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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Algumas palavras sobre a oitava série e o fim do "João Gabriel Ribeiro"

É com muito orgulho que hoje venho aqui vos dizer que acabei não só a 8ª série do Ensino Fundamental, mas que terminei meu ciclo de oito anos estudando na mesma escola. É triste por um lado, mas também me deixa imensamente feliz por tê-lo cumprido. Como tudo na vida, foi repleto de altos, baixos e extremos. De alguma forma ou de outra, a escola me ajudou a crescer, a encontrar meu próprio caminho e ao auto-conhecimento. Faria novamente tudo que fiz e, claro, vou sentir saudade.

Desejei terminar logo, partir para novas aventuras, e eis que chega o dia. Olhei pela última vez o minúsculo corredor sufucante, vi as carteiras da classe vazias, me despedi de todas as pessoas e objetos, desci a escada do segundo andar, passei pelo pátio pela última vez e saí. Nunca mais voltarei como aluna, apenas como visitante. É preciso coragem e determinação para seguir em frente.

Tive aulas e professores ótimos e inesquecíveis, onde pude aprender muito. Conheci boa parte de meus amigos, minha turma incrível e inacreditável. Infelizmente, sempre há o outro lado, aquele que queremos apagar. É normal ocorrerem pensamentos como “o que eu vou fazer ano que vem sem isso e aquilo” mas tenho certeza que Deus reserva para todos nós um bom futuro e a saudade é mais uma conseqüência. Não podemos negar, entretanto, que será difícil não ter mais aula na mesma classe, visitar os mesmos cômodos, ver as mesmas pessoas e ir sempre para o mesmo lugar.

É uma sensação tão gostosa dizer que se está no último ano; é como se te desse um status a mais. No último ano somos livres para brincadeiras e zoações, “porque precisamos de preciosos arquivos para a formatura”. No último ano podemos fazer e dizer coisas surpreendentes, inacreditáveis e até mesmo indecentes, porque temos que aproveitar ao máximo e pouco de nós faríamos isso se não estivéssemos no último ano. O último ano é tão gostoso e divertido que quando nos damos conta do tempo, já acabou.

No começo desse ano, fomos surpreendidos por uma mudança inesperada de classes, uma “separação” mesmo. Houve quem chorasse, reclamasse e esperniasse. Só não sabíamos que isso, de alguma forma, foi bom. Ensinou da maneira mais cruel que não precisamos estar sempre juntos para dizer que somos amigos. Também fizemos novas amizades e fortalecemos outras. Teria sido diferente se as classes não tivessem sido mudadas? Sim, claro. Só não sabemos até que ponto isso seria bom ou ruim.

Tudo que eu e meus colegas vivemos nessa escola foi de grande valor. Não podemos deixar os fatos tristes apagarem os alegres. Acaso se para no meio do caminho por preguiça de remover um obstáculo? É claro que não. Saio dessa escola com apenas o primeiro diploma dos muitos que ainda terei. Engana-se quem pensa que o estudo termina na oitava série, pelo contrário, ele é perene. Muitas coisas ainda estão por vir: o Ensino Médio, a faculdade, o primeiro emprego. Saio de cabeça erguida, como uma vencedora. Deixo para traz um história fabulante, genial, comovente e ainda não escrita. Deixo no passado uma parte de minha existência.

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Marô!
que texto lindo. Resume, acho, o que todos os alunos sentiram quando deixaram a escola. E o que pensam sobre o futuro também.
É complicado deixar tudo isso pra trás, mas também é emocionante começar uma nova etapa na nossa vida.
No próximo ano, entraremos em uma nova escola, com pessoas e cômodos diferentes... mas vai ser legal, porque ainda vamos ter um grupo, e vamos estar juntas (:
Beijos, Débora.