - que dependem única e exclusivamente do uso que se faz dela. Por traz das chamas vivas, estamos nós, seres humanos, causadores de tudo.
Sempre quando acendem a fogueira já saem pela floresta procurando mais lenha e toda a lenha encontrada será pouca - sempre. É a busca incessante pelo que não temos e tudo o que temos é pouco. A fogueira sempre pode ser maior e mais bonita. Não é uma crítica. Enquanto soubermos onde encontrar temos o dever de tentarmos ser maiores e mais bonitos. O fogo só vai se apagar se você quiser; basta fazer a lenha durar. Não deixe que o fogo se apague; mantenha-o sempre bonito; vá atrás da lenha pela floresta e mostre a sua fogueira à todos que quiser mostrar. Adimire as coisas boas do fogo e não as ruins. Leve consigo a chama acesa e faça questão de mostrar ao mundo que se mantém vivo, intenso e forte.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Sou algo humano conparável ao fogo: de fácil combustão, forte, intensa, viva, nervosa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Janela.


É o símbolo da receptividade, da abertura para as influências vindas de fora, da entrada da luz. Representa também a sensibilidade às influências externas. A janela pode ainda ser considerada como sendo um símbolo da consciência, ou um portal para o inconsciente. (Wikipédia)
Estar aberto. Estar sempre aberto à novas idéias, à novos sonhos, à novas perspectivas. Não por querer pro livre vontade, mas por precisar estar. Quem não se abre à novos caminhos continua parado em frente à janela do quarto, olhando os carros passarem enquanto continua no mesmo lugar.
Tenho medo do que está além da janela. Vejo as coisas como quero ver, alguns dias são coloridas, outras preto e branco. Um novo caminho é como a janela fechada: só vai saber se abrir. E pensam que é fácil abrir uma janela? Tá, se você acha que é, então abra-a , dê um salto para uma nova estrada e depois olhe nos olhos e me diga que é fácil.
Quando abro a minha janela, vejo pessoas passando apressadas sem nem saber o porquê, vejo carros buzinando com o semáforo que não abre, vejo pessoas reclamando ou falando ao celular. No entanto, nenhuma dessas pessoas viu que a minha janela estava aberta, o que não é comum no meio de uma manhã de terça-feria, nem viram que tinha uma janela ali, como sempre. Não vejo coerência.
Sou mais que alguém que meramente olha. Eu entendo perfeitamente o que vejo, por mais complexo e improvável que isso seja. Mantenho a janela aberta quando acho que convém. Não caminho por qualquer estrada que me deparo, nem todos os caminhos são bons. É preciso saber ver. Mais que isso, é preciso ver nas entrelinhas. Tudo pode ser lindo e colorido (aparentando ser bom) à primeira vista, mas quando realmente conhecemos vemos que não é tão bom assim; as aparências enganam. É preciso ter cuidado com o que vemos e no que acreditamos. Saiba para quê/quando/quem abrir a sua janela.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Auto-ditador.

Apenas sorria. Se arrume e vá para a festa. Quem se importa com os outros. Você é importante, você importa. Somos muito mais fortes do que pensamos. Você não precisa provar nada para ninguém. Não se preocupe tanto com os outros, a maioria das pessoas não precisa de você. Você está bonita, como sempre está aos sábados. Confie em si, sorria, ele está te olhando e acabou de sorrir para você.
Às vezes eu penso que você tem medo de você mesma. Boba. Se liberte dos seus medos, vá em frente. Pegue uma lanterna, acenda-a e o túnel ficará mais claro. Não é preciso que sintas medo, eu estou aqui. Pare de chorar, vai borrar a sua maquiagem perfeita. Aconteça o que acontecer, sinta todo o medo do mundo, mas mantenha sua postura séria, firme e forte, até o fim. Os outros, os outros.. eles são apenas os outros! Quem importa aqui é você.
Nada impedirá o seu caminho, os obstáculos presentes foram colocados por você mesma. Pare de chorar, menina. Recomponha a sua postura. Isso, assim está melhor. Não deixem que te falem o que quiserem, mostre quem você é, garanto que não vais se arrepender. Mostre-se maior e mais forte, inabalada, sem medo e calma; sustente o olhar e for conveniente, sorria e desvie o olhar. Para bom entendedor...
Confie em si mesma, volte para a festa. Sorria. Nunca desista. Não há nada a temer.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Não é um texto bom o bastante.

Eu sempre soube que tudo o que eu fizesse, por melhor que fosse, nunca seria bom o bastante. Foi assim desde o começo. Mas ainda não me acostumei com a pressão; como se cada vez que tenho o mesmo pesadelo-real fosse como a primeira. Ele vem interromper meus sonhos, minhas alegrias, minha vida, e me faz acreditar que o pesadelo é real, ainda que seja apenas na cabeça dos outros.
Sempre tentam me reprimir; da série "você não sabe o que está falando, cale a boca". Como se eu não fosse boa o bastante para poder falar. O que eu penso e sinto sempre se refletiu diretamente no que eu escrevo (por mais absurdo que seja). Sempre fui de falar demais, até o que não precisa, como querendo me "provar" para alguém. Sempre fui cheia de ser petulante e atrevida, falando demais a minha opinião, até quando não precisava. Mas elas sempre foram claras demais, o que consequentemente, não foram boas o bastante.
Sempre me iludi, achando que um dia isso teria fim. Talvez o fim ainda não tenha chegado. A vida nos testa, sim. O destino nos mostra do que somos capazes. E, sempre que a gente acha que é o fim, não é (Lucas Silveira)
Não sei o que faço, como sempre. Isso nunca vai parar, pelo jeito. Eu sou testada a todo momento, e ainda tenho que ficar quieta, se não quiser sofrer maiores consequências. Sempre acabo triste e magoada, porque isso vem das pessoas que eu menos esperava.
Eu só sou boa o bastante para mim. Tenho provado à mim mesma que sou muito mais forte e corajosa do que pensava. A vida é uma constante evolução, para todos. Quem não evolui, fica para traz. Quem não se acha bom o bastante, se auto-exclui. Que saibamos usar o lado positivo da inteligência e a sabedoria que temos. Sejamos maiores para nós mesmos. Não acreditemos tanto nas pessoas, elas não são o que aparentam ser. Sonhemos mais. Realizemos mais. Amemos-nos mais. Mesmo que o meu texto não seja bom o bastante (porque por mais eu faça, nunca será), deixemos sempre a opinião bem clara no último parágrafo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Medo de amar.

"Sim, eu sei. É a distância que separa os sentimentos das palavras. Já pensei nisso. E o mais curioso é que no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é, seguramente, o que eu sinto mas o que eu digo.
No entando como seria bom construir alguma coisa pura, liberta do falso amor sublimizado, liberta do medo de não amar... Medo de não amar, pior do que o medo de não ser amado."
(Clarice Lispector)

domingo, 13 de junho de 2010

As palavras certas da história errada.

Sou cheia de contar histórias, inventadas ou verdadeiras. O meu problema com as histórias é sempre deixar bem clara a minha opinião no último parágrafo - como se isso fosse um problema. Não quero ver o que todo mundo sempre viu - porque eu tenho muito medo. Sou cheia de querer ser contradição em tudo - mesmo que isso seja ruim.
A minha história sempre muda. É muito fácil me ver por aí com lápis, papel e borracha, porque não quero perder nenhum detalhe da história. Eu vivo a maioria das minhas histórias, seja na vida real ou no sonho. Meus sonhos nada mais são do que a vida que eu queria ter, com as pessoas que eu queria "ter".
Já reclamei da minha vida, da minha história - e ainda reclamo - , mas não me adianta nada ficar o tempo todo lamentando o que não tenho e gostaria de ter, porque assim, a vida se torna mais infeliz e solitária do que é. Isso resulta em uma história que não é sua, que você não vive e acaba não tendo o direito de vivê-la pois não batalhou para isso.
Já escrevi muitas histórias nas aulas de português, todas falsas, que eu não vivi, totalmente inventadas e sem o menor sentido, não parecendo minhas. É muito fácil escrever a história que se queria viver; a história perfeita que todos querem ouvir. Mas quando um dia você escreve a SUA história, o que você vive, o que não é perfeito, que ninguém queria ouvir e que não têm a menor relação com as histórias escritas anteriormente, fica parecendo que você se transformou em outro alguém, totalmente malígno, sem coração, sem sentimento e sem criatividade. Só porque a inspiração deixou de ser a cinderela e passou a ser você, com seu passado, presente e futuro bem definidos.
As minhas histórias só interessam a mim mesma. As minhas histórias são as minhas verdades, que exitem ou que eu inventei. As minhas histórias de hoje em dia são o resultado de alguém que escreve sua vida, diferente da vida dos contos de fadas onde tudo é perfeito, lindo e feliz para sempre - porque todo mundo sabe que não é assim, e quem acha que a vida é perfeita e que o paraíso é aqui, é o maior hipócrita. Eu não me transformei em outro alguém, nem me adaptei à qualquer coisa que agrade; deixei de ser ingênua à muito tempo (bem mais do que você pensa); deixei as histórias perfeitas em outros cadernos, deixei que eu fosse a inspiração e que a minha vida fosse o tema das histórias que você não entendeu. Eu me camuflei por muito tempo e deixei que tivessem outra imagem de mim, diferente daquela que eu realmente sou. Quando fui mais eu, tiveram a infeliz idéia de achar que não era eu, só porque a história era minha e só porque eu nunca escrevi essa história no caderno de português nem mostrei para todo mundo - justamente por ser minha. Se você acha que eu mudei, é porque nunca me conheceu.

Continuarei com as incríveis histórias da Maria Olívia.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um feixe de contradições.

Por favor, pode dizer exatamente o que é um feixe de contradições? O que significa contradição? Como tantas palavras, pode ser interpretada de dois modos: uma contradição imposta de fora e uma contradição imposta de dentro. A primeira significa não aceitar as opiniões dos outros, sempre saber mais, ter a última palavra; resumindo, todas aquelas características desagradáveis pelas quais são conhecidas. A segunda, pela qual não sou conhecida, é meu segredo.
Como já disse muitas vezes, sou partida em duas. Um lado contém minha exuberância, minha petulância, minha alegria na vida e, acima de tudo, minha capacidade de apreciar o lado mais leve das coisas. Com isso quero dizer que não acho nada errado nos flertes, num beijo, num abraço, numa piada pesada. Este meu lado costuma ficar à espreita para emboscar o outro, que é mais puro, mais profundo e melhor. Ninguém conhece o lado melhor de Maria Olívia, e é por isso que muita gente não me suporta. Ah, eu posso ser uma palhaça divertida durante uma tarde, mas depois disso todo mundo se enche de mim durante um mês. Na verdade sou aquilo que um filme romântico representa para um pensador profundo - uma simples diversão, um interlúdio cômico, algo a ser esquecido: que não é ruim, mas que também não é particularmente bom. Odeio ter de admitir isso, mas porque eu não deveria admitir, já que conheço a verdade? Meu lado mais leve, mais superficial vai sempre tirar vantagem do lado mais profundo, e com isso vencerá sempre. Você não pode imaginar quantas vezes tentei empurrar para longe essa Maria Olívia, que é somente a metade do que se conhece com Maria Olívia - derrubá-la, escondê-la. Mas isso não funciona, e sei porquê.
Tenho medo de que as pessoas que me conhecem descubram que tenho outro lado, um lado melhor e mais bonito. Tenho medo de que zombem de mim, de que pensem que sou ridícula e sentimental, e que não me levem à sério. Estou acostumada a não ser levada a sério, mas somente a Maria Olívia leviana consegue lidar com isso; a Maria Olívia mais profunda é fraca demais. Se eu forçar a Maria Olívia boa ao palco por pelo menos quinze minutos, ela se fecha como um marisco no momento em que é chamada a falar, e deixa a Maria Olívia número um dizer o texto. Antes que eu perceba, ela desapareceu.
Assim, a Maria Olívia boa nunca é vista acompanhada. Ela nunca aparece, ainda que quase sempre assuma o palco quando estou sozinha. Sei exatamente como gostaria de ser, como sou... por dentro. Mas infelizmente só sou assim comigo mesma. E talvez seja por isso - não, tenho certeza de que este é o motivo - que penso em mim como uma pessoa feliz por dentro, e os outros pensam que sou feliz por fora. Sou guiada pela Maria Olívia pura, de dentro, mas por fora sou apenas uma cabrita fazendo cabriolas, forçando a corda à qual está amarrada.
Como já disse, o que falo não é o que sinto, e por isso tenho a reputação de assanhada, de sabichona e leitora de romances de amor. A Maria Olívia jovial gargalha, dá uma resposta ferina, encolhe os ombros e finge que nem liga. A Maria Olívia quieta reage de modo oposto. Se estou sendo completamente honesta, tenho de admitir que isso me importa, que tento arduamente mudar, mas me vejo sempre diante de um inimigo mais poderoso.
Uma voz dentro de mim soluça: "Veja só, foi isso que você virou. Está rodeada por opiniões negativas, olhares desanimados e rostos zombeteiros, pessoas que não gostam de você, e tudo porque não escuta o conselho de sua metade melhor." Acredite, eu gostaria de escutar, mas não dá certo, porque se eu ficar quieta e séria, todo mundo acha que estou representando outro papel e tenho de me salvar com uma piada, e nem estou falando de minha própria família, que presume que devo estar doente, me enche de aspirina e sedativos, sente meu pescoço e minha testa para ver se estou com febre, pergunta sobre os movimentos intestinais e me critica por estar mal-humorada, até que eu não aguento mais, porque quando todo mundo começa a me chatear, fico irritada, e depois triste, a parte má do lado de fora e a boa do lado de dentro, e tento achar um modo de me transformar no que gostaria de ser e no que poderia ser se... se não houvesse mais ninguém no mundo.

Foi o que disse Anne Frank no dia 1º de Agosto de 1944, três dias antes de sua morte. Se aplica inteiramente à mim, por isso copiei-o aqui com as devidas modificações, trocando Anne por Maria Olívia. E, com toda a certeza, foi o melhor texto explicativo sobre a minha pessoa.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Leis Paliativas.

Nosso Brasil é cheio de leis paliativas. Leis Paliativas são aquelas que não são cumpridas, sendo algumas até meio absurdas e ridículas. Quantas leis só existem na Constituição Federal...
Na escola. Em casa. No trabalho. No trânsito. Na Câmara. Na Prefeitura. No Congresso. No Senado. As multas.
Algumas até dão raiva, porque são elas que geram injustiças que geram insatisfação geral. Lei é lei. Eu não tenho como mudá-las; não fui eu quem as criei.
Têm lei que ninguém respeita. Um exemplo bem clássico para isso: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Adolescente só tem deveres, como se não tivesse direitos também. Uma vez que eu cumpro com o meu dever é normal pensar que terei meu direito respeitado. Nem sempre é assim. A lei me garente várias coisas, desde que eu cumpra o meu dever. Têm pessoas que não respeita os direitos alheios. Diz a filosofia da minha mãe: "o teu direito começa quanto termina o meu".
Eu posso querer ter os meus direitos, mas quando alguém os fere é meio complicado explicar que estão indo além do que podem. Mas é só mais uma lei, não é mesmo? Quem se importa em desrespeitar mais uma lei? Não está certo, não concordo. Entretanto, não posso mudar as opiniões dos outros, uma vez que não quero que mudem as minhas. É lamentável ver alguém bem na sua frente desrespeitando a lei ou ferindo o teu direito. É assim que é o Brasil. E a culpa é dos brasileiros.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
"Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação. Que país é esse?" (Legião Urbana)

PS: A foto que eu queria adicionar nesse post, mas não consegui: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf4ZsY9hVNoqJc3j0XDBAQp4JNbtO_W-bIqOro-DJ4SI2GG8eR68z6Xj_u0DmJggT8z6hQG2vG0IXUrZrM5CsjooOQWXEvXxg6jhGxjE4Cu10xCSzwGIvrH5W82hl3H910Pef8ujaZVSfO/s400/judge.jpg

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Necessidade de falar e escrever.

Quando alguém meche nas tuas coisa a primeira reação é ficar bem bravo, especialmente quando usam isso para te prejudicar. Ter sua intimidade exposta não é fácil.
Eu sempre tive a mania de sair falando o que penso, sem pensar antes de falar; acho que eu meio que nasci assim. Não sei filtar informações e me irrito com facilidade. Está aí uma coisa que eu não suporto: injustiças. Eu conto até 10 para não explodir a maioria do tempo, até que chega uma hora que a coisa se torna maior que eu e eu acabo falando. Esse é o problema. Quando eu "explodo", vem tudo à tona.
Dessa vez, me senti injustiçada e fui desabafar. E deu no que deu. Estava eu tão errada de falar APENAS A VERDADE E NADA ALÉM DA VERDADE? Têm gente que acha que sim. E ainda pegam isso e transformam no "Segundo Maior Problema Da Humanidade". E eu, fico como? E a minha privacidade onde fica? E os meus direitos, uma vez que cumpro meus deveres? E a minha opinião não importa? Eu deveria abaixar a cabeça e aceitar uma injustiça dessas? A é né, para o caso de eu ser BOBA. Mas não sou.
Existe SIM essa Maria Olívia que fala o que REALMENTE pensa e isso ninguém vai conseguir mudar, nem em um milhão de anos. Têm gente que acha que essa Maria Olívia deveria ser eliminada. Eu não acho porque EU quero que ela exista.
Não é porque alguém quer que você fique calada perante às barbaridades que se tem que ouvir que você vai se calar. Isso seria covardia. Eu não sou covarde. Disso eu não tenho medo. E assumo o que fiz e o que escrevi. Não retiro o que disse, em hipótese alguma. Vou continuar escrevendo e com a mesma opinião e isso só me dá mais motivos para continuar dizendo.
É importante ter opinião. Quem não tem, ou é infeliz ou é sem-cultura.
Dentre muitas coisas que eu aprendi na Câmara Jovem com o Seu Fernando, uma delas foi "se você tem algo a falar não fique quieta, em hipótese alguma". E eu tenho muito a falar. Não vai ser uma coisa MINÚSCULA dessa que vai afetar as minhas opiniões e a minha necessidade de desabafar.
Eu preciso desabafar com muita frequência. Eu tenho necessidade de falar e escrever. Se não fizer isso vai chegar uma hora que vou explodir, vindo tudo à tona. São de batalhas que se vive à vida. Essa é só mais uma. Nem a primeira; nem a última. Já passei por coisas piores. Sobreviverei. Não vou parar de escrever e nem de falar. As minhas opiniões são MINHAS; ninguém têm o direito de querer mudá-las.
No fim a gente acaba é rindo, porque acaba sendo patético.

"Uma vez vereadora, sempre vereadora, não importa o que diga o passar dos mandatos."

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
I go ahead and smile.