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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ainda sobre amor.

Hoje foi a segunda vez que eu chorei ao lembrar de você. Eu ouvia minhas valsas de 15 anos, aquelas bobas que todo mundo ouve e acredita. Na minha, o Troy e a Gabriella dançam e cantam a música inteira olhando nos olhos um do outro, e dizem mil coisas românticas e fazem milhões de promessas. Agora você entende porque eu sou tão boba assim? Eu acredito nessas coisas, eu leio poesia árcade.. e tudo isso muito antes de você.
Tantas coisas mudaram em um mês. É tão intenso ir ao fundo do poço e ir escalando-o de volta à superfície aos poucos. Quando eu estive lá embaixo com tudo escuro e morrendo de medo, mesmo assim eu consegui olhar para cima e enxergar uma luz, mesmo que distante. Nem sempre é fácil subir de volta, mas não dá pra ficar morrendo no mundo subterrâneo, enquanto a vida acontece lá fora.
Eu não sabia que conseguira ser tão forte ao ponto de passar por isso tudo de novo
Eu sei que daqui eu não posso te ver, te tocar e dizer tudo que eu tenho vontade. Eu lembro do som da sua voz todos os dias e quando eu paro, eu me lembro de todas as suas promessas e de todos os planos que eu tinha feito de passar a minha inteira ao seu lado. Eu acreditei demais em você. E sim, eu confiava muito desde o começo. Não foi perfeito, não foi o meu "Troy" dos 15 anos, não foi como eu queria, não tive minhas peônias e mesmo assim, sem realizar os meus sonhos pessoais, eu estive ali do seu lado o tempo todo, esperando você enxergar o tamanho do meu amor; e agora me diga, o que eu recebi em troca? Você sabe melhor que eu que tudo que aconteceu em um ano entre a gente não foi tão bobinho assim, não morreu da forma que você achou que tinha morrido e que tudo o que eu te disse,  inclusive nas brigas, não foi sem motivo ou sem sentimento.
E olha, não é proibido chorar. Se nós choramos, é porque carregamos chagas dentro de nós por muito tempo, e chega uma hora que não dá mais, elas extrapolam e fogem do nosso controle. Não é sinônimo de fraqueza, pelo contrário, significa que você está sendo forte há muito tempo.

Bom agora é hora de falar de mim. Acho que algumas coisas na gente nunca mudam. Outro dia ainda dizia para as meninas que queria voltar aos meus 13 anos e viver tudo de novo, eu faria tanta coisa diferente! Não digo especificamente sobre 'a gente', mas falo de mim.
Hoje me vejo como uma mulher muito mais madura, até mais do que aquela de um mês atrás, com o coração remendado mil vezes, com tantas dúvidas na escola e com tanto desejo de continuar vivendo, errando menos e encontrando caminhos certos.
Aos 13, eu não me importava com nada disso. Eu era daquelas meninas do tipo que olhava um menino que eu gostava indo contra a minha vontade e falava " foda-se"! Eu já falava muito em amor, sem conhecê-lo muito bem, mas ainda assim preferiria não saber como ele é. No meu celular, só tinha fotos de banda emocore e eu ouvia rap, rock, emo, pop, bem assim, tudo misturado!
Daí em 3 anos então, tudo virou de cabeça para baixo, simplismente fugiu do meu controle!
Às vezes eu não entendo porque teve que acontecer tudo isso na minha vida. Queria ter o dom de encher o futuro e ver que tudo que aconteceu nesse tempo não foi à toa. Passei por um tempo muito forte de amadurecimento forçado nesses 3 anos, aprendendo a lidar na marra com situações difíceis. Aprendi que nada é fácil e que é difícil não desistir no meio do caminho. Tenho tentado ser o máximo assim, a lidar com um otimismo que não sei de onde vem; a lidar com as lembranças, com a matemática, com o vestibular... é desgastante e às vezes dá vontade de chorar e deixar tudo de lado. Mas na vida real não é assim; a maior batalha que enfrentamos é com nós mesmos e nós somos os protagonistas da nossa história. Um pouco de egoísmo faz bem, o amor nem sempre é o correto, não somos proibidos de ter lembranças e saudades, mas em que nenhum momento o sentimento ultrapasse o caráter.

Ainda sobre você: preciso colocar em palavras tudo o que se passa dentro de mim. Se você não gosta assim, sinto muito, mas escrevo o que sinto. Se um dia chegar a ler isso, entenda que apesar de ter doído a separação, não quero o teu mal. Fique bem, tranquilo, trabalhe, estude e quando namorar alguém, por favor não se esqueça das peônias e das datas, porque nós gostamos disso.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Quando eu te peço pouco é porque eu quero tudo que pode me dar
Quando eu te peço pra esquecer é porque eu quero te fazer lembrar de tudo que passou
Quando eu te digo que eu não penso é porque eu não paro de pensar
Quando eu tento me esconder é que eu só quero te mostrar o que eu ainda sou
Esteban

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Liras.

Por mais que ocupe minha cabeça o máximo possível com compromissos da escola, da Igreja e com os amigos, é inevitável, sempre vem a parte da nostalgia. Não dá pra colocar uma roupa sem lembrar de quando a usei com você, impossível não lembrar de como você costumava me chamar, impossível não lembrar de como você sorria pra mim. Tudo ainda é tão vivo. Tenho aprendio que não é proibido lembrar de alguém que te fez bem e que não está do seu lado mais. Só percebemos o quão forte e grande somos quando mesmo com a saudade a gente consegue levantar a cabeça e sorrir, em vez de chorar.
Aliás, minha vida amorosa assim como nos fracassos tem evoluído também nos aprendizados. Sofrer com a distância e as lembranças faz parte, mas a maturidade está em quando conseguimos lidar com isso.
Eu confiei demais em você, achei que o seu sentimento era tão intenso quanto o meu; talvez um dia tenha sido, não duvido disso. Achei que você seria diferente dos meus outros casos amorosos, quer nada renderam além de más lembranças. Lembra de quando eu te chamava de "meu anjo"? Não foi à toa, nem pra fazer graça. Eu achava que com você seria diferente e que enfim eu tinha encontrado alguém capaz de fazer tudo por mim e me amar verdadeiramente pelo que sou, sem querer mudar nada, só acrescentar. Será que essa meu pensamento não era utópico demais?
Se você errou, eu também. Acreditei demais no romantismo. Na verdade desde antes dos 15 eu já acreditava nessas coisas bobas de amor, que mechem com um homem e uma mulher, dai aos 15 com as aulas de literatura, você e as poesias, eu acreditei demais em amor. Só nunca te falei dos realistas; a literatura prega que na vida real nada é como nos sonhos, seres humanos não são perfeitos e o amor não é tão belo assim. Eu soube disso talvez antes mesmo de você, mas preferi acreditar que nada nos abalaria e que a nossa história não seria como o "fim real" da minha preferida, a árcade, aquela em que o Dirceu faz mil juramentos de amor, dai é exilado e nunca volta para buscar a sua Marília(!). Eu acreditava que a força do nosso amor superaria qualquer coisa. E além disso, você curou as feridas que os outros caras deixaram para trás, por isso que eu me sentia no direito de achar que com você seria diferente.
Bom, agora quando eu analiso de fora, sem ser um dos personagens principais da história, vejo que não foi bem assim e que em muito você se pareceu com os outros, apesar de ser também em muitos aspectos, melhor. Não precisava de cavalo branco, de farda, de status sociais e nem mesmo de um anel no dedo para que você fosse meu. Era pra você usar mais sentimento em vez da razão.
Só queria que você percebesse que quando uma mulher diz que ama um homem, ele nunca está brincando. Se eu te disse, não foi banal. Nós mulheres levamos o amor a sério e acreditamos em príncipes, não os dos contos de fadas, mas homens que sejam carinhosos. Nós esperamos demais dos homens e talvez eu tenha desejado coisas que você não podia me dar.
Talvez você ainda tenha que passar pelas mesmas desilusões que eu tive antes de te conhecer, entender que a vida não é fácil pra ninguém, que nós temos que sonhar e correr atrás dos nossos objetivos e que, principalmente, ninguém é forte o suficiente sozinho. Eu custei a entender isso, mas talvez um dia você me entenda.
Quanto aos buracos, não se preocupe nem se apavore por isso: eles também existiram antes de você e foram curados. Esses são novos, mas também não serão eternos.
Quanto às lembranças, guardei algumas fotos junto com anel, por enquanto, porque chega uma hora que você não vai precisar mais delas e se apagarão naturalmente, tal como a gente apaga as teorias de física da cabeça, quando passa a prova.
Quanto ao amor, também não se preocupe, vai passar.

PS: Liras em literatura é "poesia". Então o título faz referência ao fato de eu gostar de poesia árcade principalmente das "Liras da Marília de Dirceu", que são as mais belas poesias árcades.

domingo, 8 de abril de 2012

Sobre como Deus cura as feridas.

Uma coisa que eu custei a entender que a única coisa que pode salvar a gente do fundo do posso é Deus. Por mais que seja vital o apoio dos amigos, tem um hora do seu dia que você vai colocar sua cabeça no travesseiro e começar a lembrar daquilo que um dia te fez feliz. Não é saudade, é nostalgia; e é justamente isso que te faz balançar. Daí é nessa hora que Deus vem e te resgata, Ele não te deixa afundar. Deus é que dá a força e a coragem de levantar a cabeça e encarar que você precisa continuar sua vida.
Para fazer nascer um homem novo dentro de você, é necessário morrer primeiro, não no sentido carnal, mas no sentido de passar por alguma situação que te faz sofrer e mesmo assim, viver. Não é tão simples assim e  nós só entenderemos quando estivermos sentindo na pele.
Por mais que estejamos alerta e preparados, no fundo nunca estamos.A gente pode estar tentando contornar a dor, mas nós sabemos que no nosso coração, aquele buraco que dói quando um namoro acaba, sempre está lá, latejando e sensível ao menor toque.
Eu achava que o meu antigo buraco tinha se fechado para sempre e que eu nunca mais sentiria a mesma dor de  antes de você aparecer. Mas eu tinha esquecido que quando a gente acha que já se curou o suficiente, volta a doer tudo de novo. 
Eu tinha me esquecido que Deus vinha antes de um amor; Ele concerta aquilo que não podemos colar - o coração - e sara as nossas feridas. Por mais que elas insistam em voltarem, Deus nunca desiste de nos curar. E sim, dói bastante. Parece até que a dor nunca vai passar.
Mas acreditem, passa. Aprendi que tem hora que o buraco no coração vai fechar e ele vai voltar a bater novamente. Eu só preciso entender que Deus tem o tempo dele pra tudo, e que nada que Ele faz foi sem motivos. 
Nós entenderemos tudo quando chegar a hora. Por enquanto só é necessário só continuar vivendo.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
E Deus está do nosso lado, ao nosso alcance, sempre.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Epílogo

Com as experiências, aprendi que sempre que começamos alguma coisa, devemos fazê-las bem feitas até o final. Como todo livro, antes ou depois de contar a narrativa em si, o autor (ou alguém de sua confiança), escreve um "resumo" da história, colocando-a no contexto em que foi escrita. A isto, é chamado de prefácio, quando é escrito antes da história, ou de epílogo, quando escrito ao final.
Na minha história de amor, não escrevi um prefácio e narrei muito mais ou menos a narrativa em si. Não sei explicar porque, mas talvez a explicação mais lógica seja que eu me dediquei tanto a vivê-la que não parei para analisá-la sob forma de textos. Não sei se isso foi um erro ou um acerto, mas no momento, isso me parecia o correto a ser feito. E agora, a coisa certa não é narrá-la do começo ao fim com pitadas de ironia ou críticas, mesmo porque o que tinha que ser feito já foi feito. Pretendo escrever sobre o que me restou após o fim, então se você não quiser saber, não leia daqui para baixo.

Na verdade as mulheres desde pequenas se dedicam a encontrar príncipes que sejam adequados as suas bonecas, a fim de que tenham um final feliz. Na literatura romântica, quando a musa não pode ter o poeta, adoece e morre (literalmente de amor), porque acreditam muito na história de ter um príncipe. Mulheres desejam homens que as trate com carinho, compreensivos, e que acima de tudo estejam sempre do seu lado apoiando suas decisões, porque, no fundo, é isso que podemos dar de mais puro aos homens. Sim, toda mulher sempre quis ter um Loubortine, esmaltes holográficos da OPI e vestidos de festa, mas acima disso valorizamos o companherismo e carinho de vocês. Nós não precismos de presentes caros, uma única flor que você roube do jardim do vizinho já vai nos fazer feliz. Não queremos que vocês larguem seus amigos para passar o dia todo grudado na gente, só queremos que vocês arrumem um tempinho, rápido, entre uma coisa e outra, para nos dizer o quanto vocês nos amam. E façam com que a sua mulher se sinta a mulher mais amada do mundo todos os dias. Ame e beije com vontade, como se fosse a primeira e única vez. E se você conquistar o coração de uma mulher, lute para não decepcioná-la e conquiste novamente seu coração todos os dias. Homens, vocês sabem como fazer isso.
Talvez na nossa história tenha faltado muitas coisas; foi incompleta. Não estou dizendo que faltou amor ou até mesmo que ele tenha acabado, mas resalto que do seu lado faltou companherismo e romantismo, talvez você não tenha se preocupado em me conquistar sempre porque você sabia que o meu instinto feminino ia fazer com que eu ficasse sempre do seu lado e fosse carinhosa com as suas decisões. Talvez você não tenha se preocupado muito em pegar aqueles versos árcades que eu gosto tanto ou até mesmo de me mostrar o quanto você me amava com gestos bem menores do que um anel. Você sabe exatamente o que eu queria de você, e não era nada caro ou impossível de ser feito. Do meu lado, faltou saber como lidar, eu não sabia o que eu falava pra te fazer entender que você estava fazendo as coisas do jeito errado.
Eu achei que fosse ser para sempre, até que Deus levasse um de nós primeiro, de preferência quando já estivéssemos bem velhos. Você sabia que por mim, para isso acontecer, a gente não ia precisar trocar as alianças de dedo. Você sabia demais como fazer as coisas para me deixar feliz. Não sei até que ponto você quis fazer isso. Não queria que você lutasse mais por mim, queria que você tivesse tido a mesma audácia que eu tive de lutar por nós. Talvez mais uma vez o medo tenha te impedido. Mas nunca se esqueça de uma coisa: se temos um sonho, a vida não vai nos dar de graça e nós somos do tamanho dos nossos sonhos. E você tem que correr atrás dos seus, sem medo, só não se esqueça de estabelecer parâmetros e decidir o que é mais importante, pois os sonhos grandes nos tornarão pessoas efetivamente grandes.
Tenho certeza que tudo que aconteceu, no fim, foi o melhor a ser feito. No fundo nós dois sabíamos que as coisas já não se encaixavam tão perfeitamente como no começo. Há muito tempo você tinha deixado de ser aquela pessoa por quem eu me apaixonei. Eu tentei fazer de tudo para ser o melhor para você, mesmo com todas as suas falhas; fiz tudo o que eu podia para que cada encontro nosso te desse forças para encarar seus problemas no trabalho e na faculdade. Cheguei ao ponto de ler livros de auto ajuda para saber o que um homem quer de uma mulher! Nada disso deu certo porque você não teve coragem de entender que crises e problemas todos têm, mas que para vencê-los, precismos ser fortes e encarar de frente.
Ao fim de uma semana, me dei conta que no final da história, na vida real, a musa nunca morre se ela não fica com o poeta. Na verdade a musa sofre um pouco, de vez em quando o coração aperta, mas morrer e desistir, nunca. Nada é pra sempre, nem mesmo a dor. Chega uma hora em que a gente não vai sentir mais nada e enfim cresce com o aprendizado.
Meu instinto feminino me manda dizer que eu espero que você nunca desista de você mesmo.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Se você ama alguem, demontra. Se você ama alguem, faça isso da forma mais intensa que você conseguir. Se você ama alguem, não desista. Se você ama alguém, fique forte.

PS: Deus sempre estará conosco, nunca esqueça
PS2: Tudo tem uma razão, talvez a gente não entenda agora, mas com o tempo vai fazer sentido.
PS3: escolhi esse título porque depois dos 15 as aulas de literatura se tornam a referência mais forte sobre amor.