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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Eu sou a maré viva.

Há momentos em que os astros se alinham e o resultado disso são as chamadas "marés vivas", que aumentam a atividade dos peixes e o volume das ondas. São os melhores dias para pescar e os piores para os banhistas. O mar fica agitado e alto, com ondas abundantes e impacientes, querendo arrastar tudo o que vê pela frente.
Quando a maré está assim, os guarda-vidas colocam várias daquelas plaquinhas de "perigo, não nada aqui" e ficam o dia inteiro chamando a atenção dos banhistas e apitando para que nenhum incidente grave aconteça.
Mas, se você for astuto, nenhuma plaquinha ou nenhum guarda-vida sarado vai te impedir de nadar contra a corrente. A escolha final é sempre sua mas saiba de antemão que se algo grave acontecer a culpa é inteiramente sua. O risco de afogamento e os índices deste são grandes. Não adianta saber nadar pois a maré é mais forte que você e lá, no meio do mar, não vai ter ninguém para te salvar.
Não se pode prever a quantidade de peixes que esta maré trará, tão pouco a força de suas ondas. Não há aparelhos capazes de medir e não dá para perceber com precisão quando elas vão chegar. É um tiro no escuro. Colocar seu barco ou nadar ao encontro da maré depende do quanto você é capaz de aguentar tudo de bom ou de ruim que te pode acontecer. Não há um manual pronto para te dizer o que fazer a cada instante; é um completo improviso, sem direito à ensaios.

Eu sou a maré viva e se você entrar, vai se afogar. Pense bem, posso te arrastar para o mais profundo de mim e se isso acontecer não poderá mais voltar a superfície. Eu sou a maré decisiva, posso te salvar ou te colocar em apuros. Ser pescador ou nadar contra a corrente depende de você; saiba previamente dos riscos, não diga que eu não avisei.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Síndrome de Maria Capitolina.

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