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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Às portas da JMJ

O tema parece infinito e o coração de quem vos escreve aqui está transbordando. Estou cheia de palavras, emoções, ansiedade e medos para esta Jornada Mundial da Juventude que se aproxima. Falta, agora, exatamente uma semana. Dentro de mais sete longos dias estarei em solo carioca onde eu e mais milhões de jovens do mundo todo estaremos reunidos pelo mesmo motivo: Jesus Cristo.
Vou pois estou sedenta disso: ouvir o que Deus tem à me dizer; Ele diz através de outras pessoas, de cantos, de leituras e dos momentos de sacrifício. Uma vez ouvi de um dos meus catequistas preferidos que "Deus é acontecimento", ou seja, Deus se manifesta nas nossas vidas através do que que acontece; nos momentos difíceis é Ele quem nos dá força para poder suportar e nos momentos alegres nos dá a certeza de que só estamos felizes porque confiamos na sua palavra.
Nessa JMJ não faltarão acontecimentos. Passar fome, sede, calor, frio, enfrentar horas de caminhada, chuva, sono, dor de todos os tipos e no final receber a palavra de que tanto procurávamos. Isto é ser peregrino. A farra que fazemos é fruto disto. 
A alegria em Cristo não é passageira! Estou sedenta por ouvir minha palavra de consolo, ânimo e coragem. Estou sedenta por conhecer meus irmãos de fé, estrangeiros e brasileiros, filhos da mesma fé, que entoam o mesmo cântico, em qualquer língua.
Deus abre, também, o  meu coração nesta JMJ. Já sinto os ares dela pairando na minha cidade e, sobretudo, na minha vida. A revolução começou e o meu coração se enche de uma esperança que nunca tive. É tempo de viver. Chegou a hora. Quero estar lá. Estou com o coração e com a mente prontos. Pode vir, JMJ, há um coração esperando ansiosamente por ti.

O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente. Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria. Papa Bento XVI

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
"porque minha força e o meu canto é o Senhor, ele é meu salvador!"

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Eu sou a maré viva.

Há momentos em que os astros se alinham e o resultado disso são as chamadas "marés vivas", que aumentam a atividade dos peixes e o volume das ondas. São os melhores dias para pescar e os piores para os banhistas. O mar fica agitado e alto, com ondas abundantes e impacientes, querendo arrastar tudo o que vê pela frente.
Quando a maré está assim, os guarda-vidas colocam várias daquelas plaquinhas de "perigo, não nada aqui" e ficam o dia inteiro chamando a atenção dos banhistas e apitando para que nenhum incidente grave aconteça.
Mas, se você for astuto, nenhuma plaquinha ou nenhum guarda-vida sarado vai te impedir de nadar contra a corrente. A escolha final é sempre sua mas saiba de antemão que se algo grave acontecer a culpa é inteiramente sua. O risco de afogamento e os índices deste são grandes. Não adianta saber nadar pois a maré é mais forte que você e lá, no meio do mar, não vai ter ninguém para te salvar.
Não se pode prever a quantidade de peixes que esta maré trará, tão pouco a força de suas ondas. Não há aparelhos capazes de medir e não dá para perceber com precisão quando elas vão chegar. É um tiro no escuro. Colocar seu barco ou nadar ao encontro da maré depende do quanto você é capaz de aguentar tudo de bom ou de ruim que te pode acontecer. Não há um manual pronto para te dizer o que fazer a cada instante; é um completo improviso, sem direito à ensaios.

Eu sou a maré viva e se você entrar, vai se afogar. Pense bem, posso te arrastar para o mais profundo de mim e se isso acontecer não poderá mais voltar a superfície. Eu sou a maré decisiva, posso te salvar ou te colocar em apuros. Ser pescador ou nadar contra a corrente depende de você; saiba previamente dos riscos, não diga que eu não avisei.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Síndrome de Maria Capitolina.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Automedicação

Uma das coisas de que eu mais gosto de fazer é assistir seriados de medicina, especialmente Grey's Anatomy; é a minha diversão. Mas, na vida real, detesto em ir médicos. Não gosto da coisa de ter que ficar o dia inteiro no consultório esperando a hora em que o médico poderá atender; as revistas da sala de espera sempre são velhas e isso me agonia pois tenho a sensação de estar revivendo todos os meus erros na sala de espera para depois confessá-los lá dentro. Ir em otorrinolaringologista é a morte para mim, tenho trauma de infância. Odeio exames, tenho medo de agulhas e não gosto da escuridão dos corredores do - único - hospital desta cidade. Ir em médicos ou hospital, para mim, é coisa rara.
Quando estou doente me automedico sem medo. Se é gripe/laringite/dor de cabeça já tenho a minha coleção própria de medicamentos. Afinal de contas, não há nada que um dorflex não resolva! Se nada disso der certo, tem a farmácia do centro da cidade, sempre dão remédios certeiros; são quase santos tamanhos são os milagres que já fizeram em mim. Quando a situação piora consulto o Google, sempre me fornecendo santos remédios, inclusive receitas caseiras realmente muito boas. Não há nada que o Google não cure.
Conselhos como "vá ao médico", "faça exames", "tome o antibiótico na hora certa" nunca funcionam para mim. Sou desatenta e cabeça dura. Tenho necessidade de fazer tudo do meu jeito, eu faço a regra. Preciso chegar ao meu limite para encarar o problema de frente e marcar uma consulta. Não sei prevenir; sempre espero a doença chegar arrebatadora para querer resolvê-la.
O único problema de tomar sempre os mesmos remédios é que eles vão perdendo o efeito graduadamente e você vai precisar de doses cada vez mais forte deles.Quando isso acontece, me sinto uma usurpadora inconsequente, que não cumpriu a prescrição e agora precisa apelar para a solução final: ir ao médico. Me sinto deteriorada, tenho que admitir que errei e mais um remédio não poderei usar.

Doutor, hoje abro mão dos meus costumes, quero uma consulta com urgência pois a doença está grave e o remédio não faz mais efeito. Não prometo voltar daqui a três meses e não sei se farei o tratamento correto. Marque uma consulta, esperarei o dia inteiro se preciso. Preciso que descubras o quanto a doença evoluiu e se ainda é possível tratá-la ou curá-la; desta vez não tenho medo do diagnóstico. Apenas prometo que irei me esforçar.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Grey's Anatomy está de férias e só volta em Setembro. Estou com saudade; aguentem, então, as metáforas até lá.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dias Ensolarados de Inverno.

Os dias aqui, nas margens do Rio Pardo, estão cada mais mais bonitos. Me encanta a beleza de um dia ensolarado, de céu sem nuvens, límpido e azul, e coroado com um belo por do sol ao fim do dia. Sou amante de dias assim pois vejo neles a alegria e o despertar de uma vida que pode ser tão linda quanto esses dias ensolarados.
Encanta-me, justamente, por agora ser época de inverno. Esperava por dias cinzentos e frios que trariam associados a melancolia e o fechar-se em casa, mas, este inverno está me surpreendendo a cada dia. A brisa é suave e refresca aquele verão extremamente quente de Janeiro; traz, junto consigo, as respostas que eu outrora esperava e a alegria da preparação para a Jornada Mundial da Juventude.
Esses dias de Sol de inverno aquecem o meu coração e me dão ânimo novo, me libertando do calor e da combustão constante do verão. Quando abro minha janela de manhã e vejo o dia lindo que me espera sinto vontade de ser melhor, de fazer tudo o que eu posso para ser melhor. Quando vejo dias assim, esqueço-me que no próximo verão enfrentarei a maratona de vestibulares, esqueço-me das tristezas que afligem o meu coração e das dúvidas que pairavam envolta de mim.
Me lembro que há tempos já remotos estive em lugares lindos coroados com dias como esses que tenho vivido aqui no meu sertão paulista; é claro que sinto saudade e vontade de voltar àqueles dias, àquelas viagens; espero que um dia isso seja possívels.
É tempo de preparação. De alegrar-se. É vida nova que emana pelo ar, que chega docemente como este inverno ensolarado. Cabe a cada um de nós captar estes bons ares, aproveitar cada instante dessa alegria que está cada vez mais presente em tudo, em cada lampejo de sol que brilha aqui dentro e lá fora. Deixemos as preocupações para os dias cinzas pois em dias como estes não é permitido nenhum tipo de tristeza ou aborrecimento. É tempo de sair e viver, pois os dias melhores chegaram.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Não basta sentir a chegada dos dias lindos. É necessário proclamar: "Os dias ficaram lindos". Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Em pleno carnaval.

Fantasias, cores, pessoas alegres, todo mundo na rua. É festa. A cidade coloriu-se de todas as cores, o sol brilha mais forte e a chuva dá uma trégua para não estragar os planos dos foliões. Não há tristeza, não há luto. O Brasil parou para contemplar a festa que nos caracteriza lá fora. Somos, por essência, foliões em dias de carnaval. Gostamos, por definição do que é ser brasileiro, de sentir as emoções à flor da pela, de agito e comemorações.
Hoje é carnaval fora de época aqui dentro. Resolvi, como todo bom brasileiro, quebrar as regras do calendário de vez em quando. Já escolhi minha fantasia e preparei a maquiagem; estou esperando a hora da festa começar. Está tudo pronto. A noite está linda; acenderam todos os postes e no centro da cidade há luzes coloridas, indicando que a noite, hoje, não permite tristeza e não tem hora para acabar.
O coração está aceso, em sintonia e com sede de festa. Quero esquecer de tudo, deixar os problemas, o vestibular e as contas da viagem para depois. Não quero uma super produção; vou deixar o Louboutin guardado dentro da caixa pois hoje nem dor no pé é permitido!
As músicas são agitadas e, que me perdoe a minha banda preferida, deixamos as músicas tristes para amanhã quando bater o arrependimento; hoje quero tudo que não faça sentido e que é proibido. Me desçam uma dose de axé com sertanejo no capricho, quero que seja tipicamente um carnaval.
A cidade é pequena, minúscula, todo mundo é meio parente. Hoje todos estarão lá, escondidos em algum canto ou procurando ser vistos. Há vantagens e desvantagens nisso, mas hoje, sinceramente, não me importo. Sei que haverá apenas uma pessoa em quem meus olhos pousarão, apenas uma pessoa a quem tudo foi pensado e planejado.
Vinícius de Morais disse que o amor é fantasia. Então, meu bem, a noite de carnaval é nossa.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Nunca gostei muito de carnaval até hoje.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Em clima de Jornada Mundial da Juventude.

Finalmente chegamos no esperado mês da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começa agora!
Foram, exatamente, um ano e meio de espera desde àquela noite quente de Janeiro na sala 5 do Centro Pastoral da Paróquia Santuário de São Roque em que assinamos uma pré-lista de interessados para a Jornada. A partir daquela noite tudo foi feito e pensado em prol da JMJ. Foram meses e meses de venda de pizzas e rifas de tudo o que vocês podem imaginar para juntarmos algum dinheiro para a esperada Jornada. O trabalho foi árduo; acordar no sábado às 7 da manhã, estando calor ou frio, para montar as pizzas, sair pela cidade vendendo rifas, dançar nas festas da Paróquia, pedir ajuda e doações dizendo que não era passeio, mas um encontro de milhões de jovens que iriam ao Rio de Janeiro ver o Papa. Foram um ano e meio de privações, de economia e de muito planejamento para essa Jornada.
É inacreditável que tenha, finalmente, chegado a hora. Parafraseando a minha banda favorita: "chegou a hora de ser maior que as muralhas". A muralha é gigante. Serão cerca de 10 horas de viagem de ônibus até o Rio de Janeiro. Fora isso, quando chegarmos lá ainda não sabemos bem para onde iremos, onde vamos dormir e o quê exatamente vai acontecer nas nossas vidas.
Eu vou em busca de tentar encontrar de novo a minha vocação, seja ela qual for, pois esse é, além de tudo, um "encontro pessoal com Cristo".Quero tentar entender as perguntas que ainda ficaram sem respostas no Encontro Vocacional de Brasília, ano passado, e ver se realmente estou seguindo o que Ele me pede. Quero rever todos os amigos catecúmenos que estão espalhados por todo esse Brasil, os de perto e os de muito longe, e, quem sabe, fazer novas e incríveis amizades que só esses encontros de jovens nos permitem. A saudade dos amigos é gigante! Nos vemos uma vez por ano ou a cada seis meses, mas é como se fóssemos verdadeiramente irmãos, pois comungamos dos mesmos interesses e dividimos os mesmos valores, "somos, pois, amigos pela fé" e isso distância e saudade nenhuma separam!
Vou, reconheço, com o coração na mão, como todas as vezes em que fui à Encontros Vocacionais. Tenho medo pois não sei exatamente o que vou encontrar e as minhas expectativas são muitas! Tenho medo de passar mal, de ter fome e sede e de me perder de todo mundo. Mas, também sei, que estando na presença de Deus nada de ruim irá acontecer, pois Ele abre os caminhos e mesmo em meio às dificuldades, que certamente virão, ele se fará misericordioso e maior que toda e qualquer muralha.
Estou ansiosa. Tenho amado tudo o que tenho lido sobre a JMJ e visto que há muitas e muitas pessoas como eu: ansiosas, com mil expectativas, com medo e felizes, por ter finalmente chegado o mês dedicado à Jornada. No Rio de Janeiro, no dia 28 de Julho de 2013, em Guaratiba, no Campus Fidei, nos reuniremos em milhões de jovens que cantão, com muito orgulho e emoção, à uma só voz: "esta é a juventude do Papa".

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
"Eis que venho reunir todas as nações / virão e verão a minha glória"