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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Conto de uma sexta-feira 13.

Estava lá eu, no fim de uma avenida que logo adiante se dividia em duas, direita e esquerda. Eu nunca tinha passado por ali e elestava entrando em desespero. Estava sozinha e era noite de sexta-feira 13. Não que alguma vez eu tenha acreditado nessas supertições, é só mais um dia, nada demais. Precisava de ajuda, não tinha ninguém; o celular mal servia para iluminar os caminhos. Sentei no meio-fio, esperando um Espírito Santo salvador.
Não sei por quanto tempo fiquei lá, matutando, queimando miolos e não achando solução. Até que aparece alguém: um homem, o rosto manchado de sangue, trajando trapos de cor escuras, descalço. Me olhou, a expressão à princípo incrédula, afinal, o que uma garota estava fazendo no meio da estrada em uma madrugada fria?
- O que faz aqui, minha jovem ?
- Estou pensando em qual caminho tomar, me perdi e quero voltar para casa. O senhor sabe para onde essas estradas vão?
- Sei e posso ajudá-la, se quiser.
- É claro que eu quero, estou agoniada de ficar aqui.
E fomos pelo caminho da esquerda; o homem me pareceu realmente saber para onde estava indo, só estranhei ele não ter perguntado onde eu morava, eu não o conhecia, mas parecia que ele sim. Durante o caminho escuro ele me interrogava, sobre tudo. Gentil da parte dele; eu estava com medo, mas tentava à todo custo disfarçar.
Seguíamos por uma estreita estrada de terra, que levava à algum lugar - algum atalho, eu pensava. O caminho levou-nos à uma mansão escura, abandonada e empoeirada. Eu não queria entrar mas ele meio que me fazia caminhar ao seu lado, eu não conseguia seguir por outro caminho.
- Bom, Marô, já está muito tarde e não deveríamos andar sozinhos por essas estradas à essa hora. Vamos ficar aqui, dormir e amanhã seguiremos viagem.
- Eu não vou entrar aí, eu quero a minha casa! Esse lugar no mínimo é mal assombrado. Vamos, vamos, acho que logo chegaremos lá...
- Você não acha nada. Entre e não discuta, confie em mim.
Hesitei um minuto, mas entrei. Era escura, sinuosa, empoeirada, sombria. Não havia energia, apenas alguns castiçais apagados para os quais só haviam as velas sem fósforo. Meu "amigo" entrou logo após, fechou a porta, tirou um isqueiro do bolso e acendeu algumas velas.
- Porque você me trouxe até aqui? Álias, você me conhece? Como você sabe o meu nome? Porque trouxe isqueiro e comida?
- É melhor você ver com os seus próprios olhos...
Lentamente, ele despiu a máscara, mostrando-me um rosto perfeito que há muito cconhecia e admirava. Por baixo dos trapos que usava, mostrou-me uma elegante roupa de baile. Me deu uma rosa e riu. Me pegou nos seus braços e no instante seguinte uma música começou a tocar e dançamos... espera, eu conheço essa música! E é simplismente a música mais bonita do universo, a minha música preferida *-*. Ele cantava junto, com sua voz de anjo.
- Sabe, Maria Olívia, você é mesmo uma idiota. Não negue que achou que eu seria mais um aproveitador de meninas inocentes e eu também sei, há muito, que você é completamente apaixonada por mim, mas incapaz de admitir. Você é uma boba mesmo, acreiditou que eu não gostava de você. Você entendeu tudo errado então tive que apelar. Olha só, a gente preciso vir parar para entendermos que pertencemos um ao outro. - e me mostrou mais uma vez seu sorriso perfeito.
Bom, depois disso acho que não preciso mais contar nada...

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Como disse @estebantavares: a única pessoa que sempre volta é o Jason.

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