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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Eu ainda não consegui a dizer adeus.

Intimada por meus sentimentos intenso, ainda à flor da pele, estou aqui, num misto de tristeza, orgulho e alegria, para fazer mais um texto contando sobre minha passagem pela Câmara Jovem de São José do Rio pardo, legislatura 2009/2010, que se encerrou à poucas horas atrás. Nos meus 14 anos bem vividos, este foi um dos capítulos mais intensos, importantes e especiais de minha vida. Por tudo e por todos que conheci, vos digo que não me arrependo de nada e que sentirei imensa falta de todas as tardes de reuniões e Seções Ordinária, da convivência com os amigos vereadores e da minha saudosa cadeira azul, à direita, no corredor.
É o fim de mais um ciclo onde termino chorando. Choro por pela tristeza em que sinto de não fazer mais parte deste projeto tão abençoado ao mesmo tempo que me sinto extremamente feliz e orgulhosa de ter participado dele. Ainda com alguns projetos e requerimentos por fazer, sinto que cumpri o que prometi no dia 3/07/2009: honrar o cargo que me foi destinado: o de Vereadora Jovem. O cumprimento de tais projetos depende de outros superiores para se tornarem benefícios para população, contudo, fiz o que pude para que fosse cumpridos ou que chegassem perto disso; toda vez que caminho pela Praça da Matriz, estufo o peito e digo que fui uma das responsáveis pela colocação de lixeiras separadas, mesmo que indireta e insignificantemente, ajudei a melhorar minha cidade.
E o que um Jovem Vereador faz? Quase tudo que um Vereador eleito pelo povo - a não ser pelos projetos de lei que não podemos fazer. Fiscaliza o prefeito e os secretários, faz indicações de projetos que podem se tornar benefícios para a população (se a força maior assim quiser), cobra atitudes, entra em contato direto com a população e tenta ao máximo tentar levá-los adiante, cumprimenta instituições, empresas e órgãos públicos pelo desempenho, participa das festas municipais e por aí vai. Sempre haverão pessoas que dirão que isso é trabalho escravo e onde-já-se-viu ficar se fazendo de vereador aos 14, ainda mais de graça, pois saibam vocês, que duvidaram de nós, que estamos nessa por que gostamos e só quem está lá sabe com é de fato, algo inexplicável, inatingível, singular e que, certamente, atigimos nossos objetivos.
Sobre as amizades que fiz ao longo deste ano legislativo, saibam que foi de grande importância para mim. Levarei comigo cada amigo, cada vereador, cada sorriso, cada momento que passamos juntos, ora trabalhando sério, ora fazendo brincadeiras. A "família" que escutei no início de meus trabalhos de vereadora jovem, é sim uma profecia que se cumpre. Aos poucos, com tanta convivência, acabamos nos tornando fortes e unidos, para o que vier. Ah, sentirei tanta falta de vocês! Foi de grande importância para mim cada apoio moral, cada sorriso, cada risada, cada zoeira no plenário. Obrigada por terem confiado e acreditado em mim.
Em hipótese alguma, faria qualquer texto sobre a Câmara Jovem sem mencionar seu Fernando, coodernador, amigo e mestre da Câmara Jovem. Nós sabemos que se não fosse por ele essa Câmara Jovem não sobreviveria muito tempo, nem a Câmara Municipal. É um cara que com seus 70 e tantos anos bem vividos e cheio de história pra contar, faz tudo na Câmara, tudo mesmo, ajudando quem precisar, dando ideias e corrigindo quando preciso. Com ele, aprendi tantas coisas - bem mais que o hino de São José do Rio Pardo. Foi o principal incentivador e, na significação ideal das palavras, um mestre que mostra o caminho certo. Com alguma convivência, nós aprendemos que não devemos chegar atrasados ou faltar sem motivos altamente justificáveis, que devemos questionar e brigar por nossas ideias - sejam sensatas ou revolucionárias. Agora que não estarei mais neste meio, sinto quão privilegiados são estes novos Vereadores que estarão sob sua guarda. E quanto à mudança da lei, sim eu fiquei BRAVINHA seu Fer, porque a Câmara Jovem foi muito importante para mim e assim gostaria que fosse neste ano também, mas tudo bem, afinal outros têm que ter a mesma chance que tive e espero que eles aproveitem tão bem quanto eu. Eu gosto muito do senhor, com seus cabelos brancos com ou sem gel, com roupa solene ou de short havaiano colorido e mostrando a cueca, com ou sem a minha cadeira azul e o meu 'cargo' de Vereadora Jovem. Que Deus te dê vida longa e muita saúde, e que por muitos e muitos anos tome conta da Câmara Jovem. Obrigada por tudo, seu Fer.
Acho que falei demais. A Câmara Jovem não foi só este texto, foi muito mais, muito além do que eu consigo expressar, muito além da capacidade de entendimento de quem não viveu e nunca ouviu falar. Me deixou querendo mais, muito mais -e olha que eu já tive muito. Torço pelo sucesso desses novos vereadores, que saibam fazer bom uso disso. Sentirei saudade - infinita, aliás - mas fico feliz de ter ajudado a contar esta história; vou dizer aos meus filhos e netos quão pivilegiada fui. Daqui para frente, mesmo com o mandato expirado, continuarei lutando por melhorias e boas ações da prefeitura, praticando a cidadania que aprendi.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Milhões de muito obrigada. Milhões de sentirei saudade. Milhões de momentos bons. Milhões de risadas. Milhões de pessoas e lugares inesquecíveis. Vida longa à Câmara Jovem.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Como está o seu romance?

Quero saber de você.

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Pegamos carona em mais um vôo surreal, daqueles que nem mesmo a gente acredita. Não me importa o destino quando se está com alguém que faz o coração pulsar num rítmo acelerado incomum. Me espanta minha capacidade de fazer coisas incomuns e que antes não gostava, por puro preconceito. A gente quebra barreiras e tabus, e só depois se dá conta do que fez - às vezes eu agradeço por não pensar demais em certas coisas.

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Quero saber de seu romance. Não o nosso, mas aquele.

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Pegamos o vôo errado, sem verificar as passagens e a porta de embarque. O erro mais cruel é esse: agir impulsivamente e depois que a névoa cessa, perceber que não era para estar ali. Em todas às vezes que embarquei para grandes aventurar como essa, nunca cheguei ao destino final, sempre fazendo uma escala na metade do caminho e voltando ao ponto incial, em missões falhas. Dessa vez, o vôo está perigoso, enfrentando grandes ocilações.

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No seu outro romance, você sempre sabia o que fazer.

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O melhor é se acalmar, dormir. Uma hora o avião tem que pousar.
Mesmo não sabendo qual será meu novo caminho - ou se retomarei o velho -, te espero do outro lado do portão, para escutar tuas respostas, mesmo se forem silenciosas. Eu quero saber de você. Eu quero que me ajude; que me ensine o seu jeito, enquanto aprende o meu. Que me faça perguntas e que seja proibido. Hesitamos tanto em novos vôos por medo de descobrir que não era bem como pensávamos que seria.

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Avião não decola em aeroporto fechado.

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Como está o meu romance? Bem como o seu, aparentemente estacionado, esperando a tempestade passar para poder decolar.

domingo, 22 de agosto de 2010

Saudosismo dominical no balanço vermelho.

Como você está, depois de tantos anos, meu balanço vermelho querido, agora com as correntes enferrujadas, pequeno e velho? Mesmo no quintal de casa, nunca mais o olhei como deveria, nem tentei resolver meus probelmas imaginando que chegaria do outro lado da cerca com um bom impulso, muito menos tentei voar nesses últimos anos. Com o passar do tempo me esqueci do meu querido balanço, meu companheiro fiel.
Agora me encontro no auge de meus catorze anos, não mais o utlilizo como distração - assim como outras coisas. Meu coração não te pertence mais, tampouco pertence a mim.
Mas eis que nesta tarde de 22 de agosto de 2010, volto ao tão distante balanço vermelho, não sei bem o por quê. Em um ato desesperador, não me importei de não caber direito ou de sujar as mãos com a ferrugem impregnada, só sentei ali e fiquei um tempo, pensando, pensando. Há tanta coisa se passando em minha mente, tantas coisas por resolver... Ah se fosse como em outras épocas, que eu não me importaria em cantar ali aquelas músicas das Chiquititas ou de falar sozinha!
E o que se passar por minha mente? ha-ha. Garotos, malditos garotos. Quando a gente tem uns 8 anos, não pensa em garotos, em esmaltes descascando, em estudar física, que roupa vai usar ou como vai persuadir seus pais. Quando a gente tem 8 anos, não se precoupa em pensar sobre qual impressão causa nas pessoas e tampouco tenta mudar-se para os outros, a gente só quer ficar no balanço, sem precisar sair dali. Quando a gente tem 8 anos, tem precoupações que pessoas de 8 anos tem, tipo convencer a nação que o seu balanço é o melhor do mundo. Aos 14, penso com 14 anos, não querendo competir pelo tamanho ou cor do meu balanço, mas para fazer todo mundo me entender - como se fosse fácil.
Mesmo querendo, é impossível distanciar-se de um passado intenso, marcante. A distância aumenta diariamente, mas ainda posso vê-lo, se quiser. Não preciso de tardes inteiras de auto-análise para ver as diferenças entre o que fui e o que sou agora, mas ainda sim insisto, para relembrar. Minhas memórias intensas me fazem compreender o que vivo no presente. Sempre temos que guardar o melhor de cada fase que passamos. Por isso, insisto em fazer planos e sonhos, sei que a maioria deles não realizarei, mas preciso de um objeto atrás da cerca me incentivando a passá-la, sem medir a dor dos arames em minha pele.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Na vida é sempre importante alçar novos e grandes vôos, sem se importar com a queda.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Que bom que você voltou.


Há algum tempo, esperava por isso. É complicado gostar tanto de alguém e só poder vê-lo uma ou outra vez por ano. Injusto. Não que nos últimos anos a tecnologia não tenha me ajudado e tenha sido ruim nossas aventuras, mas faltava a presença, o físico, o real. É difícil entender o que se passa dentro de mim. Mesmo cercada de pessoas legais e que amo com toda a convicção que faço disso, sempre pensava em como seria se Beatriz estivesse ali - seja nas aulas de ciências, nas festas ou nos momentos de profunda solidão. E agora, depois seis longos anos, eis que ela volta para a pacata e euclidiana São José do Rio Pardo.
Por ironia do destino, separaram a 'eterna turma' e agora é diferente - obviamente - das épocas do Jardim de Infância. Já disse neste blog anteriormente, que as coisas não foram tão bens no fim do 1º semestre de aulas - arrumei briga, de novo. Então, eis que Beatrizinha aparece na classe-polêmica pra tirar de mim o torpor impregnado, pra conversar e rir comigo; para me lembrar de como é que tem que ser.
Deus escreve certo por linhas tortas. Por mais que nesses seis anos eu não tenha entendido o porquê de todo mundo ter seus amigos do lado e eu não, Ele quis que fosse assim, para reafirmar que só damos valor quando perdemos. Fico imensamente feliz de agora poder compartilhar meus planos e sonhos malucos; minhas rimas e metáforas; minhas histórias e aventuras; minhas memórias com as tuas.
Tenho muito a agradecer e pedir que não se mude para longe de mim outra vez. Que seja longa a sua visita, que você não se esqueça da hora do ônibus, não mate nossos professores, não procure coisas indevidas no google, que ponhamos nossos planos infalíveis que tem tudo para dar errado em ação e que não se esqueça de mim. Espero que sejas muito feliz aqui, que tome juízo e continue sendo a minha pequena e amada rockeira.
Te amo muito. Sou bem mais feliz e otimista com você aqui, dona Beatriz.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Eu tenho tanta história pra contar...

PS: desculpe-me a foto feia e velha, mais foi daquele incrível e inacreditável show do NX Zero.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Hipérbole.

A contradição e o exagero sempre estiveram comigo em todos os momentos de minha vida. Também tive que a prender a não usar a significação ideal das palavras, para o bem de minha sanidade mental. A gente tem que ter cuidado com o que fala, pensa e demonstra. Vão te vender sem saber o que há por dentro e vão achar que, com alguns trocados, podem te comprar. Pela menor coisa vão querer te incriminar. A vida é assim, um querendo tomar o lugar do outro.
E o meu lugar, onde está? E o que é meu por direito, cadê? Não sei, acho que perdi. Tanto falei e lutei, que me escapou como água corrente escapa das mãos de alguém. Procuro, procuro e não mais encontro. Já ocuparam a vaga. Me destraí e me dei mal.
Agora persigo outras coisas e outros amores, mais sérios e mais maduros. Há sinais evidentes disso, pelo menos para mim. Apesar de meus esforços, continuo indo embora sozinha de todos os lugares que vou. Há algo, que eu ainda não consigo explicar, me dando forças e sorrindo em pensamento. Não tenho poderes de Renesmee.
Acredito, com todas as minhas forças, no que digo e faço - contrariando, inventando moda, criando polêmica ou seja mais o quê. Se me copiam, é porque gostam do que faço e não são capazes de fazer melhor ou parecido. Nunca desisti de mim e das coisas que quero. Não precisei de ninguém para conquistar nada. Petulância demais, dramatizando tudo, sonhando com a mesma coisa. O segredo não é a figura de linguagem em si, mas sim todos os significados que ela atraí.
Direta ou indiretamente, não consigo não falar de mim.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Tem algo que eu sempre precisei, secretamente eu requisitei.
Algo tão óbvio.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Conectar, Navegar, Transformar PARTE II

A evolução tecnológica do homem

Desde que o homem apareceu na Terra, o mundo não parou de evoluir. Ele sempre teve a necessidade natural de buscar soluções para os problemas, avançar, construir. Nesse sentido, vieram todas as todas descobertas científicas que melhoraram a qualidade de vida e deram ao nosso mundo o novo rumo. A tecnologia evoluiu com o homem, desde as primeiras invenções até as modernidades de informática que conhecemos.
A tecnologia nos permite informação rápida, vinda de qualquer lugar do mundo. permite avanços em áreas como saúde, educação, robótica, transportes, nas máquinas e na imprensa. Reduz custos, facilita e intensifica a comunicação pessoal e institucional. Por meio dela, foi possível que novos tipos de empregos fossem criados, estimulando o estudo sobre o que ainda não conhecemos. Muitas doenças puderam ser curadas e outras estão a caminho da cura. Quanto mais conhecimento, mais desenvolvimento.
As pesquisas levaram ao aumento da produtividade e da qualidade nas indústrias. Novos desfios aparecem a cada dia, com a preservação ambiental, a exploração do petróleo no pré-sal, fontes de energia alternativas e a evolução dos robôs. É possível que conheçamos um mundo que vai além dos livros e enciclopédias; buscando sempre novas descobertas.
O homem tem respondido positivamente aos avanços de seu tempo. Ainda que esse progresso se apresente de maneira desigual em nossa sociedade, é possível sonhar com novos tempos, onde a tecnologia quebre as barreiras sociais e culturais e chegue a todos de maneira igual.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
E foi com esse texto que pude realizar um sonho: conhecer a EPTV, no dia 3/08/2010. Fica registrado nesse blog, meus sinceros agradecimento à todo o pessoal de São Carlos que nos recebeu tão bem, especialmente ao Juliano Matos e a Kelly Godoy, que pararam o que estavam fazendo para nos atender, desculpa atrapalhar qualquer coisa, mas foi tão especial para mim! Um dos melhores dias da minha vida até aqui, certamente. Vou contar para os netos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Conto de uma sexta-feira 13.

Estava lá eu, no fim de uma avenida que logo adiante se dividia em duas, direita e esquerda. Eu nunca tinha passado por ali e elestava entrando em desespero. Estava sozinha e era noite de sexta-feira 13. Não que alguma vez eu tenha acreditado nessas supertições, é só mais um dia, nada demais. Precisava de ajuda, não tinha ninguém; o celular mal servia para iluminar os caminhos. Sentei no meio-fio, esperando um Espírito Santo salvador.
Não sei por quanto tempo fiquei lá, matutando, queimando miolos e não achando solução. Até que aparece alguém: um homem, o rosto manchado de sangue, trajando trapos de cor escuras, descalço. Me olhou, a expressão à princípo incrédula, afinal, o que uma garota estava fazendo no meio da estrada em uma madrugada fria?
- O que faz aqui, minha jovem ?
- Estou pensando em qual caminho tomar, me perdi e quero voltar para casa. O senhor sabe para onde essas estradas vão?
- Sei e posso ajudá-la, se quiser.
- É claro que eu quero, estou agoniada de ficar aqui.
E fomos pelo caminho da esquerda; o homem me pareceu realmente saber para onde estava indo, só estranhei ele não ter perguntado onde eu morava, eu não o conhecia, mas parecia que ele sim. Durante o caminho escuro ele me interrogava, sobre tudo. Gentil da parte dele; eu estava com medo, mas tentava à todo custo disfarçar.
Seguíamos por uma estreita estrada de terra, que levava à algum lugar - algum atalho, eu pensava. O caminho levou-nos à uma mansão escura, abandonada e empoeirada. Eu não queria entrar mas ele meio que me fazia caminhar ao seu lado, eu não conseguia seguir por outro caminho.
- Bom, Marô, já está muito tarde e não deveríamos andar sozinhos por essas estradas à essa hora. Vamos ficar aqui, dormir e amanhã seguiremos viagem.
- Eu não vou entrar aí, eu quero a minha casa! Esse lugar no mínimo é mal assombrado. Vamos, vamos, acho que logo chegaremos lá...
- Você não acha nada. Entre e não discuta, confie em mim.
Hesitei um minuto, mas entrei. Era escura, sinuosa, empoeirada, sombria. Não havia energia, apenas alguns castiçais apagados para os quais só haviam as velas sem fósforo. Meu "amigo" entrou logo após, fechou a porta, tirou um isqueiro do bolso e acendeu algumas velas.
- Porque você me trouxe até aqui? Álias, você me conhece? Como você sabe o meu nome? Porque trouxe isqueiro e comida?
- É melhor você ver com os seus próprios olhos...
Lentamente, ele despiu a máscara, mostrando-me um rosto perfeito que há muito cconhecia e admirava. Por baixo dos trapos que usava, mostrou-me uma elegante roupa de baile. Me deu uma rosa e riu. Me pegou nos seus braços e no instante seguinte uma música começou a tocar e dançamos... espera, eu conheço essa música! E é simplismente a música mais bonita do universo, a minha música preferida *-*. Ele cantava junto, com sua voz de anjo.
- Sabe, Maria Olívia, você é mesmo uma idiota. Não negue que achou que eu seria mais um aproveitador de meninas inocentes e eu também sei, há muito, que você é completamente apaixonada por mim, mas incapaz de admitir. Você é uma boba mesmo, acreiditou que eu não gostava de você. Você entendeu tudo errado então tive que apelar. Olha só, a gente preciso vir parar para entendermos que pertencemos um ao outro. - e me mostrou mais uma vez seu sorriso perfeito.
Bom, depois disso acho que não preciso mais contar nada...

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Como disse @estebantavares: a única pessoa que sempre volta é o Jason.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

... ou não.

Talvez não caiba a mim encontrar o paradeiro do romance perdido. É que ele não me escapou pelos dedos desatentos, não está ao relento entre o meio-fio e os carros, não se esvaiu junto às memórias de uma madrugada ébria. Me corrói as entranhas cogitar a hipótese de que talvez jamais tenha, de fato, existido aquilo que tenho procurado. Me perfura os pulmões a constatação daquelas coisas que, mesmo quando assumidamente prováveis e esperadas, eu – ingenuamente – negava até o fim que pudessem acontecer:

As piores verdades são aquelas que parecem mentira.

Mas então o que é a verdade, se não tudo aquilo em que acreditamos com todas as nossas forças, até o fatídico momento em que não cremos mais? As verdades mudam, e as tuas o fazem numa velocidade que acredito que ninguém seja capaz de acompanhar. Justamente, por medo disso, tratei de despir meus sentimentos de poesia. No entanto, as nossas situações, mesmo nuas de significado, mesmo ceticamente analisadas com a frieza de um cirurgião, teimavam em rabiscar sorrisos na minha cara. Sorrisos que não saíam em água corrente. Mesmo assim, tenho vivido ao pé da letra o ‘dia-após-o-outro’, jamais adornando os dias com os meus costumeiros exageros que conheço bem. É difícil manter os pés no chão enquanto a mente voa.

Talvez o que me compete seja justamente diagnosticar a completa inexistência do romance, ou constatar que trata-se de um bobo conceito hipotético. Uma ideia que nos inspira, que nos motiva, que nos estufa o peito através de um brusco sopro do mais puro nada. Uma isca que nós, mesmo após fisgados sucessivas vezes, seguimos mordendo, constantemente e com convicção. E eu mordi mil vezes e vou morder outras duas mil, justamente por acreditar na ínfima chance de – somente por uma vez – aquilo tudo não ser uma mentira.

As piores mentiras são aquelas que parecem verdade.

Texto de autoria de Lucas Silveira da banda Fresno, publicado em seu blog O Romance está em apuros, ótimo texto, como sempre. Lucas além de excelente músico e compositor, tem um talento único para a escrita, parabéns! Te admiro cada vez mais.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quem não sabe contar histórias acaba contando a própria história.

Eu não sei de histórias bonitas para contar, além daquela em que me imagino toda noite. Da onde me vem inspiração? Do subconsciente, me chamando toda hora. É tudo imaginário, é tudo real. Me perco em pensamentos, daí dá no que dá. A gente não precisa saber para sentir. Existe algo bem forte acontecendo dentro de mim, que ninguém vê ou sente, além de mim. Coisa da minha cabeça, de novo.
É isso que acontece quando gente acredita demais no coração: se dá mal. Tem coisas que não são feitas para nós, que não é para ser e ponto, não adianta discutir. Mas a gente vai lá e discute, só pra ver o que ganha e não percebe que só tem mais a perder. O coração não entende a razão. Sou tão racional que me assusto.
Talvez eu também tenha a síndrome da atenção flutuante, que escuta e vê o que lhe interessa. Uma coisa bem mesquinha, diga-se de passagem. Existem coisas tão legais de se devanear tipo a roupa, a maquiagem e o sapato que vou usar no sábado nos 15 da Ana, mas eu insisto em só pensar em garotos, amor e política. É claro que me leva à alguma coisa que eu preferia não ter ficado pensando. Olha só, eu sempre vou embora só.
Existem coisas tão ridículas acontecendo que eu acabo cantando Smile não por querer, mas por petulância. Tantas coisas mudando, sentimentos, pessoas, lugares e eu aqui vendo a vida passar. Faço parte do mundo mudando, não vejo saída, apenas mais confusão na minha história. Pego um início e um final, tentando me encontrar no meio, não é tarefa fácil. Sempre me falta alguma coisa. Sempre me falta alguém. Cansei de ir embora só. Não cansei de mim, nem do amor. Só estou tentando entender e contar, para ver se penso com mais coerência; tentando enganar, tentando viver o sonhos das noites de insônia. Tentando nos achar. Nenhuma história sobrevive muito tempo sem personagens principais.
Ah, eu queria coisas tão pequenas...

Gente, super recomendo o blog do meu amigo Guilherme Pagan, que escreve muito bem, numa linguagem perfeita e fácil, sigam-o. http://guipagan.wordpress.com/

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O papel da imprensa.

"A imprensa e a mídia são conhecidas como o "quarto poder" porque têm um papel importante no mundo democrático. A liberdade de pensamento, de opinião, de expressão e de imprensa é fundamental. Não é à toa que esta liberdade é a primeira vítima dos regimes totalitários de qualquer tendência.", foi o que disse Luiz Moura em seu blog.
O mundo moderno vive em torno da informação. Os maiores e mais importantes meios de comunicação de nossos tempos modernos são Internet e televisão. Para ter a notícia, foi preciso que alguém fosse lá, registrasse e editasse para ser exibido. A imprensa é responsável por informar, denunciar e entreter.
Muito temos a agradecer á imprensa. Imaginem o quanto não saberíamos se ela não existisse. Em ano eleitoral, onde será eleito um novo presidente para a república, é fundamental que tenhamos o máximo de informações possíveis sobre os candidatos, o que pretendem fazer e o passado deles. A imprensa é a ponte de ligação entre candidato e eleitor.
Uma verdade é que a imprensa divulga aquilo que quer e o que lhe convém. Nós expectadores não temos a obrigação de aceitar, por isso é importante ler outros jornais, revistas, sites, autores, livros.
A imprensa no Brasil é livre, assim como: liberdade de opinião, pensamento, voto e culto religioso. A questão é saber resolver a equação: informação + diversão - sensacionalismo - corrupção - mortes + cultura = população satisfeita.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Se o Brasil não fosse uma democracia, eu estaria perdida; no mínimo já teria sido presa ou exilada.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Como vejo o mundo.

Minha condição humana me fascina. Conheço o limite de minha existência e ignoro por que estou nesta terra, mas às vezes o presinto. Pela experiência cotidiana, concreta e intuitiva, eu me descubro vivo para alguns homens, porque o sorriso e a felicidade deles me condicionaram inteiramente, mas ainda para outro que, por acaso, descobri terem emoções, semelhantes às minhas.
E cada dia, milhares de vezes, sinto minha vida - corpo e alma - integralmente tributária do trabalho dos vivos e dos mortos. Gostaria de dar tanto quanto recebo e não paro de receber. Mas depois experimento o sentimento satisfeito de minha solidão e quase demostro má consciência ao exigir ainda alguma coisa de outrem. Vejo os homens se diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as justifica a não ser pela violência. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e natural, de corpo e de espírito.
Recuso-me a crer na liberdade e neste conceito filosófico. Eu não sou livre, e sim às vezes constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções íntimas. Ainda jovem, fiquei impressionada pela máxima de Schopenhauer: "O homeme pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer"; e hoje, diante do espetáculo aterrador das injustiças humanas, esta moral me tranquiliza e me educa. Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade. (...)
Tenho forte amor pela justiça, pelo compromisso social. Mas com muita dificuldade me integro com os homens e em suas comunidades. Não lhes sinto a falta porque sou profundamente um solitário. Sinto-me realmente ligado ao Estado, á pátria, a meus amigos, a minha família no sentido completo do termo. Mas meu coração experimenta, diante desses laços, curioso sentimento de estranheza, de afatamento e a idade vem acentuando ainda mais essa distância. Conheço com lucidez e sem prevenção as fronteiras da comunicação e da harmonia entre mim e os outros homens. Com isso perdi algo da ingenuidade ou da inocência, mas ganhei minha independência. Já não mais firmo uma opinião, um hábito ou um julgamento sobre outra pessoa. Testei o homem. É inconsistente.
A virtude republicana corresponde a meu ideal político. Cada vida encarna a dignidade da pessoa humana, e nenhum destino poderá justificar uma exaltação qualquer de quem quer que seja. (...)
Fazer, criar, inventar exigem uma unidade de concepção, de direção e de responsabilidade. Reconheço esta evidência. Os cidadãos executantes, porém, não deverão nunca ser obrigados e poderão escolher sempre seu chefe.
A pior das instituições gregárias se intitula exército. Eu o odeio. Se um homem puder sentir qualquer prazer em desfilar aos sons de música, eu desprezo este homem... Não merece um cérebro humano, já que a medula espinhal o satisfaz. Deveríamos fazer desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização. Detesto com todas as forças o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo débil. A guerra é a coisa mais desprezível que existe. Preferiria deixar-me assassinar a participar desta ignomínia.
No entanto, creio profundamente na humanidade. Sei que este câncer de há muito deveria ter sido extirpado. Mas o bom senso dos homens é sistematicamente corrompido. E os culpados são: escola, imprensa, mundo dos negócios, mundo político.
O mistério da vida me causa a mais forte emoção. É o sentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e a ciência. Se alguém não conhece esta sensação ou não pode mais experimentar espanto ou surpresa, já é um morto-vivo e seus olhos se cegaram. (...)
Não me canso de contemplar o mistério da eternidade da vida. Tenho uma intuição da extraordiária costrução do ser. Mesmo que o esforço para compreendê-lo fique sempre desproporcionado, vejo a razão se manifestar na vida.
Qual o sentido da vida?
Tem um sentido a minha vida? A vida de um homem tem sentido? Posso responder a tais perguntar se tenho espírito religioso. Mas, "fazer tais perguntar tem sentido?" Respondo: "Aquele que considera sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver."
Albert Einstein

Sem mais.

domingo, 1 de agosto de 2010

O começo do fim.

Uma certeza: eu não sei como será a minha vida escolar ano que vem. Nem pra onde vou nem com quem. Medo ? Um pouco. Nessas férias, até fiz algumas coisas interessantes, porém, não fiz tudo que queria e tinha prometido fazer, por falta de tempo, talvez. Decidi o que sinto - ou pelo menos cheguei perto disso (porque eu não sabia). Planejei toda a revanche e estou aguardando a hora exata de pô-la em prática. A mil com a festa, cheia de planos e esperando, esperando, esperando... Quer saber? Esperar me 'dá nos nervos'. rs
Não estudo na melhor escola, não estou na classe dos sonhos, a minha classe não é melhor, não tenho os melhores colegas nem os melhores professores e nem os 'melhores momentos de minha vida adolescente'. Reclamar pra quê, se me cansei de esperar?
Chegarei amanhã de cabeça erguida, tentando me esquecer das feridas do fim do primeiro semestre, transparencendo calma, confiança e segurança. Cheguei à conclusão que é melhor assim: encarar o que foi destinado a mim, cumprir a missão. Chego com a certeza que falta pouco para acabar mais um ciclo de minha vida, chamado E.E. "João Gabriel Ribeiro". Tenho certeza que, nunca me esquecerei deste ano, da minha turma nova, dos amigos tão legais que conheci melhor, das coisas que Deus me mostrou só no final do caminho - e eu me sinto feliz por só ter mostrado agora. Às vezes a vida nos prega uma peça para que possamos enxergar as coisas que estavam à um palmo de nosso nariz e não conseguíamos ou não queríamos ver. Nem tudo e nem todo mundo é como eu sempre achei que fosse. Enxergo melhor, com os mesmos olhos.
Meu conselho pra quem quer enfrentar essa loucura e sair salvo é: respire fundo, levante sua cabeça, se mostre destemido e encare, vá em frente. Pensar em coisas boas também ajuda. É ruim? Aham. Mas não precisa piorar as coisas, oras. Escola é um lugar para aprender a viver. Não sejamos nós tão hipócritas a ponto de achar que não há mais nada para aprender. Sempre haverá.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
O lance é: "tomar cuidado pra que os desequilibrados não abalem a minha fé e enfrentar com otimismo essa loucura" (Charlie Brown Jr).

As histórias de Julho: O conto do telefone salvador, Conto da gladiadora romana com seu exército vestindo vermelho e usando armas de bronze numa batalha épica no Coliseu em Roma. e Relato de uma mulher de bom coração.