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domingo, 22 de agosto de 2010

Saudosismo dominical no balanço vermelho.

Como você está, depois de tantos anos, meu balanço vermelho querido, agora com as correntes enferrujadas, pequeno e velho? Mesmo no quintal de casa, nunca mais o olhei como deveria, nem tentei resolver meus probelmas imaginando que chegaria do outro lado da cerca com um bom impulso, muito menos tentei voar nesses últimos anos. Com o passar do tempo me esqueci do meu querido balanço, meu companheiro fiel.
Agora me encontro no auge de meus catorze anos, não mais o utlilizo como distração - assim como outras coisas. Meu coração não te pertence mais, tampouco pertence a mim.
Mas eis que nesta tarde de 22 de agosto de 2010, volto ao tão distante balanço vermelho, não sei bem o por quê. Em um ato desesperador, não me importei de não caber direito ou de sujar as mãos com a ferrugem impregnada, só sentei ali e fiquei um tempo, pensando, pensando. Há tanta coisa se passando em minha mente, tantas coisas por resolver... Ah se fosse como em outras épocas, que eu não me importaria em cantar ali aquelas músicas das Chiquititas ou de falar sozinha!
E o que se passar por minha mente? ha-ha. Garotos, malditos garotos. Quando a gente tem uns 8 anos, não pensa em garotos, em esmaltes descascando, em estudar física, que roupa vai usar ou como vai persuadir seus pais. Quando a gente tem 8 anos, não se precoupa em pensar sobre qual impressão causa nas pessoas e tampouco tenta mudar-se para os outros, a gente só quer ficar no balanço, sem precisar sair dali. Quando a gente tem 8 anos, tem precoupações que pessoas de 8 anos tem, tipo convencer a nação que o seu balanço é o melhor do mundo. Aos 14, penso com 14 anos, não querendo competir pelo tamanho ou cor do meu balanço, mas para fazer todo mundo me entender - como se fosse fácil.
Mesmo querendo, é impossível distanciar-se de um passado intenso, marcante. A distância aumenta diariamente, mas ainda posso vê-lo, se quiser. Não preciso de tardes inteiras de auto-análise para ver as diferenças entre o que fui e o que sou agora, mas ainda sim insisto, para relembrar. Minhas memórias intensas me fazem compreender o que vivo no presente. Sempre temos que guardar o melhor de cada fase que passamos. Por isso, insisto em fazer planos e sonhos, sei que a maioria deles não realizarei, mas preciso de um objeto atrás da cerca me incentivando a passá-la, sem medir a dor dos arames em minha pele.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Na vida é sempre importante alçar novos e grandes vôos, sem se importar com a queda.

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