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domingo, 31 de outubro de 2010

Então eu sentei e esperei.

Você acorda cedo, ainda está escuro e frio. Você liga o carro e ajeita o cabelo; sai da garagem, fecha o portão de casa e respira agoniado. Dirige pela avenida movimenta e aquela barulheira de buzinas sincronizadas já te estressa. A cidade grande irrita.
Você já não aguenta mais sua rotina. Você trabalha o dia inteiro em um escritório mal ventilado com uma roupa de mangas compridas e quando finalmente chega em casa, têm que arrumar uma fórmula mágica para fazer o dinheiro render e escutar mil reclamações. Uma hora você terá que parar.
Você aguenta um monte de coisas sistematicamente todo dia e sempre vai pelos mesmos caminhos. Você não vê outras pessoas e não vá a outros lugares. Sua vida se torna uma panela de pressão em ebulição; aí você tem que parar.

É outro dia monótono e você dirige pela cidade rumo ao trabalho. No meio da avenida, você para e pensa no que se resumiu sua vida e entende que algo está errado. Então você muda o caminho e vai para um lugar de campos verdes e flores vivas. Você senta no chão e não se importa com a hora.
Você reavalia sua vida. É, e você pode chorar. Você pode sim se arrepender porque você pode concertar. Você não pode voltar no tempo mas pode recomeçar a partir dali. Você precisa começar a fazer diferente. O peso que você dá às pessoas a sua volta determinará o tamanho das mudanças. Algumas coisas - e pessoas - precisam ser riscadas da lista.
O tempo não pára. Você precisa trabalhar, mas também precisa tirar umas férias e se esconder desse estresse urbano. Você tem de respirar e encarar os fatos. A espera sempre termina e os fatos - premeditados ou não - chegam e você precisa estar preparado.

Eu aconselho a não desistir. Quando precisar, pare e pense na vida. Pese e determine o valor de coisas e pessoas em sua vida. Reflita. Encontrará soluções. Por mais obscuro que possa parecer nada nunca é definitivo. Nós fazemos a vida, logo, nunca desistir dela.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Thedy Corrêa diria que "eu esperei tanto tempo por respostas e depois de tanto tempo ainda havia mais a esperar".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Futuridade.

Alguns dias atrás precisava entrevistar uma pessoa idosa de minha cidade que tivesse bons relatos sobre sua infância e juventude; para isso não pensei duas vezes, entrevistei o meu avô. Isso é algo que nunca imaginei: contar com as histórias engraçadas de meu avô para algum trabalho da escola.
-Vô, conte-me, qual foi seu aniversário mais inesquecível?
-Ah, teve uma vez que eu ganhei um par de meias, mas o "cara" não sabia que eu não tinha sapato para usá-la! Nós só andávamos descalçoes naquela época e vivíamos com vermes nos pés.
Não aguentei e tive que rir. Apesar de minhas risadas, imagino que naquele dia, esse fato foi mais trágico do que cômico.
Além de seus aniversários, meu avô também falou sobre sua escola, amigas, família, a cidade de São José do Rio Pardo e o Brasil da época.
-Quais foram as principais mudanças ocorridas em nossa cidade?
-O que eu mais vejo de mudanças em São josé são os direitos que os idosos têm hoje. Por exemplo, hoje tem lugar exclusivo para estacionar, fila rápida no banco e nós podemos passar na frente dos mais novos nas filas. Hoje têm muita tecnologia, só que eu não sei usá-la direito, já derrubei dois celulares na água e mal sei ligar um computador. Além disso, a política e o dinheiro estão estabilizados no Brasil. Nossa, a troca do valor do dinheiro foi complicada, nós não sabíamos direito como usar e, até hoje, eu guardo as notas antigas.
Em seguida, ele me levou ao porão de sua casa, onde guarda uma imensa coleção de notas e fotos antigas da cidade. Uma verdadeira relíquia!
Após exatos 90 minutos de boas histórias e risadas, concluí que os idosos são as provas vivas do passado e que os fatos marcantes estudados por nós afetaram diretamente a vida dessas pessoas. A sociedade precisa respeitá-los mais, pois apesar da idade avançada, ainda nos ajudarão muito, porque ouvindo o passado entenderemos melhor o presente.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Ganhei um concurso e passei de fase na 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil com essa redação!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Está ardendo novamente.

Sinto arder novamente a ferida. Ao contrário do que eu imaginava, elas nunca desaparecem por completo, deixando-nos profundas cicatrizes para nos fazer lembrar o tamanho da dor causada. E nem assim aprendemos. Meu peito se contorce dentro de mim e vira do avesso. Eu não conhecia este lado; é novo; é meu. Este lado de cicatrizes me mostra da maneira mais limpa possível os desafios e feridas que tive.
Analiso demais as coisas que fiz ao longo de minha existência - aquelas que eu me lembro, é claro - e o que sou. Minha autocrítica me fez crescer e conquistar tudo que tenho. O apelo sentimental nunca foi meu forte; tenho medo e sou insegura. Meu coração é guardado por setes chaves difíceis de serem abertas e as perdas notáveis só me são clareadas agora.
Minha ferida, uma bola de neve, expulsa sangue para que eu a sinta. Em minha nítida forma humana - orgulhosa - reconheço, humildemente, que a ferida é suportável e tediosa até o dia em que fura a pele e fica aparente. A fratura exposta é tão grande que meu choro nada mais é do que a dor física conjunta a dor da consciência.
É aí que temos que procurar um médico para sanar as dores. Os plantões são escassos e espero quietamente na fila até chegar minha vez. Situações desesperadoras pedem medidas desesperadas. O remédio apenas alivia a dor e coagula o sangue exposto. Mas a ferida permanece lá, sensível ao menor toque.
Plenamente curada sei que talvez nunca esteja. Há dois caminhos difíceis que a cura envolve: a cicatrização seguida de aceitação e esquecimento. Não sou forte o bastante para esquecer minhas dores e o arrepio que sinto ao tocá-las é suficiente para querer entender o motivo de tal ferida. Paro no meio de minha própria explicação. Reavalio, mas a plateia está vazia. Talvez quando eu me reerguer - isso não demorará muito, creio eu - voltarei a ocupar salões inteiros de gente querendo me ouvir.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Meu coração é um músculo involuntário.

domingo, 24 de outubro de 2010

O que é certo me convém.

Estava pensando despreocupadamente em todas as minhas opções de amigos homens. Tenho o maior idiota do mundo. Um esquisito. Um chato. Um que é o certo. E o que me convém. Fico perdida entre eles. Minha mistura de sentimentos - que vai do mais puro amor e carinho à total confusão - mexe com todos os meus sentidos e não me deixa pensar em outra coisa. Eu juro que só quero o que é certo dessa vez.
As pessoas, tecnicamente, nunca podem ser totalmente nossas.
Existe uma "coisa" que têm alto e baixos, incertezas e nos libera endorfina. É, basicamente, o que move a vida. Não podemos brincar de supermercado, onde escolhemos o que queremos, porque não estamos sozinhos neste mundão. Tudo o que faremos trará-nos sempre consequências, invariavelmente.
No silêncio aterrorizante de uma noite sem sono, penso em como eu queria que fosse e como realmente é. Há muitas diferenças e poréns. Eu respiro fundo e tento pensar em soluções para os meus problemas. Eu só consigo chorar. Não sei o porquê das lágrimas. Não há tristeza, só há a tão sentida ausência.
Diferente de uma roupa que se pode apertar, a gente não pode simplesmente dizer que não quer mas e que se cansou. Isso não é humano. Portanto, as escolhas perenes têm que ser certas. Que ironia você querer o que é certo e não poder ter. Me sinto tão obscurecida por uma falsa imagem que criaram de mim que não consigo mais dizer abertamente o que sinto. Não quero mais dizer, na verdade. Quando eu digo que sinto falta dele, o amor real, não estou brincando nem sendo dramática.
Minha face esconde meu coração, o que realmente sou e se passa em mim.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Ufa!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pra não dizer que eu não falei das flores.

Meu coração age por sua conta e risco. Acelera ou diminui quando quer e não há nenhuma forma de controlá-lo - não diretamente. Ele se deixa levar por qualquer coisa e por qualquer pessoa. Não pensa. Não quer saber de mim, só quer continuar com seu tedioso movimento. Enquanto isso, minha garganta dá sinais de cansaço e para. Não tenho mais voz para falar. Meu útero se contorce numa cólica daquelas. Minha alma - já que meu corpo não corresponde - vai tentando continuar focando nas respostas de suas perguntas.
Ainda acreditam nas flores, mas não acreditam em mim. Eu queria compartilhar tantas coisas que sei - sejam elas fúteis ou não. Mas ainda fazem das flores seu mais forte refrão. Engano. Meu blog sempre me escuta e me deixa chorar na frente dele, sem precedentes. Eu não sei se ele acredita nas flores mas me deixa falar com minha voz rouca, e não reclama.
Apesar das proporções exageradas que assumo, o teor sério de meus exageros fica subentendido. É preciso que se tenha olhos fortes e nos devidos lugares para que se possa vê-los. Não é fácil desmembrar as metáforas.
É. Eu não queria dizer isso - não publicamente -, mas toda flor que não é regada regularmente, vai indo que morre e apodrece. As flores são frágeis e requerem cuidados. A vida pode ser bem mais bela que campos floridos ou rosas azuis. A gente estufa o peito de orgulho ao dizer que recebemos rosas vermelhas - porque elas simbolizam paixão. O orgulho sempre encobre uma faceta mais simples e que exige-nos cuidados especiais.
As flores não duram para sempre, mas podem permanecer vivas em nossas lembranças para o resto da vida. Então seu destino final cabe à nós: cuidar ou deixar morrer.

sábado, 16 de outubro de 2010

O que você vai ser quando crescer?

Diálogo 1:
- O que você vai ser quando crescer?
- , vou ser gente grande

Diálogo 2:
- O que você vai ser quando crescer?
- Ah, quando eu crescer eu vejo.

Desde pequenos, somos constantemente questionados sobre nossas escolhas futuras. Com o passar do anos, chega a adolescência trazendo-nos dúvidas quanto a isso. É nessa fase, também, que tomamos as mais importantes escolhas de nossas vidas. Decididos quanto às nossas escolhas ou não, a seriedade de tal exige compromisso e boa orientação para que não aja arrependimento.
Faculdade, primeiro emprego, novas amizades, amor ... A perspectiva de uma vida adulta séria pode até assustar. A independência é muito mais que decidir o que você vai vestir ou comer, nem quanto você têm para comprar; é ter que resolver tudo, coletiva e determinadamente - sem medo - pois egoísmo é prioritariamente coisa de adolescente.
Também não podemos simplesmente ir vivendo e levando a vida, sem nos preocuparmos com o que faremos no futuro; são decisões que exigem muito mais que a inscrição para o vestibular. Depois do ingresso na faculdade e de seu término, termos, por fim, a "caça" ao estágio e ao emprego; portanto, engana-se quem pensa que pararemos de estudar no 3º colégio ou na faculdade. Para uma vida bem sucedida, o estudo tem que ser perene.
Com os meus quase-quinze-anos, tenho em mente o que quero. É difícil explicar o porquê de uma ser humana que é louca por política e é capaz de dar uma "aula" sobre história política e que ainda por cima quer fazer direito e ser promotora também pensa, paralelamente a isso, em criar sua própria marca de esmaltes e quem sabe de roupas também. Quero fazer muito em meu futuro. Escrever livros com as minhas histórias e as fictícias que crio é também mais um sonho que está ganhando proporções reais, podendo assim deixar minha fantasia de ser escritora e realmente -la em prática; eu gosto de interpretar papéis. Espero, veemente, que minhas metas realmente se cumpram e que eu não as mude no meio do caminho. Meu futuro me excita. Espero muito por ele, pois sei que me trará coisas boas e alegrias.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Então escolha de que lado vai jogar / pois ao meu lado está sobrando um lugar / ele é seu / eu sou seu.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Existem guerras que ninguém ganha.

Era tudo tão surreal. Envolta em sentimentos, não via nada a meu redor. E o que dizer, pois, aos que esperam que eu diga alguma coisa? Existem coisas que não são de se falar. Tão arriscado quanto um mergulho em alto mar sem bomba de oxigênio, é aventurar-se. Felizes vós que sois salvo, pois são raros.

Isso me lembra uma história. Eram três, os infelizes. Um triângulo amoroso não declarado, para ser mais exata. Um homem e duas mulheres disputando-o. Na verdade deveriam ter uma meia dúzia disputando-o secretamente, mas elas não contam nessa história. Ele era ainda menino mas maduro para idade, fazia o tipo galanteador e o que mais encantava nele era seu sorriso e sua voz - um semi Deus grego. A primeira mulher era excessivamente baixa e magra, chegava a ser nojenta, desprezava todo mundo e quando queria alguma coisa, gritava. A segunda mulher entrou de penetra nessa história; era leviana, fútil, bonita e de poucos amigos; guardava a paixão ardente consigo e apenas aguardava a oportunidade para atacar.
A primeira mulher teve sua oportunidade, mas negou-a. Os motivos nunca foram totalmente esclarecidos e há quem diga que agora ela se arrepende. Ao contrário da primeira, a outra ainda espera ser reconhecida e ter sua chance. Nosso galã, aparentemente despreocupado com a briguinha não declarada entra as duas, depois de muito perder, agora espera ter um amor de verdade.
Nesse disse-não-disse o menino escolhe outra, uma terceira. De propósito ou não, só se sabe as duas mulheres abaixaram a cabeça e foram procurar por novas aventuras e o saldo dessa briga foi a perda de amizades e corações partidos.

E nós, seremos abençoados pela graça da vitória ou acabaremos tomando o rumo comum? Só nos resta viver para ver o que acontece e fazer de tudo para termos um final feliz.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Com outro alguém do seu lado.

Perdi a conta de quantas vezes planejei essa e aquela cena. No meu teatro, eu e você éramos protagonistas e apesar dos obstáculos tudo daria certo no final - porque é assim que tem que ser. Mas é claro que eu esqueci de combinar essa parte. Vejo minhas promessas, assim denominadas, indo por água à abaixo cada vez com maior frequência, carregando nessa enxurrada coisas que eu quero e que não quero perder.
Eu assisto, quase a beira de um ataque de nervos, à cena do amor que não me pertence. Tento parecer satisfeita e feliz, quando, por dentro, quero matar a meia dúzia que inventou esse romance. Em meu peito se formam lágrimas que misturam tristeza e ódio toda vez que ouço a canção no piano, imaginando que essa seria umas das cenas principais de meu teatro.
Abomino a ideia de passar anos a fio fazendo de conta que vivi todas as histórias que escrevo nesse blog. Me dói pensar que sou substituída por outro alguém qualquer, me dói demais. Nos meus catorze anos, toda vez que me decepciono com alguém vejo como algo sem solução. Que nada, eu sempre confio de novo, eu sempre me apaixono de novo. Burra.
Contrariando aos classistas, meu teatro não se encerará com uma tragédia. Tudo que soa "quente" demais me espanta. Não se ganha nada na base do grito - a não ser que você viva na pré-história. Quando você conhece além da tragédia grega propriamente dita, tende a se notar que andar de braços dados com alguém pode não significar amor - quase sempre, pra mim só há uma única exceção.
Não é a cor da roupa que você veste que vai te dizer quem você é; muito menos o tamanho do salto ou o risco de delineador nos olhos. Também não acrescenta em nada o quão engraçado é ou deixa de ser as tuas piadas. E nem tente me ganhar com seus argumentos políticos, religiosos e musicais. Cada um que fique quieto com o seu, porra. Não é a quantidade de notas azuis no boletim, nem a marca da sua roupa ou quantas vezes tu fostes a Paris esse ano que vai mudar qualquer coisa. Me importo com o caráter - este que tem que ser único e não teatral. Quando a cortina se fecha, nós, atores, devemos colocar de volta nossas roupas habituais e tirar a maquiagem. É exatamente nessa hora que vemos quem é cru.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

10 dicas de Marô Dornellas para se tornar uma pessoa sociável.

1- Dê a louca no msn e depois fique comentando aquilo o resto da vida, rindo.
2- Larga tuas músicas preferidas e vá ouvir a moda da vez.
3- A moda agora é xingar quem segue a moda.
4- Leia um livro. Acredite.
5- Desenterre um parente famoso e finja que recebeu uma herança milionária.
6- Crie um twitter falso, como a Lady Gaga Louca e poste coisas absurdas. Acredite, eles vão te retwittar.
7- Se matricule em um curso de inglês ou finja que sabe alguma coisa.
8- Pinte suas unhas com aqueles esmaltes flúor. Todo mundo vai te notar chegando.
9- Se ninguém te ver chegar, grite. Eles vão olhar.
10- Crie um blog. Mesmo que ninguém leia-o.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Testadas e aprovadas por mim, hahahaha.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vermelho vivo.

Sinto arder. Sinto sangue quente correndo nas veias, tentando lutar contra a dor que domina cada parte do meu corpo. É o torpor da existência, onde a qualquer vacilação volta com força total, tentando dominar-me. É um torpor vindo do mais fundo de meu interior, exigindo muita força de mim e, sobretudo, coragem para não temer. Os sentimentos, abruptos, chocam-se entre si, como se nesse plano não existisse força gravitacional.
A ira me domina muito fácil, obrigando-me a impulsionar um escudo protetor, fino e impenetrável, para que toda minha concentração permaneça estática e ultrapasse toda a dor. Do mais puro amor ao ódio declarado, tento me vencer, pois sou meu maior empecilho. Os obstáculos nos serão contínuos e cada vez maiores.
Um turbilhão de ansiedade e medo se instalou em mim e não quer sair. Nunca gostei de esperar, tanto é que nasci uma semana antes da hora. Meu "eu" subestimado se faz cada fez mais presente, como se eu fosse só uma menina de cabelos amarelos e de piadinhas.
Meu sangue vermelho vivo aflora, sobe à cabeça e me faz perder a pouca razão que tenho. Tento sugar o máximo de oxigênio que consigo em minha respirações lentas. É difícil me acalmar mas é fácil abrir um sorriso e acabar com a queimação interna, assim, pelo menos, liquido de uma vez e posso voltar ao devaneio o mais depressa possível. Até eu me assusto em viver uma bela história apenas na minha cabeça, mas é isso ou a realidade preta e branca.
Há muito mais coisas por traz desse texto. Há muito mais coisas em mim do que eles pensam. Há muitos e muitos sentimentos em mim. As chamas só se acendem às vezes, quando olho nos olhos dele, fingindo que encontrei os mesmos sentimentos ali, mas é fantasia minha. A realidade me dói e faz arder. Há poucos tempos de paz e ele deveriam ser aproveitados por completos. Já vivi uns consideráveis. Aguardo ansiosamente por outros.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
No meu repertório de frases feitas, encontra-se: "há muito mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a filosofia".

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Para o seu governo, o meu estado é independente.

Está chegando a hora de decidirmos o futuro de nosso país, mais uma vez. Vejo a democracia como a forma mais digna de tentar fazer o melhor. A política manifesta muito em meus textos argumentativos e é um de meus assuntos preferidos para discussão. A história política brasileira por si só me instiga. Há nela algum magnetismo, que nem eu entendo direito, que aprisiona toda a minha atenção e curiosidade, elevando, ainda mais, meu já conhecido status de chata, que aos 14 dedica boa parte de seus estudos e discussões a um assunto banalizado pela juventude.
De fatos positivos e negativos, a história me faz buscar linhas intermináveis para tentar imaginar a vida em um regime mais autoritário, que calou a boca de milhões de brasileiros. É inevitável me imaginar na ditadura, visto minha incapacidade de manter minhas opiniões e reclamações para mim mesma.
Ao contrário do que se pensa, a corrupção e o mau governo sempre existiram e não são méritos das atuais administrações. O diferencial é que atualmente qualquer cidadão, maior de 16 anos, independente da raça, sexo, religião, opção sexual, ganho salarial ou instrução, pode e deve votar para eleger seus governantes. Nós brasileiros, possuidores das melhores e mais modernas urnas de votação, infelizmente acabamos por sermos obrigados a assistir uma propaganda eleitoral patética, onde enaltece-se demais suas próprias glórias e inferioriza-se as falhas adversárias.
Meus caros, somos todos humanos. Quem de nós, pelo menos uma vez na vida, já não se arrependeu de ter escolhido o candidato errado? E quem nos garante que o pobre candidato da campanha não vai se tornar o mais (ou a mais) temido ditador ou autor das leis mais absurdas? Na hora de reclamar, lembramos mesmo que fomos nós que os elegemos? É por isso que para poder reclamar e exigir melhorias é que devemos votar conscientes, escolhendo com prudência e não apenas pela cara de bom moço ou boa moça. É fácil prometer rios e fundos, e é justamente na hora de prometer as coisas que o povo mais quer - tais como: aumento do sálario mínimo ou construções e melhorias faraônicas - que nós, POVÃO, não pensamos, e talvez nem eles, de como tais projetos poderão ser executados.
Pensemos melhor antes de eleger alguém. Não é uma brincadeira, é nosso futuro que está em jogo. Por já termos vivido tantas coisas em âmbitos políticos no Brasil é que deveríamos incentivar o voto decente e também o fazer. Espero que os novos eleitos saibam usar honestamente seus poderes para que assim continuemos a progredir.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Seu Fernando Torres costuma dizer que ser político é "a arte da comunicação" e ele tem razão!