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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Memórias de 2010.

Incrível. Inacreditável. Surpreendente. Mágico. Emocionante.
Essas são palavras que definem bem o meu ano. Um ano repleto de acontecimentos bons onde foi possível que conquistasse boa parte de meus objetivos. As frustações e dores vieram. Na vida, não é permitido acomodações. É preciso se reerguer e se mostrar muito forte, sempre. Se faz essencial termos uma meta, uns pares de sonhos mesmo. A ambição é um motor favorável. Somos os melhores críticos de nós mesmo e nada melhor que nos auto-avaliar por alguns momentos.
Final de ano, além de comer e beber excessivamente, é tempo para pensarmos, ou repensarmos, em tudo aquilo que fizemos durante o ano, bom ou ruim. É uma ótima chance para tentarmos vivenciar o momento de novo. Penso pesarosa nas coisas que não fiz e que deveria ter feito. Na vida real, ninguém volta no tempo. Portanto, ficou claro em mim esse alerta que o momento é aqui e agora.
Me lembro muito saudosamente do primeiro dia de aula na classe nova, da minha festa de 15 anos e dos dias em que conheci pessoas e lugares incríveis. O Caconde 2010, minha visita à EPTV, minha formatura. A vida se mostrou tão alegre e surpreendente que às vezes cheguei a me assutar.
Escrevi muito e melhor. E contei histórias, muitas histórias! Fiz história, estudei muuuuito História e questionei a História. Amei. Me dei mal. Amei de novo. Arrumei muitas brigas na escola e na vida - muitas meeeesmo. Tentei gaúcha: aprendi uma parte do canto alegretense, arrumei meu sotaque e arrisco uns "bah, tchê". Viajei. Fui pra Ubatuba, Campinas, São Carlos, Campinas de novo mas ainda não fui pra Pelotas. Fui pra praia depois de oito anos sem ir: como é bom estar perto do mar! Decidi meu curso na faculdade e minha futura profissão: vou fazer direito e vou ser promotora (ou talvez juíza?). Ampliei consideravelmente minha coleção de esmaltes e maquiagens.
Não poderia deixa de dizer o que queria ter feito. Eu poderia ter estudado mais e reclamado menos. Poderia ser mais diplomática e ter me imposto menos. Se eu não tivesse desconfiado tanto da minha sorte, teria chegado mais longe. Poderia ter me ariscado e guardar meu dinheiro. E quem sabe não fosse mais útil guardar mais minhas palavras e pensamentos e ter ferido menos pessoas.
Nós todos poderíamos ter feito mais um milhão de coisas no ano mas não fizemos. Haverá sempre alguma ferida e arrependimento. E que isso não apague os bons momentos. Lembremos sempre no melhor. As lembranças são marcas lindas em nosso passado, assim como a saudade. Sejamos saudosistas.Desejo a todos um bom 2011, muito melhor e mais inacreditável que 2010 já foi. Façamos melhor, sempre. Agradeçamos à Deus por tudo que ele faz em nossa vida. Sejamos sempre nós mesmos com nossas manias e trejeitos: esse é a melhor maneira de sermos vencedores.
Beijos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O dia da formatura.

Chegou o grande dia, Senhor, chegou o dia da despedida. Do troféu. O troféu é o nosso diploma. Galgamos o cume de um monte de onde se descortinam vários caminhos. Caminhos que serão percorridos de acordo com a vocação e as escolhas de cada um. Chegou o dia do fim. o dia do começo.
E, como em todas as formaturas é dia de gratidão Gratidão a ti meu Deus. Autor da vida e de tudo que existe. Gratidão aos pais, professores, funcionários, amigos. E todas essas pessoas que foram afinando as vozes para que o corpo pudesse entoar sua canção. A canção está pronta. É só começar o espetáculo. A cada espaço de tempo, um sinal era tocado para que as pessoas se preparassem para o momento da estréia. A estréia é hoje. Tudo já foi ensaiado. É claro que sempre falta um detalhe aqui ou ali. Mas tudo está pronto para começar. E a vida aguarda os novos artistas.E o mundo está sedento do talento desses jovens que saem da gruta sem medo de enfrentar as feras que surgiram pelo caminho. Estão armados. Porque ter medo? Armados de valores, de conhecimentos, de amor. Armados para derrotar o que deve ser derrotado e fazer tremular, no mais alto mastro, a bandeira da vida, iluminada com o sinal da paz.
O tempo passou rápido demos. No começo, movia-se devagar. Os primeiros dias. os primeiros contatos, tudo era novidade. Cada novo momento parecia difícil de ser aprendido. As notas foram ganhando sonoridade. O som agradável foi contagiando toda a escola. e os estudantes foram crescendo, tal qual aurora que todos os rincões do mundo. E essa luz que vinha das conversas, dos risos, das pequenas discussões que faziam da escola um espaço de magia. E todo reino era tomado por um sentimento único de esperança. Aliás, no reino encantado da escola, os príncipes e princesas tem o dever de ensinar e sonhar. Apenas isso e mais nada. E isso já é o bastante.
O sonho está mais vivo do que nunca neste dia. A caverna já cumpriu sua missão. Não é possível mais viver em seus seguros espaços. É preciso sair para o mundo. É preciso deixar na caverna tantos momentos lindos que marcaram nossa história. Toda cumplicidade dos maestros que lá estavam e que anunciavam a luz que nos aguardava. É preciso levar da caverna sentimentos corretos. A determinação de não nos acomodarmos com o que está acontecendo de errado. Aprendemos que nunca deveríamos neglicenciar os nossos valores, os nossos ideais. E seremos fieis a essa vocação.
Hoje é o dia da formatura. E a emoção desse dia tem de ser um marco que nos proteja do crime da acomodação e da apatia. Que a juventude que temos seja eterna, e que desejo de mudar o mundo saia da utopia e habite a realidade. Esta é a nossa oração. Este é o nosso interno amoroso. Estamos prontos. Saudosos de um passado recente. Mas prontos. Podem abrir as cortinas. O espetáculo vai começar. Proteja-nos, Senhor nesta e em todas as nossas apresentações. Não podemos desanimar.
Assim seja!

Gabriel Chalita

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
O dia da formatura é um dia incrível. De consagração. De alegrias. De extremo orgulho de ter feito parte. Uma felicidade inesgotável.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Contos de uma noite de Natal.

Era véspera de natal quando Marieta passava pela rua 15 para ver a linda decoração da cidade. Estava tudo iluminado por lindas luzes brancas e coloridas; havia papais noeis por toda parte. Sem o menor espírito para festejos natalinos, Marieta se sentou em um banco da praça para admirar a noite estrelada.
Ninguém sabe, ao certo, informar exatamente seu estado psicológico; ela aparentava um misto de solidão e angústia. Estava impecavelmente vestida como se fosse a uma festa. As pessoas que passavam alegres e cantarolando antigas canções sequer reparavam na jovem no banco sozinha e pensativa. A hora foi passando e cada batida do relógio no alto da igreja trazia-lhe mais temor. Aos poucos, as pessoas se recolheram em suas casas para a grande ceia. Marieta levantou-se infeliz. Atrás de cada janela iluminada, podia ouvir vozes alegres e altas, indicando grandes reuniões familiares.
O motivo principal de sua dor fora ter descoberto que estava sendo enganada pelo namorado. Nada a consolava. Ele fora seu sonho mais íntimo e sua conquista mais valiosa, porém abandonou-a às vésperas de completarem dois anos de namoro e fora se juntar a outra mulher. Tal acontecimento pegou-a desprevenida e deixou-a em estado de choque. Não conseguia chorar, nem brigar e xingar. A dor atingira a parte mais funda de todo seu ser.
Apesar de relutar com seus próprios passos, chegou em casa para a reunião festiva de sua família. Quando a viram, cochicharam e apontaram; por um momento, pensou em voltar para aquele banco na praça. Sentou-se no canto mais afastado da sala e comeu silenciosamente. Nem mesmo seu lindo presente fez dizer-lhe mais que "obrigada". Mas, ao contrário do que pensara, não estava sozinha nessa: quando o relógio marcou meia-noite recebeu o seguinte torpedo:

"Não haverá motivo mais indigno de tuas lágrimas quanto àquele que te recusaras. Olhai as flores enfeitadas e o céu estrelado: ainda assim te entristesces? Ora, não afugentes teu lindo riso, há alguém que quer vê-lo mais vezes.
Nada nunca será gradioso o suficiente para tornar injusta a tua alegria.
Feliz Natal
Seu melhor amigo

PS: te amo "

Ao ler essas belas palavras, saiu de sua casa ao encontro de Damião para dizer-lhe pessoalmente o quanto aquilo lhe animara. Nenhuma outra vez escutara palavras tão lindas quanto aquelas. Assim se iniciou mais um romance.
E foi assim que Marieta passou esse Natal: com toda a alegria que poderia ter encontrado.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Chega uma hora em que tem que passar.

O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossivel. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa.
Amanhecer

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Meu consolo é saber que uma hora ou outra haverá de passar a dor e que quando isso acontecer dias menos tempestuosos virão.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

So, go on.

Parece um ciclo vitalício, normal. Você se apaixona. Você alimenta esse amor com frutos da sua cabeça. Você entra em crise de amor. Você não consegue sair. Você se decepciona. Você enche os olhos de lágrimas. Passa. Você se sente sozinha e vazia. Você se apaixona de novo. Você fica rindo sozinha. É preciso percorrer estradas e caminhos para chegar à linha de chegada.Mas chega um momento em que a estrada é longa demais e o seu amor desmonta.
Nos alto de seus 15 anos, sua vida se resume ao jogador do time de futebol da cidade, belo e atraente. Você pensa que ele é único. Mas esse é o erro terminal. Ele não liga pra você e ele só quer ser popular. Você põe na sua cabeça que existem garotas mais bonitas, mais magras e mais sociáveis. Pode até ser que sim, mas você é única. Nessa fase da vida, a gente não sabe olhar para os lados.
Essa vida cansa. Você precisa de algo mais palpável que uma ilusão. Você precisa parar de se preocupar com isso. Não vale a pena. Garota, enquanto você chora no seu quarto, a vida acontece lá fora. Siga seu caminho em paz. Você é jovem e com certeza vai encontrar alguém que também te queira. Respire fundo pois o dia está claro lá fora. Você sempre terá um milhão de amigos. Então, vá em frente. Então, vá em frente.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
E que quando você estiver bem cansado ainda exista amor pra recomeçar.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

As promessas de Maria Olívia para 2011

Em 2011 eu vou ...

- Ver o Muse no Rock in Rio
- Ser presidente da Câmara Jovem
- Estudar seriamente (principalmente exatas)
- Não usar todo meu dinheiro em compras e guardá-lo
- Não tentar matar meus irmãos
- Parar de me auto destruir
- Escrever, escrever, escrever ...
- Acreditar mais nos meus pais e nos amigos
- Não lutar contra meus sentimentos
- Não quebrar meu celular
- Ter um namorado decente
- Tentar ser uma pessoa melhor

Como dizer é uma coisa e fazer é outra, prometo, ao menos, tentar cumprí-las e fazer de 2011 um ano inesquecível!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz.

Imagine todas as pessoas vivendo para o hoje. Consequentemente, as pessoas seriam mais felizes. Imagine um mundo sem brigas e mortes; estaríamos à um passo do amor. Imagine jardins floridos e pessoas cantando. Imagine que não houvesse hierarquia e poderes. Imagine que solucionassem problemas como a fome e a ganância. Imagine todas as pessoas dando as mãos umas para as outras sem se importar com a cor ou a religião de quem está ao seu lado. Vamos dar uma chance à paz.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
John sempre teve razão.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A história e o presente dos meios de comunicação

Internet, televisão, rádio e jornal são importantes meios de comunicação. Cada um, a seu tempo, trouxe mais conhecimento e diversão às pessoas. Com tanta variedade, podemos escolher o que nos for melhor e tirar proveito disso.
Uma das primeiras medidas da Família Real no Brasil for a criação de um jornal de circulação interna com os principais acontecimentos brasileiros. Hoje em dia, apesar dos jornais onlines, sua forma impressa não foi totalmente abandonada e por ser um veículo de grande crítica política, a leitura se faz essencial. Além disso, nos jornais municipais, é possível acompanhar de perto a situação política e financeira em que a cidade se encontra.
Depois do jornal, chega o rádio com as primeiras novelas, programas musicais, esportivos e políticos. Anos depois, na década de 1950, a televisão chega ao Brasil com o intuito de levar informação e diversão de forma mais rápida. Ainda em preto e branco, as novelas e programas humorísticos da época são citados como os melhores já vistos.
Mais recente, a Internet globalizou o mundo. Possibilita informações instantâneas, amigos pelo mundo inteiro, facilidade para acessar sua conta bancária, redes sociais, todo tipo de site imaginário e mais surpreendente ainda, isso tudo cabe dentro de um celular.
Se analisarmos a história, veremos que os fatores maléficos nos meios de comunicação dependeram do ser humano e de suas intenções. Assim como Dom João não previa a Internet em 1800, não podemos prever quais serão os meios de comunicação do futuro ou se esses permanecerão. Com tantas opções disponíveis a baixo custo, só ficará fora da globalização quem quiser. Contudo, ninguém nos roubará o poder de escolhermos o que nos convém.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Foi uma da smelhores dissertações que escrevi este ano.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Algumas palavras sobre a oitava série e o fim do "João Gabriel Ribeiro"

É com muito orgulho que hoje venho aqui vos dizer que acabei não só a 8ª série do Ensino Fundamental, mas que terminei meu ciclo de oito anos estudando na mesma escola. É triste por um lado, mas também me deixa imensamente feliz por tê-lo cumprido. Como tudo na vida, foi repleto de altos, baixos e extremos. De alguma forma ou de outra, a escola me ajudou a crescer, a encontrar meu próprio caminho e ao auto-conhecimento. Faria novamente tudo que fiz e, claro, vou sentir saudade.

Desejei terminar logo, partir para novas aventuras, e eis que chega o dia. Olhei pela última vez o minúsculo corredor sufucante, vi as carteiras da classe vazias, me despedi de todas as pessoas e objetos, desci a escada do segundo andar, passei pelo pátio pela última vez e saí. Nunca mais voltarei como aluna, apenas como visitante. É preciso coragem e determinação para seguir em frente.

Tive aulas e professores ótimos e inesquecíveis, onde pude aprender muito. Conheci boa parte de meus amigos, minha turma incrível e inacreditável. Infelizmente, sempre há o outro lado, aquele que queremos apagar. É normal ocorrerem pensamentos como “o que eu vou fazer ano que vem sem isso e aquilo” mas tenho certeza que Deus reserva para todos nós um bom futuro e a saudade é mais uma conseqüência. Não podemos negar, entretanto, que será difícil não ter mais aula na mesma classe, visitar os mesmos cômodos, ver as mesmas pessoas e ir sempre para o mesmo lugar.

É uma sensação tão gostosa dizer que se está no último ano; é como se te desse um status a mais. No último ano somos livres para brincadeiras e zoações, “porque precisamos de preciosos arquivos para a formatura”. No último ano podemos fazer e dizer coisas surpreendentes, inacreditáveis e até mesmo indecentes, porque temos que aproveitar ao máximo e pouco de nós faríamos isso se não estivéssemos no último ano. O último ano é tão gostoso e divertido que quando nos damos conta do tempo, já acabou.

No começo desse ano, fomos surpreendidos por uma mudança inesperada de classes, uma “separação” mesmo. Houve quem chorasse, reclamasse e esperniasse. Só não sabíamos que isso, de alguma forma, foi bom. Ensinou da maneira mais cruel que não precisamos estar sempre juntos para dizer que somos amigos. Também fizemos novas amizades e fortalecemos outras. Teria sido diferente se as classes não tivessem sido mudadas? Sim, claro. Só não sabemos até que ponto isso seria bom ou ruim.

Tudo que eu e meus colegas vivemos nessa escola foi de grande valor. Não podemos deixar os fatos tristes apagarem os alegres. Acaso se para no meio do caminho por preguiça de remover um obstáculo? É claro que não. Saio dessa escola com apenas o primeiro diploma dos muitos que ainda terei. Engana-se quem pensa que o estudo termina na oitava série, pelo contrário, ele é perene. Muitas coisas ainda estão por vir: o Ensino Médio, a faculdade, o primeiro emprego. Saio de cabeça erguida, como uma vencedora. Deixo para traz um história fabulante, genial, comovente e ainda não escrita. Deixo no passado uma parte de minha existência.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mais um ano de vida e de blog.

Gostaria de agradecer a todas as pessoas, animais e coisas que possibilitaram que eu completasse quinta-feira 15 anos de vida e no sábado 2 anos de Teorias Dinâmicas. Todos os médicos que não esqueceram seus bisturis dentro de mim. Aranhas, escorpiões e cobras que não me picaram. Motoristas que me viram e freiaram. Todos os cachorros que só cheiraram, mas não morderam. Coração que não parou. Raios que pararam nos pára-raios. Venenos de rato que não comi quando criança. Todas as bóias e coletes salva-vidas. Todas as joelheiras e cotoveleiras. Tampas de boeiras que estavam firmes. Assassinos que não cruzaram o meu caminho. Bois que não me contaminaram com febre aftosa. Armas descarregadas, muros firmes, árvores fortes, imóveis bem construídos.
Gostaria de agradecer a todas as pessoas, coisas e animais que me serviram de inspiração, que de alguma forma ou de outra possibilitaram que nesses dois anos não me faltassem assuntos. A todos aqueles que não tentaram colar meus dedos ou me reprimir. A todos que pararam para ler meus textos. A todos que perderam seu tempo falando de mim. A todos que sempre acreditaram em mim.
Enfim, obrigado a todos. Muito mais coisas estão aí para nos matar do que para nos fazer viver. Portanto, um brinde a todas as coisas, animais e pessoas.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Prometo publicar algumas fotos da minha super festa de 15 anos aqui no blog. Foi, na significação ideal das palavras, um dos dias mais lindos e felizes da minha vida.

PS: o texto foi, em partes, escrito por @lucasfresno e eu acrescentei algumas coisas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Apesar do Apartheid.

A África do Sul passou por um grande processo de segregação racial onde a minoria branca impôs aos negros um regime totalmente separatista. Apesar de toda a luta para o fim dessas regras, o mundo se esquece da brutalidade de tal ao ser racista. O que mais será preciso para que aprendamos a lição? Talvez a resposta seja simples: acontecer conosco.
A história, sempre debochada por uns, é a mais importante em se tratando de conhecimento. Esse conhecimento se aplica no presente com vêemencia, onde é possível notar que ela se repete.
O racismo presente na Africa do Sul teve a presença salvadora de um líder, que lutou com uma população descontente da situação por uma igualdade social até então inexistente. Nos Estados Unidos, a violência e a repressão também marcaram a história. O que esses fatos têm em comum é que o racismo não terminou com o Apartheid nem com a Declaração dos Direitos Civis, permanecendo agora de uma forma camuflada. Contudo, os "líderes" populares cessaram, sendo assim, a tendência é que o racismo, assim como outros preconceitos, continuem.
E o que nós fazemos para mudar? Quais atitudes, de fato, tomamos para tentar mudar o mundo? Estamos de braços cruzados ou tentando melhorar? Essa é a grande questão, uma sociedade igualitária depende do desejo que cada um possui de melhorar suas atitudes.
Não é a cor da pele que determinará o papel de uma pessoa na sociedade. Não sejamos medíocres, portanto. Há muitos valores que são deixados de lado para analisar a etnia. Acaso, então, se preocupam em quão honesta é ou quanto tem na conta bancária? Sim, amigos, nós todos comparamos as pessoas pelo sobrenome, pela etnia, pela religião, pelo dinheiro, pelo carro e até mesmo pela cor dos cabelos. É vergonhoso. Devemos ser sociáveise nos importar com o caráter, e não com os fatores externos. A humanidade será melhor e mais provida de paz quando todos formos unidos e conscientes.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Sol vai voltar amanhã?

Obviamente, felicidade de pobre dura pouco, já diria o ditado popular.

Sou movida pela claridade que entra pela janela de meu quarto toda manhã. Nunca consigo ficar triste o suficiente em um belo dia ensolarado - alias, há quem consiga? Há tantas coisas para se fazer antes que o Sol se ponha. Seu curto ciclo é para lembrar que haverão dias tristes e nublados, mas que o Sol uma hora ou outra sempre volta.
Os dias de chuva me trazem algum desepero, aquela sensação de querer fugir e não conseguir, enquanto o Sol me faz querer ser livre e sair correndo por uma praia.
Às vezes quando passamos por momentos difíceis na vida o que apenas queremos é dormir porque ao menos veremos o Sol nascer novamente no dia seguinte.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
é por isso que vou dormi agora.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A exclamação.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Acho que começar esse texto com vários pontos de exclamação é conveniente. Passei a semana atarefada, mas ao final do dia de hoje só posso abrir um sorriso e dizer "obrigada meu Deus".
Minha felicidade pode ser comparada à de alguem que ganha na loteria: que tem certeza que ficará tranquilo por um bom tempo. Meu contentamento se dá às expectativa. Aguando ansiosa meus 15 anos (8 dias). Aguardo com ansiedade o desenvolvimento de meus amores.
Posso dizer, com total certeza, que há acontecimentos em nossas vidas que nos provam a grandeza das coisas. A grandeza de um amor é vista no ciúme, daquele quase-ódio de quem o pratica. A grandeza de uma amizade é sentida na perda. Ser grande, porém, é algo ainda distante, que exigeno-nos bons anos de experiência.
Hoje exclamo o tamanho de minha felicidade. Exclamo, de forma sutil, o amor que sinto. Levanto meus olhos e agradeço por tudo que sinto, por toda a endorfina que libero. Permite uma sensação tão grande de paz. Permite viver, sobretudo, e isso é o mais importante.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"Eu venho reunir todas as nações"


Ainda em clima de Peregrinação para Caconde-SP.

Você passa o final de semana INTEIRO andando pelas ruas da cidade, cantando, falando "Deus te ama", passando fome, calor, tendo ataque de ciúmes e chega no final de diz "foi tão bom". Como isso é possível? Só há uma resposta: É Deus. É só por e para Deus e que fazemos tudo isso. É aquele evangelho onde Jesus Cristo diz "a tua fé de salvou".
Você passou sua vida inteira nessa rotina de filho de catecúmeno e depois se assume como um deles. Seus amigos te dizem que você deveria ser freira ou que isso não leva a nada. Meus caros, tudo depende da fé que temos e no que acreditamos. Eu acredito, ainda mais depois dessa peregrinação, que Jesus Cristo está no meio de nós, intercedendo por nossas escolhas e palavras.
A evangelização me fez suar frio. A gente tem que receber uma pá de "nãos" para te fazer entender que nós, cristãos católicos, não somos maioria. O Caminho Neocatecumenal, porém, é universal. Todos nós catecúmenos cantamos as mesma músicas, cada um com seus sotaque. Dançamos da mesma forma e temos os mesmos princípios; isso te faz crescer e acreditar mais ainda na salvação.

"Eu venho reunir todas as nações, virão e verão a minha glória. E entrarão nossos irmãos de todas as nações para que anunciem a minha glória"

"Caminhando e cantando e seguindo a canção"

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
É tão indescrítivel que só dá para saber verdadeiramente quem esteve lá.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Contos de Halloween.

Eu sei que o Halloween já passou há algum tempo, só que, na época, eu não tive tempo para escrever essa história, então ...

Sobre como eu passei o Halloween.

É sexta-feira 31 de Outubro, Dia das Bruxas. Vai acontecer uma super festa em comemoração no salão da cidade e eu tenho quase certeza que aquele garoto vai estar lá. Ensaiei a semana inteira como o convidaria para a festa; formulei mil respostas para o "sim" ou "não" e até treinei diálogos. Como sempre, meu lado pessimista ganhou e preferi acreditar em um milagre.
Passei o Dia das Bruxas roendo as unhas pretas, não via a hora da festa começar. Caprichei no look e na maquiagem, afinal, tudo tinha que ser perfeito.
Cheguei meia hora antes do previsto. Estava ansiosa demais para ficar dentro de casa esperando a hora passar. Não tinha ninguém lá, absolutamente ninguém além do DJ testando o som. Então eu sentei e esperei e repassei mentalmente todas as minhas possibilidades.
A hora começou a passar e nada dele chegar. Ele não viria, eu sabia disso, mas preferia acreditar no contrário. Analisando meu histórico, nunca tive sorte o suficiente com os garotos a ponto de achar que um "milagre" aconteceria. Confio e espero demais dos outros. Acredito demais em amor.
Não conseguia dançar, escutar direito, falar e nem comer. Havia um nó se retorcendo em minha garganta em súplica. Não haveria doces ou travessuras que pudessem acalmar meu coração. Precisava vê-lo e senti-lo perto de mim. Eu precisava saber como fora seu dia, se tinha tido algum problema e se queria dançar Transylvania comigo. Não queria beijos, me contentava com algum abraço e seu lindo sorriso. Será que é pedir demais?
Mas ele não veio. A festa estava sem graça. Não tinha mais sentido ficar ali. Eu o queria como nunca quis nada em minha vida. Eu juro que daria o mundo para tê-lo comigo aquela noite.

Esse Halloween, verídico, me ensinou que:
- Devo, com mais frequência, chamar garotos para sair;
- Não posso ficar perto de monstros fantasiados por mais de 10 minutos;
- Não preciso usar salto;
- Se a festa não estiver boa, independentemete do horário, ligar e dizer "Pai, vem correndo me tirar daqui".
- Não vivo sem doces.

domingo, 7 de novembro de 2010

Os amores platônicos mal resolvidos de Maria Olívia.

Mais uma respirada. Mais uma vez de volta ao blog.
Eu planejei um ano inteiro, ou até mais, o dia em que eu finalmente me libertaria de meus medos e que o garoto dos meus sonhos de 14 nos se declararia a mim. O problema de você viver um amor platônico é nunca ter total certeza se vai dar certo ou não. É tudo muito irreal e imaginário.
A realidade - o mais profundo desejo dos platonistas - não é tema para redações, o que pode ser facilmente explicado quando se analisa a escrita de tal. No meu caso, as proporções exageradas se dão partindo do princípio daquele amor construído a partir dos anos, onde você cresceu com uma imagem pré-definida e agora vê outra(s). A convivência força esse tipo de sentimentos ou é só mais uma crise?
Já vivi tantos romances em minha mente que até me confundo às vezes. A agitação e os movimentos bruscos levam à produção, por vezes exagerada, de endorfina, induzindo-nos o pensamento que quanto mais adiante formos, mais perto daquele sonho ficaremos.
Quando depositamos esperança e confiança demasiada em alguém a tendência é que nos decepcionaremos; as fotos e fatos estão aí, comprovando a teoria. Vi o amor acontecer na vida de tantas pessoas enquanto na minha não basta de outro querer. Vejamos, nem tudo podemos comprar ou escolher. Não é para tudo que podemos usar nossas palavras e jeitos. É preciso um algo a mais, que eu ainda não sei o que é.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Queria ter alguma certeza, alguma palavra, alguma explicação.
Amigos, quando você vê uma foto seguida de fatos contrários à sua expectativa, te cai o mundo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um pouco sobre mim.

Você planeja o dia inteiro o que vai falar e, de repente, se esquece. Você diz que tem várias histórias, mas nunca as conta. Você diz que sabe tanto e quando alguém pergunta responde "não sei". É. Você se contraria e se vê obrigado a abrir mão de suas mordomias, mas não reclama. E o que fazer? Encarar o teto esperando o sono que não vem. Falo isso em primeira pessoa, eu.
Tenho sono. Saudade. Carência. Mau humor. Quero ser entendida. Quero que ao falar me escutem. Quero dormir na minha cama. Quero meu pai e minha mãe. Quero um abraço e o seu sorriso.
Não posso sair desse espaço. Não posso falar bobagem. Não posso dormir. Não posso chorar. Não posso bocejar na aula. Só posso pensar e estudar. Cansa.
Tem uma pequena parte de mim que gosta. Gosto de refletir, só não gosto de enlouquecer com meus pensamentos.
Meu tempo se esgotou. Não tenho mais tempo de escrever. Minha vida está uma loucura. Queria transformar meus pensamentos noturnos em palavras. A emoção do momento me motiva. Quando amanhece, os pensamentos se vão obrigatoriamente e fico com suas lembranças embaçadas. Finjo esquecer para tentar dar continuidade à vida fora de minha mente até que o sol se ponha de novo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Existem pessoas, coisas e sentimentos. Não confundi-las.

Existem sentimentos que nos levam a fazer coisas inacreditáveis, inimagináveis e até, por vezes, patéticas. Colocam à prova nossas convicções, nossa capacidade de suportar a dor, a pressão e a angústia, só para deixar bem claro que somos bem maiores do que um dia achamos ser. Assim a gente olha pra trás e vê o quão longe chegamos. Tem coisas que simplesmente não devem ser explicadas, mas que, às vezes, dão vontade de explicar.
Existe alguém em mim que quer falar tudo que acha que sente. Quer dizer que faz qualquer coisa pra te ter ao lado todo dia à noite. Esse alguém te quer. Existe alguém que duvida. Duvida do que tu sentes e, justamente por isso, não diz o que sente. Ele não diz, e te faz achar que ele não sente nada por ti. Esse alguém te gosta muito. Existe também alguém que ferve. Alguém que ignora todo o sentimento, pois espera a cada esquina por algo melhor, algo que nunca aparece e que o faz permanecer nessa incessante busca. Esse alguém não vive sem ti.
Lucas Silveira

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Com a proximidade de meus 15 anos, aumenta, também, os preparativos e afazeres.

domingo, 31 de outubro de 2010

Então eu sentei e esperei.

Você acorda cedo, ainda está escuro e frio. Você liga o carro e ajeita o cabelo; sai da garagem, fecha o portão de casa e respira agoniado. Dirige pela avenida movimenta e aquela barulheira de buzinas sincronizadas já te estressa. A cidade grande irrita.
Você já não aguenta mais sua rotina. Você trabalha o dia inteiro em um escritório mal ventilado com uma roupa de mangas compridas e quando finalmente chega em casa, têm que arrumar uma fórmula mágica para fazer o dinheiro render e escutar mil reclamações. Uma hora você terá que parar.
Você aguenta um monte de coisas sistematicamente todo dia e sempre vai pelos mesmos caminhos. Você não vê outras pessoas e não vá a outros lugares. Sua vida se torna uma panela de pressão em ebulição; aí você tem que parar.

É outro dia monótono e você dirige pela cidade rumo ao trabalho. No meio da avenida, você para e pensa no que se resumiu sua vida e entende que algo está errado. Então você muda o caminho e vai para um lugar de campos verdes e flores vivas. Você senta no chão e não se importa com a hora.
Você reavalia sua vida. É, e você pode chorar. Você pode sim se arrepender porque você pode concertar. Você não pode voltar no tempo mas pode recomeçar a partir dali. Você precisa começar a fazer diferente. O peso que você dá às pessoas a sua volta determinará o tamanho das mudanças. Algumas coisas - e pessoas - precisam ser riscadas da lista.
O tempo não pára. Você precisa trabalhar, mas também precisa tirar umas férias e se esconder desse estresse urbano. Você tem de respirar e encarar os fatos. A espera sempre termina e os fatos - premeditados ou não - chegam e você precisa estar preparado.

Eu aconselho a não desistir. Quando precisar, pare e pense na vida. Pese e determine o valor de coisas e pessoas em sua vida. Reflita. Encontrará soluções. Por mais obscuro que possa parecer nada nunca é definitivo. Nós fazemos a vida, logo, nunca desistir dela.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Thedy Corrêa diria que "eu esperei tanto tempo por respostas e depois de tanto tempo ainda havia mais a esperar".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Futuridade.

Alguns dias atrás precisava entrevistar uma pessoa idosa de minha cidade que tivesse bons relatos sobre sua infância e juventude; para isso não pensei duas vezes, entrevistei o meu avô. Isso é algo que nunca imaginei: contar com as histórias engraçadas de meu avô para algum trabalho da escola.
-Vô, conte-me, qual foi seu aniversário mais inesquecível?
-Ah, teve uma vez que eu ganhei um par de meias, mas o "cara" não sabia que eu não tinha sapato para usá-la! Nós só andávamos descalçoes naquela época e vivíamos com vermes nos pés.
Não aguentei e tive que rir. Apesar de minhas risadas, imagino que naquele dia, esse fato foi mais trágico do que cômico.
Além de seus aniversários, meu avô também falou sobre sua escola, amigas, família, a cidade de São José do Rio Pardo e o Brasil da época.
-Quais foram as principais mudanças ocorridas em nossa cidade?
-O que eu mais vejo de mudanças em São josé são os direitos que os idosos têm hoje. Por exemplo, hoje tem lugar exclusivo para estacionar, fila rápida no banco e nós podemos passar na frente dos mais novos nas filas. Hoje têm muita tecnologia, só que eu não sei usá-la direito, já derrubei dois celulares na água e mal sei ligar um computador. Além disso, a política e o dinheiro estão estabilizados no Brasil. Nossa, a troca do valor do dinheiro foi complicada, nós não sabíamos direito como usar e, até hoje, eu guardo as notas antigas.
Em seguida, ele me levou ao porão de sua casa, onde guarda uma imensa coleção de notas e fotos antigas da cidade. Uma verdadeira relíquia!
Após exatos 90 minutos de boas histórias e risadas, concluí que os idosos são as provas vivas do passado e que os fatos marcantes estudados por nós afetaram diretamente a vida dessas pessoas. A sociedade precisa respeitá-los mais, pois apesar da idade avançada, ainda nos ajudarão muito, porque ouvindo o passado entenderemos melhor o presente.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Ganhei um concurso e passei de fase na 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil com essa redação!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Está ardendo novamente.

Sinto arder novamente a ferida. Ao contrário do que eu imaginava, elas nunca desaparecem por completo, deixando-nos profundas cicatrizes para nos fazer lembrar o tamanho da dor causada. E nem assim aprendemos. Meu peito se contorce dentro de mim e vira do avesso. Eu não conhecia este lado; é novo; é meu. Este lado de cicatrizes me mostra da maneira mais limpa possível os desafios e feridas que tive.
Analiso demais as coisas que fiz ao longo de minha existência - aquelas que eu me lembro, é claro - e o que sou. Minha autocrítica me fez crescer e conquistar tudo que tenho. O apelo sentimental nunca foi meu forte; tenho medo e sou insegura. Meu coração é guardado por setes chaves difíceis de serem abertas e as perdas notáveis só me são clareadas agora.
Minha ferida, uma bola de neve, expulsa sangue para que eu a sinta. Em minha nítida forma humana - orgulhosa - reconheço, humildemente, que a ferida é suportável e tediosa até o dia em que fura a pele e fica aparente. A fratura exposta é tão grande que meu choro nada mais é do que a dor física conjunta a dor da consciência.
É aí que temos que procurar um médico para sanar as dores. Os plantões são escassos e espero quietamente na fila até chegar minha vez. Situações desesperadoras pedem medidas desesperadas. O remédio apenas alivia a dor e coagula o sangue exposto. Mas a ferida permanece lá, sensível ao menor toque.
Plenamente curada sei que talvez nunca esteja. Há dois caminhos difíceis que a cura envolve: a cicatrização seguida de aceitação e esquecimento. Não sou forte o bastante para esquecer minhas dores e o arrepio que sinto ao tocá-las é suficiente para querer entender o motivo de tal ferida. Paro no meio de minha própria explicação. Reavalio, mas a plateia está vazia. Talvez quando eu me reerguer - isso não demorará muito, creio eu - voltarei a ocupar salões inteiros de gente querendo me ouvir.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Meu coração é um músculo involuntário.

domingo, 24 de outubro de 2010

O que é certo me convém.

Estava pensando despreocupadamente em todas as minhas opções de amigos homens. Tenho o maior idiota do mundo. Um esquisito. Um chato. Um que é o certo. E o que me convém. Fico perdida entre eles. Minha mistura de sentimentos - que vai do mais puro amor e carinho à total confusão - mexe com todos os meus sentidos e não me deixa pensar em outra coisa. Eu juro que só quero o que é certo dessa vez.
As pessoas, tecnicamente, nunca podem ser totalmente nossas.
Existe uma "coisa" que têm alto e baixos, incertezas e nos libera endorfina. É, basicamente, o que move a vida. Não podemos brincar de supermercado, onde escolhemos o que queremos, porque não estamos sozinhos neste mundão. Tudo o que faremos trará-nos sempre consequências, invariavelmente.
No silêncio aterrorizante de uma noite sem sono, penso em como eu queria que fosse e como realmente é. Há muitas diferenças e poréns. Eu respiro fundo e tento pensar em soluções para os meus problemas. Eu só consigo chorar. Não sei o porquê das lágrimas. Não há tristeza, só há a tão sentida ausência.
Diferente de uma roupa que se pode apertar, a gente não pode simplesmente dizer que não quer mas e que se cansou. Isso não é humano. Portanto, as escolhas perenes têm que ser certas. Que ironia você querer o que é certo e não poder ter. Me sinto tão obscurecida por uma falsa imagem que criaram de mim que não consigo mais dizer abertamente o que sinto. Não quero mais dizer, na verdade. Quando eu digo que sinto falta dele, o amor real, não estou brincando nem sendo dramática.
Minha face esconde meu coração, o que realmente sou e se passa em mim.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Ufa!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pra não dizer que eu não falei das flores.

Meu coração age por sua conta e risco. Acelera ou diminui quando quer e não há nenhuma forma de controlá-lo - não diretamente. Ele se deixa levar por qualquer coisa e por qualquer pessoa. Não pensa. Não quer saber de mim, só quer continuar com seu tedioso movimento. Enquanto isso, minha garganta dá sinais de cansaço e para. Não tenho mais voz para falar. Meu útero se contorce numa cólica daquelas. Minha alma - já que meu corpo não corresponde - vai tentando continuar focando nas respostas de suas perguntas.
Ainda acreditam nas flores, mas não acreditam em mim. Eu queria compartilhar tantas coisas que sei - sejam elas fúteis ou não. Mas ainda fazem das flores seu mais forte refrão. Engano. Meu blog sempre me escuta e me deixa chorar na frente dele, sem precedentes. Eu não sei se ele acredita nas flores mas me deixa falar com minha voz rouca, e não reclama.
Apesar das proporções exageradas que assumo, o teor sério de meus exageros fica subentendido. É preciso que se tenha olhos fortes e nos devidos lugares para que se possa vê-los. Não é fácil desmembrar as metáforas.
É. Eu não queria dizer isso - não publicamente -, mas toda flor que não é regada regularmente, vai indo que morre e apodrece. As flores são frágeis e requerem cuidados. A vida pode ser bem mais bela que campos floridos ou rosas azuis. A gente estufa o peito de orgulho ao dizer que recebemos rosas vermelhas - porque elas simbolizam paixão. O orgulho sempre encobre uma faceta mais simples e que exige-nos cuidados especiais.
As flores não duram para sempre, mas podem permanecer vivas em nossas lembranças para o resto da vida. Então seu destino final cabe à nós: cuidar ou deixar morrer.

sábado, 16 de outubro de 2010

O que você vai ser quando crescer?

Diálogo 1:
- O que você vai ser quando crescer?
- , vou ser gente grande

Diálogo 2:
- O que você vai ser quando crescer?
- Ah, quando eu crescer eu vejo.

Desde pequenos, somos constantemente questionados sobre nossas escolhas futuras. Com o passar do anos, chega a adolescência trazendo-nos dúvidas quanto a isso. É nessa fase, também, que tomamos as mais importantes escolhas de nossas vidas. Decididos quanto às nossas escolhas ou não, a seriedade de tal exige compromisso e boa orientação para que não aja arrependimento.
Faculdade, primeiro emprego, novas amizades, amor ... A perspectiva de uma vida adulta séria pode até assustar. A independência é muito mais que decidir o que você vai vestir ou comer, nem quanto você têm para comprar; é ter que resolver tudo, coletiva e determinadamente - sem medo - pois egoísmo é prioritariamente coisa de adolescente.
Também não podemos simplesmente ir vivendo e levando a vida, sem nos preocuparmos com o que faremos no futuro; são decisões que exigem muito mais que a inscrição para o vestibular. Depois do ingresso na faculdade e de seu término, termos, por fim, a "caça" ao estágio e ao emprego; portanto, engana-se quem pensa que pararemos de estudar no 3º colégio ou na faculdade. Para uma vida bem sucedida, o estudo tem que ser perene.
Com os meus quase-quinze-anos, tenho em mente o que quero. É difícil explicar o porquê de uma ser humana que é louca por política e é capaz de dar uma "aula" sobre história política e que ainda por cima quer fazer direito e ser promotora também pensa, paralelamente a isso, em criar sua própria marca de esmaltes e quem sabe de roupas também. Quero fazer muito em meu futuro. Escrever livros com as minhas histórias e as fictícias que crio é também mais um sonho que está ganhando proporções reais, podendo assim deixar minha fantasia de ser escritora e realmente -la em prática; eu gosto de interpretar papéis. Espero, veemente, que minhas metas realmente se cumpram e que eu não as mude no meio do caminho. Meu futuro me excita. Espero muito por ele, pois sei que me trará coisas boas e alegrias.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Então escolha de que lado vai jogar / pois ao meu lado está sobrando um lugar / ele é seu / eu sou seu.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Existem guerras que ninguém ganha.

Era tudo tão surreal. Envolta em sentimentos, não via nada a meu redor. E o que dizer, pois, aos que esperam que eu diga alguma coisa? Existem coisas que não são de se falar. Tão arriscado quanto um mergulho em alto mar sem bomba de oxigênio, é aventurar-se. Felizes vós que sois salvo, pois são raros.

Isso me lembra uma história. Eram três, os infelizes. Um triângulo amoroso não declarado, para ser mais exata. Um homem e duas mulheres disputando-o. Na verdade deveriam ter uma meia dúzia disputando-o secretamente, mas elas não contam nessa história. Ele era ainda menino mas maduro para idade, fazia o tipo galanteador e o que mais encantava nele era seu sorriso e sua voz - um semi Deus grego. A primeira mulher era excessivamente baixa e magra, chegava a ser nojenta, desprezava todo mundo e quando queria alguma coisa, gritava. A segunda mulher entrou de penetra nessa história; era leviana, fútil, bonita e de poucos amigos; guardava a paixão ardente consigo e apenas aguardava a oportunidade para atacar.
A primeira mulher teve sua oportunidade, mas negou-a. Os motivos nunca foram totalmente esclarecidos e há quem diga que agora ela se arrepende. Ao contrário da primeira, a outra ainda espera ser reconhecida e ter sua chance. Nosso galã, aparentemente despreocupado com a briguinha não declarada entra as duas, depois de muito perder, agora espera ter um amor de verdade.
Nesse disse-não-disse o menino escolhe outra, uma terceira. De propósito ou não, só se sabe as duas mulheres abaixaram a cabeça e foram procurar por novas aventuras e o saldo dessa briga foi a perda de amizades e corações partidos.

E nós, seremos abençoados pela graça da vitória ou acabaremos tomando o rumo comum? Só nos resta viver para ver o que acontece e fazer de tudo para termos um final feliz.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Com outro alguém do seu lado.

Perdi a conta de quantas vezes planejei essa e aquela cena. No meu teatro, eu e você éramos protagonistas e apesar dos obstáculos tudo daria certo no final - porque é assim que tem que ser. Mas é claro que eu esqueci de combinar essa parte. Vejo minhas promessas, assim denominadas, indo por água à abaixo cada vez com maior frequência, carregando nessa enxurrada coisas que eu quero e que não quero perder.
Eu assisto, quase a beira de um ataque de nervos, à cena do amor que não me pertence. Tento parecer satisfeita e feliz, quando, por dentro, quero matar a meia dúzia que inventou esse romance. Em meu peito se formam lágrimas que misturam tristeza e ódio toda vez que ouço a canção no piano, imaginando que essa seria umas das cenas principais de meu teatro.
Abomino a ideia de passar anos a fio fazendo de conta que vivi todas as histórias que escrevo nesse blog. Me dói pensar que sou substituída por outro alguém qualquer, me dói demais. Nos meus catorze anos, toda vez que me decepciono com alguém vejo como algo sem solução. Que nada, eu sempre confio de novo, eu sempre me apaixono de novo. Burra.
Contrariando aos classistas, meu teatro não se encerará com uma tragédia. Tudo que soa "quente" demais me espanta. Não se ganha nada na base do grito - a não ser que você viva na pré-história. Quando você conhece além da tragédia grega propriamente dita, tende a se notar que andar de braços dados com alguém pode não significar amor - quase sempre, pra mim só há uma única exceção.
Não é a cor da roupa que você veste que vai te dizer quem você é; muito menos o tamanho do salto ou o risco de delineador nos olhos. Também não acrescenta em nada o quão engraçado é ou deixa de ser as tuas piadas. E nem tente me ganhar com seus argumentos políticos, religiosos e musicais. Cada um que fique quieto com o seu, porra. Não é a quantidade de notas azuis no boletim, nem a marca da sua roupa ou quantas vezes tu fostes a Paris esse ano que vai mudar qualquer coisa. Me importo com o caráter - este que tem que ser único e não teatral. Quando a cortina se fecha, nós, atores, devemos colocar de volta nossas roupas habituais e tirar a maquiagem. É exatamente nessa hora que vemos quem é cru.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

10 dicas de Marô Dornellas para se tornar uma pessoa sociável.

1- Dê a louca no msn e depois fique comentando aquilo o resto da vida, rindo.
2- Larga tuas músicas preferidas e vá ouvir a moda da vez.
3- A moda agora é xingar quem segue a moda.
4- Leia um livro. Acredite.
5- Desenterre um parente famoso e finja que recebeu uma herança milionária.
6- Crie um twitter falso, como a Lady Gaga Louca e poste coisas absurdas. Acredite, eles vão te retwittar.
7- Se matricule em um curso de inglês ou finja que sabe alguma coisa.
8- Pinte suas unhas com aqueles esmaltes flúor. Todo mundo vai te notar chegando.
9- Se ninguém te ver chegar, grite. Eles vão olhar.
10- Crie um blog. Mesmo que ninguém leia-o.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Testadas e aprovadas por mim, hahahaha.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vermelho vivo.

Sinto arder. Sinto sangue quente correndo nas veias, tentando lutar contra a dor que domina cada parte do meu corpo. É o torpor da existência, onde a qualquer vacilação volta com força total, tentando dominar-me. É um torpor vindo do mais fundo de meu interior, exigindo muita força de mim e, sobretudo, coragem para não temer. Os sentimentos, abruptos, chocam-se entre si, como se nesse plano não existisse força gravitacional.
A ira me domina muito fácil, obrigando-me a impulsionar um escudo protetor, fino e impenetrável, para que toda minha concentração permaneça estática e ultrapasse toda a dor. Do mais puro amor ao ódio declarado, tento me vencer, pois sou meu maior empecilho. Os obstáculos nos serão contínuos e cada vez maiores.
Um turbilhão de ansiedade e medo se instalou em mim e não quer sair. Nunca gostei de esperar, tanto é que nasci uma semana antes da hora. Meu "eu" subestimado se faz cada fez mais presente, como se eu fosse só uma menina de cabelos amarelos e de piadinhas.
Meu sangue vermelho vivo aflora, sobe à cabeça e me faz perder a pouca razão que tenho. Tento sugar o máximo de oxigênio que consigo em minha respirações lentas. É difícil me acalmar mas é fácil abrir um sorriso e acabar com a queimação interna, assim, pelo menos, liquido de uma vez e posso voltar ao devaneio o mais depressa possível. Até eu me assusto em viver uma bela história apenas na minha cabeça, mas é isso ou a realidade preta e branca.
Há muito mais coisas por traz desse texto. Há muito mais coisas em mim do que eles pensam. Há muitos e muitos sentimentos em mim. As chamas só se acendem às vezes, quando olho nos olhos dele, fingindo que encontrei os mesmos sentimentos ali, mas é fantasia minha. A realidade me dói e faz arder. Há poucos tempos de paz e ele deveriam ser aproveitados por completos. Já vivi uns consideráveis. Aguardo ansiosamente por outros.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
No meu repertório de frases feitas, encontra-se: "há muito mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a filosofia".

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Para o seu governo, o meu estado é independente.

Está chegando a hora de decidirmos o futuro de nosso país, mais uma vez. Vejo a democracia como a forma mais digna de tentar fazer o melhor. A política manifesta muito em meus textos argumentativos e é um de meus assuntos preferidos para discussão. A história política brasileira por si só me instiga. Há nela algum magnetismo, que nem eu entendo direito, que aprisiona toda a minha atenção e curiosidade, elevando, ainda mais, meu já conhecido status de chata, que aos 14 dedica boa parte de seus estudos e discussões a um assunto banalizado pela juventude.
De fatos positivos e negativos, a história me faz buscar linhas intermináveis para tentar imaginar a vida em um regime mais autoritário, que calou a boca de milhões de brasileiros. É inevitável me imaginar na ditadura, visto minha incapacidade de manter minhas opiniões e reclamações para mim mesma.
Ao contrário do que se pensa, a corrupção e o mau governo sempre existiram e não são méritos das atuais administrações. O diferencial é que atualmente qualquer cidadão, maior de 16 anos, independente da raça, sexo, religião, opção sexual, ganho salarial ou instrução, pode e deve votar para eleger seus governantes. Nós brasileiros, possuidores das melhores e mais modernas urnas de votação, infelizmente acabamos por sermos obrigados a assistir uma propaganda eleitoral patética, onde enaltece-se demais suas próprias glórias e inferioriza-se as falhas adversárias.
Meus caros, somos todos humanos. Quem de nós, pelo menos uma vez na vida, já não se arrependeu de ter escolhido o candidato errado? E quem nos garante que o pobre candidato da campanha não vai se tornar o mais (ou a mais) temido ditador ou autor das leis mais absurdas? Na hora de reclamar, lembramos mesmo que fomos nós que os elegemos? É por isso que para poder reclamar e exigir melhorias é que devemos votar conscientes, escolhendo com prudência e não apenas pela cara de bom moço ou boa moça. É fácil prometer rios e fundos, e é justamente na hora de prometer as coisas que o povo mais quer - tais como: aumento do sálario mínimo ou construções e melhorias faraônicas - que nós, POVÃO, não pensamos, e talvez nem eles, de como tais projetos poderão ser executados.
Pensemos melhor antes de eleger alguém. Não é uma brincadeira, é nosso futuro que está em jogo. Por já termos vivido tantas coisas em âmbitos políticos no Brasil é que deveríamos incentivar o voto decente e também o fazer. Espero que os novos eleitos saibam usar honestamente seus poderes para que assim continuemos a progredir.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Seu Fernando Torres costuma dizer que ser político é "a arte da comunicação" e ele tem razão!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ensandecido, ousado e prepotente.

Escuto e ajo com a solenidade que o momento implica. Meu coração reprime lágrimas que se atrevem a encharcar-me os olhos. Lágrimas de vitória, escondendo as da derrota, em um ato de heroísmo oculto, elevando-me à status de grande poderio, pelo menos para mim. Aumento às coisas dessa forma por acreditar piamente em meus sentimentos. Tenho controvérsias notáveis quanto à isso, mas não vem ao caso agora.
Aventuro-me em novos amores toda vez que o último desanda, sendo assim uma forma de esquecer de quão cego ficamos à essas aventuras amorosas. Só o próprio sentimento em si enche e estufa meu peito, lembrando-me que as artérias de meu sistema cardiovascular aceleram a medida que o sentimento se torna mais visível, entregando qualquer possibilidade de mantê-lo oculto. Só o furor causado já me faz arriscar. Entendo como ousadia muito mais que usar esmaltes e maquiagens diferentes. Ora, que nome se dá, então, àqueles que amam o proibido? Eu chamaria-os de ousados e em alguns casos, loucos.
Deixo um pouco de lado o orgulho impregnado à alma, como forma rendição total. Ergo meus braços, mais que em qualquer grito de prepotente, mostrando que não tenho armas além de minhas palavras e sentimentos. No mundo moderno, não interessa com quantos versos Shakespeare constituiu seus poemas e nem como anda a política brasileira. Tudo o que se procura é o amor desenfreado, fácil e amável. Por não estar à venda no mercado consumidor, tantas pessoas, assim como eu, são levadas, diariamente, ao auto questionamento e à busca ensandecida. O melhor deste sentimento é ter alguém preenchendo o vazio que há na vida e a certeza que todo dia na saída vai ter alguém além do portão verde esperando-te com um belo sorriso no rosto, um violão e mais uma canção.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Não consigo escrever sobre outra coisa.

domingo, 26 de setembro de 2010

Extremo.

Necessito de me auto afirmar todo dia, me mostrar atrevida, corajosa, forte e ousada. Já tentei largar isso em meu passado, mas uma de minhas maiores marcas é a de ser totalmente diferente dos padrões. Daí, consequentemente, tudo que faço e digo aparece mais do que previ, positiva e negativamente. Tenho a necessidade de me provar única e inemitável; não consigo. Me frusto, a todo instante.
Tudo em minha vida atinge proporções exageradas e com teor dramático. O meio termo nunca me contentou por completo. Sempre consigo com que as coisas sejam extremamente positivas ou negativas.
Nunca amei demais, sempre dou um jeito de estragar. Não posso simplismente gostar de alguém que também gosta de mim, não posso simplismente ficar feliz por um tempo e sossegar, quero mais, e mais, e mais...
O que eu quero? A, mas querer eu quero várias coisas. Não, na verdade eu quero mesmo é ter dezoito, passar no vestibular e me mudar pra Pelotas. Quero sumir por uns tempos. Quero pegar aquela estrada e esquecer que quem eu realmente amo - e não me ama - está aqui, em São José. Se eu não quebrar a cara em quatro partes no poste da esquina toda vez, não vai ser completo. Queria resolver tudo com mágica e fazer tudo do meu jeito. Mas o meu jeito, é sempre o mais complicado.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Tô meio depressiva hoje, não sei porquê.

sábado, 25 de setembro de 2010

Recordar é viver. Parabéns, Débora.

Eu não faço a menor idéia do que eu vou fazer o ano que vem. E, consequentemente, também não sei se continuarei junto com você na mesma escola. Passei 11 anos juntos com você e posso dizer, com toda a certeza, que eles foram muito importantes em minha vida. Olha, mas aconteceram cada coisa com a gente, que prefiro nem comentar, hahaha. É Dalbon, até virar macumbeira a gente virou, quem diria ein! Sem contar aquela vez que a gente ia trabalhar com as baleias do Greenpeace, e de quando a gente inventou 5 maneiras absurdas de imitar o Michael Jackson durante o filme de metáforas da dona Marilda, e daquelas infinitas vezes que a gente traçava linhas intermináveis de raciocínio não-lógico para ver quem era mais bonito, deuso , divo e tudo o mais: o Conrado ou o Tavares, e de quando na quinta série a gente inventou que ia ter uma banda de rock que se chamaria XNDOIS (porque já tinha o Nx Zero 1 e a gente ia ser o 2), e de todas as vezes que a gente se aproveitou para dar uma zoada disfarçada nas aulas de arte e ficamos confabulando coisas que poderiam cair ou não no vestibular (o suporte da arte), e daquela vez que a gente chegou à brilhante conclusão que no Nordeste os cavalos que morrem continuam em pé, por que sabe com é né, não tem jeito de deitar porque é tudo seco lá e eu nem ia mencionar todos os despachos, vudus e macumbas que FUNCIONARAM DE VERDADE porque isso é uma parte meio sombira e me dá um certo medo, mas daí né...
E tem também todos os lugares macabros, assuntadores e legais que a gente foi, tenho certeza que por toda a minha vida nunca me esquecerei dos 10 minutos em que passamos eu você e mais uns 10 loucos no INTERIOR DA KATACUMB DO HOPI HARI e que as múmicas ficavam tarsiando a gente e o faraó queria me levar pro túmulo, olha sinceramente, naquele dia eu posso dizer que VIMOS A MORTE DE PERTO. Parece engraçado, e realmente é, mas eu nunca passei tanto medo na vida, nem nunca gritei tanto com múmias que eu sabiam que não iam me atacar mas parecia que iam, e eu não sei como continuei viva e não morri de susto ou infarte ou com uma facada de uma daquelas múmias do mal.
e tem também toda a parte que a gente conseguiu se perder no Hopi Hari, e achou que ia ficar para sempre rodando na roda gigante e ficava gritando, lá de cima, pro cara descer a gente. E com esquecer do dia 3/09 em que a gente foi na EPTV!!!! e quis trazer o Juliano Matos pra São José, porque ele é muito fofo e daí a gente quase ARMOU O ACAMPAMENTO pelos lados da C&A no Iguatemi né e fez AMIZADE com o motorista da van (acho que essa parte foi eu né, que já queria que o carinha arrumasse uma vaga na faculdade pra mim lá tipo aquele dia, mas ou, ele é muito legal, hahaha)
Também podemos citar os assédios mútuos, postes e piadas que fizeram de nossas horas escolares bem melhor. A propósito, todo mundo achou, principalmente a senhora, que com a separação das classes na escola o fim do mundo seria em 2010 e não em 2012. Apesar de tudo que essas 8ªs passaram esse ano, de bom e de ruim, imagino como seriam nossas aulas de ensino religioso perto de você, e do Jonas, e do Zé, das gêmeas e da Ana , eu tenho certeza que seria bem mais engraçado e que vocês cairiam da cadeira toda vez que alguém RODASSE A BAIANA e essas coisas do tipo porque sabe como é, apesar de ser sério, eu não consigo ser séria perto de vocês (ver: EPISÓDIOS DO EUCALIPTICISMO).
Mesmo não querendo ser pessimista, sentirei imensas saudades da minha turma, mesmo vocês me zuando toda hora e pensando coisas sombrias à meu respeito (ver: episódios do eucalipticismo)e tudo o mais né. A gente se acostumou tanto com o jeito uma da outra que toda vez que alguma coisa esquisita acontece (ver: amigos com olhares suspeitos) é só eu olhar pra você que eu começo a rir, tipo uma transfiguração de pensamentos. Tenho certeza de que como amiga falhei diversas vezes, que eu sou uma chata, petulante e fico implicando com tudo o tempo todo. E, incrivelmente, consigo arrumar uma cota gigantesca de opositores, mas daí eu tenho a Débora Dalbon, que nunca me abandonou, mesmo que eu tivesse 4 ou 14, na escola ou na rua, concordando ou discordando das coisas que fiz e falei. Sei que te magoei muitas fazer e sinceramente te peço desculpas porque você sabe como é né, eu faço tudo por impulso e não hora eu não penso no que falo.
Me orgulho de dizer que você é uma de minhas melhores amigas, mesmo que você goste do Restart e vire colorida (a mas não vai fazer isso não tá, isso é VERY, VERY, BAD). Mesmo que um dia eu case com o Tavares e vá morar em Pelotas ou sei lá na onde, levarei comigo todas as nossas fotos e histórias engraçadas para na FILA DO PURGATÓRIO EM 2012 poder contar pra todo mundo as coisas que fiz com meus amigos e apesar de ser uma coisa triste morrer e ficar no purgatório vou ter muitas histórias cômicas e trágicas e tensas para contar. Espero que você nunca se esqueça de mim, esteja eu onde e com quem estiver. Espero que você alcance todos os seus objetivos, seja muito feliz, vá a lugares menos sombrios que a Katacumb, que pare com essa mania sua de ser vidente e ficar fazendo contanto com os espíritos porque isso me dá medo (se algum nazista te disser que vai voltar pra me pegar e me matar numa câmara de gás por favor me diga que eu vou fugir deles tá)que encontre alguém que te ame muito porque você merece!
É, com todos esses depoimentos só queria te dizer que você é uma pessoa muito importante na minha vida e me ajudou a ser alguém melhor e que foi muito bom ter você esses anos todos na minha vida, seja rindo de mim, zuando no msn e no recreio, me ajudando, me dando concelhos e tudo o mais.
Obrigada por tudo, NOGUEIRA. te amo muito, Dalbon. Nois qui tá, Débora.
É isso. Beijos.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Ia por uma foto, mas o blogger não carregou-a.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Algumas considerações.

Estampa-se um sorriso em meu rosto toda vez que penso em coisas boas que aconteceram. Me é comum perder o sono à noite - mesmo que tenha acordado muito cedo - esquecer do que me soa sensato, olhar para o teto do meu quarto e analisar os fatos, repensar, tentar achar saídas que satisfaçam as duas partes. Viver um romance é estar constantemente em apuros, já diria Lucas Silveira.
Me surpreende o comodismo com que encaro os fatos, demonstrando mais uma vez total frieza, escondendo de mim, e dos outros, o que realmente se passa em meu interior. É muito mais fácil trocar linhas infindáveis de amores não correspondidos por estudos históricos da política brasileira. É incoerente. A gente realmente tem que levar a vida inteira para perceber que o que mais queríamos estava do nosso lado o tempo inteiro ? É aí que entra a parte que ninguém ama sozinho.

Eu preciso, você também, todo mundo precisa de alguém.

Me suga toda a paciência a futilidade do julgamento. Ninguém tem o direito, e nem deve, sair proclamando glórias nem injúrias, sem antes ter profundo conhecimento. A espécie humana não sabe conviver com o que lhe é imposto, digo por mim mesma. Não suporto a ideia de passar horas de minha semana analisando coisas que sei que não me serão úteis no futuro. O conhecimento imposto tanto dura como fogo em palha. É preciso ser forte o bastante e suportar, para assim no futuro poder usufruir de tudo que por muitos anos batalhei.
Há necessidade de ser livre. Mas por minha felicidade solitária, esqueço daquele amor predestinado, que tanto penso e escrevo. Ninguém serve a dois senhores. A ciência ainda não conhece fontes confiáveis de entendimento da mente alheia; ainda convivemos com a incerteza e o medo de dar o primeiro passo. Viver um romance de adolescente é algo arriscado. Mas por quais motivos procuro-o incessantemente, desejando com todas as forças que tenho, mesmo quando tudo parece perdido? Tenho tantas frases feitas, letras de músicas, poetas e teorias dinâmicas para explicar diversas coisas, mas mesmo dedicando horas dos meus dias para esse fim, ainda não consegui chegar à nenhuma conclusão verídica e considerável sobre o amor. Não sei dizer abertamente sobre isso. Não me agrada a ideia de viver mais tempo como um camaleão. O mais consistente a se dizer é que em termos de amor ninguém sabe mais ou menos. Seremos todos marinheiros de primeira viagem. Sempre.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Enfim, amemo-nos mais.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Chuva de idéias.

Estávamos nós, na beira da estrada, esperando algum sinal de vida humana para nos ajudar. Não que estivéssemos perdidos... Fomos fazer um comício político no meio de uma floresta, afinal todos votam. Mas já era tarde e tínhamos perdido o último ônibus e o jeito seria voltar à pé mesmo.
Caminhamos por uns vinte minutos carregando bandeiras, panfletos, placas e auto falantes. Instruídos pelos gentis moradores, voltaríamos por outro caminho, mas culto e mais civilizado. Encontramos um parque ainda aberto e como estávamos com fome, pedimos uma macarronada.
Depois de algumas voltas pelo parque, com direito à montanha russa e tudo o mais, retomamos a caminhada. Após mais trinta minutos, chegamos na cidade e para nossa surpresa a cidade estava inundada! A enchente pre-ci-sa-va passar, pois no dia seguinte seria minha formatura!
No meio dessa confusão de não saber o que fazer, um sinal vital: o despertador toca, pontualmente às 6 da manhã, indicando que eu precisava ir para a escola. Quando eu acendi a luz do meu quarto, encontrei uma bandeira, uns panfletos do partido, uma roupa molhada e um ingresso de um parque desconhecido. Então isso aconteceu de verdade? Não, ainda não, pois o comício seria hoje e o parque e a formatura também! Ai meu Deus, socorro!

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Só me vem um pensamento: não ouse desistir de tudo que você sonhou.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Voltando. De novo.

Todas partes de mim, da real à imaginária, passando por todas as contradições, sentiu falta de poder escrever no blog. Final de ano e muitas decisões sérias por tomar. Minha vida toma um rumo mais sério a cada dia, deixando de lado as suposições e bricandeiras, exigindo de mim mais auto confiança e determinação. Estimula-me a desfazer laços profundos, não mais elevando-os como a parte mais importante de mim. Assim, provo a quem mais preciso provar - a mim mesma - de que tenho procurado bons caminhos e que o amadurecimento é natural.
Quero entender, da forma mais complicada, meus sentimentos e emoções, buscando filosofias incapazes de me responder qualquer coisa. Meus sentimentos, subestimados ou não, são de complexidade ímpar e muitas vezes me fazem desistir, antes mesmo de começar. Com o amor a gente não brinca. Podemos até tentar, mas não conseguimos.
Nos meus quase quinze anos muito esperados, reflito sobre mim constantemente, querendo mais que o próprio entendimento. A psicologia me ocupa quando o tédio vem e se instala; constantemente me perco em meus próprios pensamentos, como se procurasse por outro lugar. Me enxergo como uma mulher forte, bonita, determinada e sensata. De tonta, eu só tenho a cara e o jeito de andar.
Quinze anos. O momento mais esperado de minha vida até aqui, em um duelo acirrado com a faculdade. Muitos planos, agitos e anciadade. Acredito que não haja coisa melhor do que uma boa festa, e os quinze anos são o auge da vida de uma garota, segundo me disseram. Eu sou tão fresca e mesquinha que não perco a oportunidade de um bom debate sobre festas, moda, maquiagem e esmaltes. Gosto da minha vida de adolescente, tive a oportunidade de fazer coisas incríveis.
Penso e uso argumentos políticos para explicar o atual momento que vivemos. O contato direto com a história e o presente, me fizeram gostar de política e querer saber de tudo que isso envolve. A política muitas vezes é mal feita, mas me entristece a banalização de seu verdadeiro significado: possibilitar o progresso e o que é melhor para o povo.
Tenho sendo cercada por provas e testes, escolares e morais. Encaro-os como forma de crescimento moral e intelectual, não havendo melhor caminho se não aquele onde recebemos críticas. Os que se dizem prontos para encarar a vida e seus riscos e aqueles que se dizem amadurecidos demais, com o perdão das palavras, mas são uns babacas. Seja aos 15 ou aos 95, nunca estaremos prontos para o dia seguinte.
Nesses últimos tempos, aliás, já faz muito tempo, vejo as pessoas sem máscaras, assumindo suas verdadeiras formas. Em um mundo cada vez mais competitivo, preciso tomar minhas atitudes egoístas, para o meu próprio bem. Mas que novidade, eu sempre fui egoísta demais.
Além de Deus, tenho fé em mim, nas coisas que digo e faço, sendo este o caminho para uma possível auto-realização. Tenho muitas metas para cumprir, textos para escrever e ainda viver muitas coisas boas nesses últimos três meses e meio de 2010.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Hoje eu só queria falar um pouco de mim...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tenho escrito menos.

E vivido um pouco mais. A literatura de meus dias perdeu o caráter de microconto, por isso não mais os tantos posts. Virou romance que não mais se capitula em poucos parágrafos. Muitas vezes abandonei em branco o texto, pois olhava, míope, para dentro de mim e nada via senão o nebuloso vulto da ulceração que ainda gritava em vermelho. Precisava encontrar um caminho para a superfície, mas no fundo daquele poço encontrei um par de lentes.

O romance nos desafia a convicção, por vezes tira a paciência, e pode até nos subtrair alguns anos da vida, mas quando é que alguém, por um segundo que fosse, cogitou – a sério – viver sem ele? Nossas aspirações vão, cada vez mais, aproximando-se da realidade; a gente passa a prometer menos, mentir menos, e chega até a achar que, dessa vez, erraremos menos, por julgarmos saber onde escondem-se todas as bombas desse campo minado. Nem preciso lembrar que a única certeza no romance é a de se estar eternamente em apuros, saracoteando as pernas para não se deixar afundar totalmente no obscuro e indecifrável oceano que é a vida daquela pessoa com a qual estamos de mãos dadas.

Em apuros pois é perigoso. É perigoso porque a gente arrisca. E a gente arrisca porque quer. Ninguém nos obriga a viver o amor, mas a gente ama vivê-lo. Ninguém nos obriga a sentir as mesmas dores de novo, mas a gente se quebra em mil pedaços para sentir o prazer na cura. A gente acha que pode viver sem, mas as palavras soluçadas no fim de uma noite ébria evidenciam o que, para todos ao nosso redor, já era óbvio: estamos fodidos.

Em apuros não estou só eu, estamos todos nós, meus caros. Romance é o que se persegue pelas esquinas, que foge à luz dos postes, e ele está bem. Em perigo estamos nós, nesse apuro que reside na nossa urgência em vivê-lo. Vivê-lo, mesmo que torto, inacabado, ferido, precipitado, errado, proibido, ou impossível. Vivê-lo de verdade, com intensidade e sem escudos. Como deve ser, e como inevitavelmente é, quando nosso coração nos dá aquela única e inevitável rasteira que nos faz quicar no chão.

Viver o romance é estar em apuros.

Estou vivendo, e não quero ser salvo.

Por: Lucas Silveira, o gênio.

Não me cansei do blog, só estou sem tempo. Muitas provas, lições de casa, trabalhos e Olimpíada de História na reta final dessa 8ª série.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O alcoolismo e a adolescência.

O alcoolismo nunca foi um problema exclusivo dos adultos. Atualmente, os jovens começam a beber cada vez mais cedo; o álcool mata. Nossos jovens estão desinformados e desprotegidos, com uma lei que não proíbe nada.
O mais preocupante é que a maioria dos adolescentes acabam bebendo apenas para se aparecer para os amigos, pensando que assim serão os mais legais da turma. Em qualquer lugar, seja em bares, festas ou na própria casa, a bebida não é de fato proibida para menos. É outra lei paliativa, como tantas outras.
E o que é que os faz procurar a bebida tão cedo? São tantas propagandas incentivadoras; a pressão dos amigos e da família; o baixo custo; a facilidade de encontrar; a falta de fiscalização da lei entre outros fatores.
O álcool acaba sendo um dos maiores responsáveis pelo aumento da violência e de acidentes, muitos deles fatais. Além de tudo, na maioria dos casos, o adolescente que bebe compulsivamente hoje acaba se tornando o alcoólatra do futuro, desenvolvendo doenças e câncer.
A proibição não é inteiramente eficaz, nem resolve o problema. É preciso mais conversas sérias, alertá-los dos riscos que correm ao se embriagar e que o ácool nunca é uma boa escolha, seja dentro ou fora de casa, proibido ou não.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As coisas

Existem coisas de se ter. Outras pra comprar. Outras pra pegar emprestado, às vezes. Umas a gente joga fora, outras a gente finge que não tem. Tem até gente que rouba coisas. Tem coisas que são perenes, que serão sempre iguais. Outras são frágeis como o cristal, ou como o papel. A gente pode ter um monte de coisas, mas sempre estamos atrás de algo pra comprar. Solenemente ignoramos as
pessoas cujas coisas podemos pegar emprestado, às vezes. Aí essas coisas que a gente compra, a gente joga fora, ou o tempo se encarrega de transformá-las em coisas que a gente tem vergonha de ter. Jogamos fora.
Tenho feito uma coleção de coisas. Uma prateleira linda, pairando sobre a minha cabeça. Sentado na cama, com o computador no colo, me contorço e olho pra cima. Lá estão. As coisas. Pela janela entra um vento forte, pra lembrar da chuva que caiu pela tarde, quando eu ainda estava a mil quilômetros daqui. Sorrio. Com dentes e tudo, só de lembrar de todas essas coisas. Quem me conhece sabe o quão difícil é me fazer mostrá-los. Meus lábios são o músculo mais forte que eu tenho. Só pode ser. São como pesadas cortinas de um grande teatro.
Meus atores são muito envergonhados.
Se não fosse meu medo de altura, eu caminharia até a ponta da tua prateleira pra te ver dormir.
O computador suga minha convicção até a última gota. Dormirei.
Ser imaginário. Meio que uma combinação de todas as coisas.


Lucas Silveira, sempre com a razão.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Brava gente, brasileira!

A coisa que mais me orgulho no Brasil, é o povo brasileiro. Eu, que só conheço outros países por livros e sites, tenho orgulho de viver cercada de gente eufórica e acolhedora, de natureza hospitaleira, alegre e trabalhadora. Desde os tempos mais remotos registrados pela história, somos caracterizados por um povo guerreiro que corre atrás de seus interesses. Nós, o povo, que vota, que se rebela, que é essencial nos textos, filmes e piadas, somos a parte mais importante de nossa história política.
"Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles negros e índios supliciados. (...) O povo brasileiro é um povo de ,muita riqueza cultura, isso se deve basicamente a grande miscigenação ocorrida no inicio de colonização portuguesa" (Darcy Ribeiro). Também devido às imigrações do século passado, podemos ter uma diversidade cultural, tendo indígenas, africanos, italianos, português, árabes e tantos outros dentro de um único território.
Eu, patriota, além de ter muito orgulho das minhas origens rio-pardenses, fico triste ao saber que estão destruindo a própria casa, desmatando, queimando, violentando, xingando, atestando por essa atitude só, a falta de conhecimento e desrespeito à sua pátria, jogando-a à mercê das opiniões de jornais estrangeiros. Nossos governantes, sejam eles políticos ou autoridades escolares, não incentivam o pensamento de que o povo é sim importante e que nosso país é cheio de riquezas e não podemos acabar com tudo.
Meus caros, nosso Brasil é bem mais que samba, carnaval, futebol e política mal feita, somos muito maiores do que o estereótipo estrangeiro. Tenhamos orgulho e respeito, pois nossa terra mãe o merece. Cantemos nossos hinos com amor, carinho e orgulho - há muita história por traz de palavras difíceis ritmadas. Digamos que gostamos de viver aqui sim, mesmo com os problemas sérios e anda sem solução. Não somos o único lugar do mundo em que certas leis não são cumpridas; há desigualde e inconsciência popular na hora do voto, mesmo assim eu não desisto do meu Brasil, e não trocaria-o nem pela Califórnia. Acreditemos mais, lutemos mais, participemos mais; quem sabe assim cheguemos à um lugar melhor e mais justo. Imaginem o que seria de nós se Dom Pedro I não tivesse proclamado a independência... É preciso ter coragem de ser.

domingo, 5 de setembro de 2010

Fumaça.

Há uma película acinzentada me impedido de ver com clareza. Não enxergo mais de um palmo à minha frente. Não gosto disso. Quero ver, entender. Acredito que só quando vier a chuva as coisas melhorarão. A gente não pode querer o que é previsivelmente impossível.
Impossível. Me faz revirar os olhos de aflição essa palavra. O desespero se atrela à falta de fé e nos leva à um julgo mais fácil: o de desistir. Não podemos entender o motivo de certas coisas acontecerem ou não, mas só a expectativa do sim ou do não já me faz considerar a hipótese de tentar. Repetindo: quando se pensa demais em um determinado assunto e se analisa todas as opções possível de antes, durante e depois, o próprio pensamento já nos traí, silenciando quaisquer palavras.
Em tempos de estiagem e de profunda expectativa para a chuva, é normal que tenhamos as unhas das mãos roídas e descascadas, numa atitude desesperadora. Eu não quero fim e sim começo. Por que queremos o que não podemos ter? Aí vem a questão do impossível e que é preciso ter fé. Também é conveniente que cada um cuide de sua fé e que, sobretudo, seja sincero com seus sentimentos.
A névoa também te impede de ver? Não, quero saber se a névoa te impede de me ver; não das formas distorcidades de minha infância, mas sim daquelas que hoje assumo. Usamos a inteligência para resolver tantas formúlas matemáticas e ainda não conseguimos arrumar um jeito de por fim à fumaça, clarear as idéias e dar início a uma conversa sincera.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
... mas com as minhas metáforas, ninguém entende as significações verdadeiras de minhas palavras. Ficamos por aqui mesmo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O conto do envelope branco - FINAL

Amélia* aguardou por mais de dois meses pela tal da carta. Muita espera para quem odeia esperar. Com tristeza no coração, já até esperava pelo escrito na carta e suas consequências, como em uma coisa predestinada a dar errada. Só não contava que realmente cairia na real quando não desse mais tempo.
Pois bem, a carta dizia que ela não poderia mais ser Jovem Vereadora, por causa de uma mudança na lei que descartava a hipótese de reeleição. A primeira reação: choque. A segunda reação: incredulidade. Impossível. Como isso foi acontecer? Estava tudo certo e bem planejado, se bobear, até alguns projetos ela já tinha escrito. Dizem que tudo que é bom sempre acaba...
Destinatário esperado, no tempo irregular e com conteúdo decepcionante. A gente sempre reza para que dura para sempre, sem contar que uma hora, por bem ou por mal, acaba. A gente só se lembra da lei nessas horas. E o que podemos fazer, se já não podemos mais mudar a lei?
E o que a Amélia fez? Foi lá, vestiu seu traje de solenidade, levantou a cabeça (porque lá a ensinaram a ser assim), respirou fundo, engoliu a tristeza, colocou um sorriso de vereadora no rosto, subiu as escadas triunfante, distribuiu acenos e cumprimentos, se dirigiu a um lugar que não estava habituada a se sentar no plenário, esperou começar, ouviu atentamente a apresentação do cerimonial - não sem antes engolir mais uma tantada de lágrimas - aplaudiu as entregas de diplomas, entregou diplomas e distribuiu desejos de boa sorte e sucesso, cantou o hino estufando o peito de orgulho, analisou mais uma vez sua passagem pela Câmara Jovem, despediu-se em atos vereadorescos, desceu as escadas orgulhosa de si mesma, foi embora com o coração apertado de ver sua cadeira azul vazia. Ela nunca esquecerá das coisas que fez ali, em um dos momentos mais marcantes e intensos de sua vida. Apesar de ter ficado triste e meio brava com a tal da lei, se sente bem orgulhosa e lisonjeada de ter tido a oportunidade de ter feito parte disso tudo.
Terceira reação: orgulho.
Amélia nem sempre fica feliz com as cartas que recebe. Ainda assim, gosta de recebê-las, pois dessa forma se sente importante. Amélia sempre vai fazer o que achar melhor com as cartas. Essa ela guardou com muito carinho.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Pois bem, nem sempre temos os finais que queremos ter.

*Meu pseudônimo preferido.

Os meus preferidos de agosto: não vou indicar alguns, mas sim indico todos, porque gostei de todos, hahaha. Enfim, acho que ficaram legais.