BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

7ª série do inferno.

Para mim, mais um ano letivo acabou. A 7ª série já pode ser considerada passado. Foi um ano silencioso, quieto, que EU aprendi a ser diferente.
Foi um ano letivo que posso dizer com toda a certeza do mundo que tive muitas dúvidas sobre algumas amizades, que já não são mais as mesmas. Que me deixaram de lado tantas vezes e outras, por própria decisão fiquei de fora. Sabe, fui a nerd no meio dos bagunceiros. A que não ri de quase nada. Também, eita falta de criativade, piadazinhas sem-graças que só salvam as do Luciano (prof de geografia).
Uma nerd esquisita. E quiete. E chata. E desanimada. E mau-humorada. E sem sal nem acúçar. E gorda. E 0 à esquerda. Mas eu sou tudo isso mesmo e só tive confirmações.
Nenhum fato em especial merece destaque. sei que vão discordar de mim e até, talvez, quer me crucificar, mas na minha visão de mundo, foi uma ano letivo tedioso, extremamente chato e falso.
Lição: não diga tantos "eu te amo". Eu me arrependi muito de ter os dito. Há pessoas que não os merecem.
Se as aulas por si só já foram uma palaçada onde muito professores fingiam que ensinavam, os colegas então, mais ainda.

Desculpe, mas é o que EU penso.

Textos preferidos do mês de Novembro: a morte , de repente e já deu um abraço hoje?

domingo, 29 de novembro de 2009

Já deu um abraço hoje?

Sabe, quando você está numa pior e vem alguém e te dá aquele abraço? Já recebeu um assim? Bom, então você sabe do que estou falando. Ele tem a capacidade de curar. De confortar. Sinônimo maior de amor, companheirismo e amizade.
Aquele dos apaixonados. Aquele dos amigos. Aqueles dos pais. Dos irmãos. De quem você nem conhece direito.
Alivia qualquer tensão. Te deixa de bom humor. Cura qualquer doença. Reconcilia qualquer briga. Às vezes a gente ri e outras chora.
Não importa se é rico ou pobre. Se está doente ou não. Se está chorando ou rindo. Quando eu ganho um, sem pedir ou implorando, me sinto a pessoa mais amada do mundo, num segundo em que o tempo para, que não importa os problemas que você tenha eles, por aqueles incríveis 2 segundo, desaparecem.
Mas e você, não fique aí parado esperando as coisas acontecerem ao seu redor. Não espere alguém vir te pedir um abraço beeeem apertado. Quando ver alguém precisando de um vai lá, se arrisque um pouquinho. Eu tenho certeza, qualquer mau-humorado se renderia à um bom abraço.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Máquina de escrever.

27 de novembro de 2009. Exatamente há um ano eu escreve meu primeiro texto (bem sem no~ção) neste blog e consequentemente, o dia em que eu criei este blog.
Escrevi muita besteira, texto bem "sem-noção", narrações, poesias, opiniões, diários, desabafos e críticas. Qunado eu abro esta página para escrever- ou digitar, no caso - um texto, na maioria das vezes, sem a menor idéia do que escrever. os textos acabam saindo por impulso, conforme o sentimento do momento.
Sei, perfeitamente, que estenão é um blog de sucesso. Não me importo que leiam ou não, para falar a verdade. Não me importo se achma que eu escrevo bem ou se uso corretamente a gramática - essa é uma página pública da Internet. Não me interessa se acham cafona, melancólico, feio.
Há um ano estou nesta luta e tão pouco pretendo desistir. Sei é que gosto muito disso´e é justamente por gostar e ser uma fanática pela leitura e pela escrita que eu não excluo tudo. Aqui eu tenho a chance de escrever o que eu penso, sem ter que ser fiel à um tema sugerido pelo professor, que na maioria das vezes é totalmente desinterressante - só os que eu mais gosto eu escrevo aqui.
Este blog já mudou de nome e de plano de fundo inúmeras vezes. mas eu estou aqui. Há um ano. E, espero, por muitos continuar aqui. Aos trancos e barrancos, texto ruim ou bom, essa máquina de escrever é um vício inabalábel.

E viva o blog!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Tempo


O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.
Lua Nova - Stephenie Meyer.

Meu pai: Não sei porque você quer tanto falar de tempo, tempo. O tempo passa. Você é um ótimo exemplo disso, Maria Olívia, você já tem 14 anos e parece que foi ontem mesmo que nasceu.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
O tempo acaba por ser demasiado lento para quem se dá ao trabalho de esperar.
Demasiadamente rápido para quem insiste. Excessivamente longo para quem sofre.
Curto para quem aproveita. Mas para quem ousa amar, o tempo não existe!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

14.

Pois bem, hoje, 25 de Novembro de 2009, eu, Maria Olívia Capitelli Dornellas, completo 14 anos e 9 meses de vida. É, como diria a Miih, hoje é meu dia, meu dia tão feliz.
Mas eu continuo a mesma nerdezinha quieta. Sem nenhum fio de cabelo branco aparente e só mais umas espinhas adicionais que eu ganhei de presente.
Posso dizer que eu continuo a mesma pessoa chata, de personalidade forte, irritada com tudo, 'brabinha' - como diria meu pai. Vereadora Jovem com muito orgulho. Que continua adorando um abraço forte (Maiara!*-*). Que vai continuar com as suas teorias loucas quer você goste eu não. Que está em crise - e que não quer se libertar da crise. E com todos os MEUS adjetivos ruins e bons.
Cada um é cada um, cada qual com seu próprio jeito. E se tem uma coisa que - continua - me irritando é que tentem se parecer comigo a todo custo. Isso com o tempo cansa.
Mas eu estou começando a ser diferente. Sabe, dei valor para certas pessoas e coisas a vida toda, mas agora 'desapeguei'. Assim não sofrerei. Só Deus sabe o que eu passo.
Agradeço, quantas vezes for preciso, à aquelas pessoas que me ajudaram a realizar os meus sonhos e por quem mesmo distante fez com que eu não me sentisse sozinha(Bia *-*). E especialmente à quem me disse palavras de alegria, esperança e conforto e o tão valorizado voto de confiança, que fizeram meus olhos se encherem de lágrimas boas de chorar

Não quero nenhum presente, nenhum falso cumprimento. Eu só queria um abraço forte, que por alguns segundos pudesse me confortar e me dar a certeza de que alguém neste mundo gosta de mim, quer o meu bem. E nestes segundos esqueci-me completamente que a palavra solidão existe. E eu ganhei este presente de quem menos esperava. De quem nem me conhece direito. De quem me respeita e não me deixa ficar quieta no meu canto com a cara emburrada.
Obrigada.

PS: 14 é quase 15. Dentro de mim tenho a certeza que é bom completar mais um ano de vida. E mais um ano vivido significa mais aprendizado - e como. Mas faço questão de não deixar esta certeza transparecer no meu rosto.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Felicidade.

Passei a acreditar que a felicidade mora na inexistente fração de tempo em que o passado toca o futuro. Se o passado é distração e o futuro, preocupação, sobra para nós, perseguidores da felicidade, a inexistente ilusão do presente, em que tu és o que tu fazes, e nada nem ninguém mais importa. Isso é felicidade. Agora te concentra e tenta materializar um momento que não acontece jamais. Sorria, pois já é quase dia e tu tens que acordar cedo.


Amanhã estarei mais velha, completarei 14 anos e 9 meses de vida.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

De repente.

De repente, você vê que aprendeu várias coisas. Mas não foi de repente, foi aos poucos. "De repente" não quer dizer que você aprendeu rápido. Quer dizer que você não percebe que está aprendendo, até que aprende. Você olha pra suas fotos antigas e não consegue se enxergar. Você lembra de frases ditas e atitudes tomadas e as trata como se fossem de um outro alguém. Você aprende que não há amor que não acabe, doença que não se cure, não há estrada sem fim. O caminho, sim, é sem fim. Basta torcer para estar percorrendo o caminho certo. Basta perceber que o seu caminho é errado e esperar pelo próximo retorno. É uma estrada de duas mãos.
De repente, você se sente cansado de tanto aprender quando, na verdade, você está é cansado de estar rodeando de gente que não aprendeu porra nenhuma. Não te preocupa. Todos aprendem, cada um a seu tempo. O problema é que alguns demoram tanto que acabam morrendo antes da primeira aula.
Talvez você tenha aprendido mais que eu, ou até menos, ou então aprendido coisas diferentes, ou matado todas as tuas aulas mais importantes. Não sei mesmo, mas minha única certeza é que eu não concordo com uma vírgula do que você diz.

Aniversariarei na quarta, 25/11.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Consciência.

20 de Novembro é mais do que um dia foi a morte de Zumbi. Lembra a luta histórica dos negros pela liberdade. Mesmo depois de tantos anos, o preconceito ainda é grande. Entre 10 brancos, 1 é negro.
Ainda se ouve muito dizer que em uma festa, se a maioria for branca diz-se que a festa vai ser boa, no popular "chique", se a maioria for negra diz-se que a festa vai acabar na delegacia.
O racismo está em um simples olhar torto, que não precisa de qualquer palavra para ser compreendido. Aquele olhar de desaprovação, que 'mata' qualquer um.
Na teoria somos todos iguais, perante à lei. Ou deveríamos ser. Na prática, onde fica a igualdade, a fraternidade e liberdade? Ou já se modernizou tanto a ponto de os valores da Revolução Francesa terem se perdido?
A política de cotas pode ficar subentendida como se o negro não tivesse a capacidade de passar no vestibular/concurso. Porém, enquanto ela existir pelo menos 1 negro entre 10 ou 100 teremos e este terá a oportunidade de ser bem sucedidos, mas não pelo fato de ter sido cotista, mas por terem merecido uma chance de provar o valor que têm.
O negro tem direito de expressar sua opinião.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:

Cumprimento mais uma vez o vereador Tobias, que trouxe uma mulher (a qual não me recordo o nome) para palestrar sobre o assunto (e falou muito bem!) e por instituir a "Semana Rio-Pardense da Consiênia Negra"

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Querido símbolo da terra


19 de novembro - dia da Bandeira.
Dia em que a Câmara Jovem realizou a última seção ordinária do ano. Cantando hino com lágrimas nos olho, mas com senseção indiscritível de honra e felicidade, pela missão cumprida até agora. Em outra ocasião divulgo um discurso final de ano.
Hoje o assunto é a bandeira. Ela é bonita - na minha sincera e humilde visão de beleza. Bandeira inconfundível: o retângulo verde, o losango amarelo e o cículo azul, com as vinte e sete estrelas e a faixa branca, escrito ordem e progresso, os "princípios" da nação brasileira.
A inscrição "Ordem e Progresso", sempre em verde, é o lema político do Positivismo, forma abreviada do lema de autoria do positivista francês Auguste Comte: O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim. Seu sentido é a realização dos ideais republicanos: a busca de condições sociais básicas (respeito aos seres humanos, salários dignos etc.) e o melhoramento do país (em termos materiais, intelectuais e, principalmente, morais). (Wikipédia)
Acompanhou a nossa história, as vitórias, as derrotas e é fácilmente identificada lá fora. Ou que outro país tem uma bandeira tão bonita assim?

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
'Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil. Querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil.'

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Apocalipse.

É besteira acreditar que o mundo acabará em 2012. Cientistas previam o fim para 2000, entretanto, passaram-se 9 anos e nada aconteceu, até agora. O mundo não vai acabar, nós é que vamos acabar. É o que eu acho.
Parece-me que agora a nova moda é ficar apavorado porque acreditam que o fim será em 2012. Acredito eu que isso tem tudo para não ser verdade. Independentemente de acabar ou não ainda temos 3 anos(ou 2) para viver. Mas eu estou falando é de viver bem porque não adianta nada ficar preocupado com o final. Interressa o agora, claro que devemos planejar o futuro, mas sem esquecer do presente. Se não, nós passaremos a vida inteira esperando a morte e assim, esquecendo de viver.
Na liturgia de domingo passado, dizia-se que não deveríamos temer a morte. O fim é incerto e nos dá medo, afinal ninguém sabe como este será.
Meu conselho é que vivamos. A vida pode acabar numa colisão na avenida. E ninguém está aqui para viver em vão, têm que valer a pena e a gente sempre deve tirar uma lição de tudo. Por mais clichê que isso pareça.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Diário.

A vida está corrida. Não é nada fácil vida de vereadorazinha e de estudante em final de semestre/ano.
O fim de mais um ano se aproxima. O meu aniversário também, dia 25/11. Eu não quero comomemorar meu aniversário. Isso eu não quero comemorar.
Logo chega a seção solene e daqui à dois dias [:)] já será a última seção ordinária da Câmara Jovem e depois disso, só o ano que vem.
Foi um ano realmente muito bom (mas isso é assunto para outra postagem!)
Eu realmente não tive a capacidade de escrever um texto decênte, perdoem-me. Mas eu sinceramente não sei até onde isso importa.
Eu escrevo aqui o que bem entendo, sem ter que seguir um tema à risca. Fazendo poesia ou drama. Escrevendo coisas imaginárias ou reais.
E não se preocupar em agradar o professor.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ninguém vê.

Quando ele passa ninguém vê, quando ele fala não se ouviu. Mesmo que o sol tente aquecer lá dentro dele está tão frio. Ele tem tanto a dizer, ninguém se dispõe a ouvir. Todos se importam em não ver. Tentam fazê-lo desistir.
E não há nada ou ninguém que diga que ele é assim. Por fora, tudo está tão bem, por dentro, o choro não tem fim.
E você nem pensou em falar, nem ao menos sorriu quando ele te olhou e sorriu pra você
E hoje ele está tentando implantar memórias de um passado que não é real pra amenizar
a dor de aceitar que tudo que ele fez pra ser alguém normal não serviu.
E se eu te falar que ele sou eu? E se eu confessar que dói demais saber que tudo aconteceu e não poder voltar atrás?
Dá-lhe Fresnão.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Quando o chão desaparece embaixo do seu pé.

As desigualdades sociais são o resultado da diferença enorme que existe entre a repartição da "riqueza": a maior parte, ou quase tudo, ficam com alguns poucos e a maioria fica sem nada. No Brasil existe um verdadeiro abismo social.
Essas diferenças fazem com que os jovens que não conseguem uma oportunidade se tornem marginas, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fatos que agrafa essas situação é a violência, que cresce cada vez mais.
Os traficantes têm tomado o poder das grandes cidades brasileira, prejudicando inocente com o objetivo de atingir as autoridades.A cada dia que passa, mais pessoas são mortas e espancadas para que alguém excluído do mundo mostre que ele é bom para alguma coisas, mesmo que isso seja ruim.
E ainda tem todo o problema da fome, da miséria que não acontece só na África. As desigualdades sociais, a miséria, a fome está ao nosso lado. As autoridades são as principais causadoras disso, quando deveriam pensar em uma vida mais digna para as pessoas com baixa renda, dando um emprego para que possam sustentar suas famílias. Mas não, quando se tem o mínimo de poder, a tendência é que se abuse dele, sendo egoísta, pensando em si mesmo. E que se dane os pobres e oprimidos né.
A questão é que nem sempre se pode ter fé quando o chão desaparece embaixo do seu pé e nem sempre a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte, já diria Gabriel, O pensador.

domingo, 8 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Confusão.

Sei lá. Eu acho que falo muito dos meus amigos e de umas coisas meio ruins. Mas, sabe, é que se instalou um redemoinho de coisas sobre a minha cabeça. Mas se for para me levar a sério entenda: sabe aquela amiga que tu considerava demais? Então, ela mesma, vira as costas pra você, não fala mais contigo, faz cara de nojo quando você fala, quer se aparecer a todo custo, e, como se não bastasse, faz parte daquilo que você considera a tua razão de viver, e pior, é bem provável que você terá que aguentá-la o resto da tua vida. Isso me desanima sabe. Eu não consigo e também não quero entender porque ela mudou tão de repente.
Eu não queria muita coisa. Não mesmo. Dessa daí não quero nada. E eu é que sou chata e inconveiente. Queria que vivesse no meu lugar por apenas uma hora, pra ver.
Pois então, voltarei ao meu silêncio. Ela não vai saber mesmo porque eu não sou ninguém, apenas uma pessoa chata e insiginificante e não lhe interressa nada da minha vida.
Não me leva à mal, leitor (?). Dias melhores pra seeempre, *--*. Mais eu sei que eu tenho alguém com que contar, pra me dar um abraço gostoso quando eu precisar e dizer que eu sou capaz, e , principalmente,que não me faz desanimar. Como eu já disse aqui zilhões de vezes.
Eu só quero rir com essas pessoas que gostam de mim e falar merda mesmo, e cantar músicas palhas e dançar, se possível.
Desculpa pelo desabafo. Eu precisava disso e aqui encontro uma boa oportunidade para isso.
Na próxima, um texto melhor.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A morte

A morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem,precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina nocarro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER!!!
A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégioestudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se mantevelá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física,quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazerda vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era horade decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway(avenida), numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis. Qual é? Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, ependuradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curtecostelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver. Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida... Perdoe... Sempre!!!
Adiar...Adiar...Adiar...será sempre o melhor dos caminhos?
Pedro Bial