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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Conectar, Navegar, Transformar. PARTE I

Inspirada no tema do EPTV NA ESCOLA 2010 - conectar, navegar, transformar - postarei aqui neste blog minhas duas redações sobre o tema tecnologia. Começarei pela redação que a professora não gostou e depois a outra, que foi escolhida.
Os dois lados da tecnologia
Ao longo do tempo, a tecnologia foi evoluindo até chegar como a conhecemos hoje. Tal desenvolvimento só foi possível porque o ser humano começou a observar o mundo ao seu redor, a ver o que precisava e encontrar soluções para seus problemas. A tecnologia traz consigo o desenvolvimento.
Desde os tempos mais remotos, cada nova descoberta significava avanço; foi assim com a máquina a vapor, energia elétrica, energia nuclear até chegar na tecnologia que conhecemos, como computadores portáteis e celulares com várias utilidade. A tecnologia atual nos permite informação rápida, vinda de qualquer lugar do mundo. Permite avanços em áreas como saúde, educação, transportes, robótica, nas máquinas e na imprensa. Reduziu custos, facilitou e intensificou a comunicação pessoal e institucional.
Cada descoberta da ciência teve seu lado bom e o seu lado ruim. Se por um lado foi utilizada para melhoria de transportes, saúde, indústrias e outros; por outro levou à descoberta desde as bombas atômicas que destruíram cidades como Hiroshima e Nagasaki até os vírus que danificam os computadores. Frequentemente, a tecnologia entre em conflito com algumas preocupações naturais de nossa sociedade, como o desemprego e a poluição.
Cada nova forma de tecnologia que surge é boa para a sociedade, trazendo novos conhecimentos e melhoria ao que já temos. Entretanto, os fatores maléficos dependem do uso inadequado que se faz da tecnologia. Tudo depende da intenção do ser humano que está atrás da máquina, podendo usar para o bem ou para o mal as idéias inovadoras.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Muito ruim? Meu sentimento no dia em que escrevi essa redação era 'o ser humano fode tudo mesmo', daí saiu isso. Dona Marilda não gostou, aí meio que me mandou fazer outra e eu, obediente que sou, fiz. Postarei-a em breve.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sua chance de falar.

Me conte teus amores, confesse seus segredos, aponte os caminhos, aproveite que eu estou te ouvindo e eu pretendo ficar um pouco mais aqui. Desta vez eu estarei escutando, mesmo que sejam as canções indesejáveis, desta vez eu estarei viajando na sua mente tão imaginada, desta vez eu estarei confessando que papéis e planos não nos leva a nada. Quanto tempo faz que não nos falamos, porque gritar, para mim, não é falar. Cheguei até a perder a voz, por conta da raiva que me subiu a cabeça, eram meus gritos abafados em choro, era minha ira refletida nos vidros estilhaçados, era o choramingo de um abandono. Chegou a perder nós. Cheguei a nunca ganhar nós.
Não sei se peço a chuva para molhar meu corpo e assim eu reproduzir qualquer cena dramática que se encerre com um beijo, ou se quero mais é que o Sol se expanda e eu tenha direito a um desejo, bem que você podia me ajudar. Afinal, tento te esquecer por que eu preciso ou por que você me pediu? Canto sozinha todas as músicas e esqueço a melodia, não dá pra perceber que eu perco o ritmo sem o teu embalo? Só de lembrar em te esquecer, lembro o quanto te quero pra mim. Cresci na ilusão de que querer e poder, e agora, quem vai bater na minha cara e dizer que a vida não é assim?
E eu não rio, porque não tem graça, mas não demora e o tempo passa, um dia chamarei tudo isso de velhas lembranças. O problema é que agora é tão novo, é tão eu, é tão minha vida, é tão sem saída. Todas as portas estão trancadas e eu fico sem opção, posso correr para qualquer lado até ficar tonta e embaçar minha visão. O último tango quero dançar com você, em passos fortes equilibrados com seus movimentos, o último espanto quero ter com você, me surpreenda falando que se esquivocou, o último tem que se você, porque depois de ti, não há nada.
Ainda temos tempo para nos salvar, o tempo que nunca soubemos utilizar. Já recontei todas as histórias nesse meio vão da rua afora, e se for pra ti alguma coisa, que seja reescrever. Ou eu sumo desde o início, ou aceites que é meu vício.
Esquecestes as mentiras debaixo do travesseiro, continuo dormindo ao lado delas.

Texto retirado de: Reflexões de dona Dih.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A minha voz.

"A mudez é um grande esforço da voz. Minha voz é o modo como vou buscar a realidade; antes de minha linguagem, existe como um pensamento que não se pensa, mas por fatalidade fui e sou impelida a precisar saber o que o pensamento pensa. A realidade antecede a voz que a procura, e por sua vez a linguagem um dia terá antecedido a posse do silêncio. A linguagem é o meu esforço humano"
Clarisse sempre diz tudo por mim.

Frequentemente me pego em silêncio profundo. Pensando. Tramando planos mirabolantes. Sonhando. Por mais que não consiga reprimir meu sempre intenso "instindo de vereadora", acabo por muitas vezes me calando. Não por ser uma coisa sensata de se fazer - se tratando de mim, que sou um "excesso de informação" ambulante - mas pela revolta de quem não concorda. Não é fácil me calar. Na verdade é um sacrifício para mim, que adoro falar.
Sempre levanto minha voz para protestar - é a coisa toda da petulância. "Levante sua voz no alto, é assim que você vai longe" (MCFLY).
Nem tão frequentemente combino pensamento + voz + palavra da forma que quero. Nem tudo que quero posso ter. Mas isso, talvez, é o combustível que nos move: a busca incessante das coisas que não tempo, mesmo sabendo que é difícil de tê-las. Minhas palavras são o reflexo do que penso, porém minhas palavras nem sempre condizem com meus pensamentos; sou mais sincera escrevendo.
Ando procurando a voz dos sonhos: forte, intensa, corajosa e bonita. Onde encontrarei-a? Persigo qualquer lembrança mínima, o menor ruído que seja já me desperta do silêncio profundo, como se me alegrasse. Nesse caso, é mais conveniente buscar pela voz do que pelas palavras porque sei a quem pertence e tão facilmente discerniria. So não sei como procurar.
A minha voz grita por ti, silenciosamente no meu interior. Sou invadida por pensamentos meus e fico imaginando os teus. Preciso da minha voz e não abro mão da minha escrita nunca. Agora só preciso uni-las em harmonia.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Aliás, a minha voz é feia, rouca e confusa.

domingo, 25 de julho de 2010

Sobre coisas que cabem em 49 minutos.

Tic-tac. Tic-tac. Olho para o relógio no pulso já impaciente. Já se passaram uns 40 minutos, pelas minhas contas. Quando algo não me agrada fico olhando no meu relógio de pulso, desesperada, contando os minutos para acabar. Fico esperando acabar, raramente espero que dure para 'toda eternidade'.
Imaginem quantas coisas podem ser feitas em um minuto, dez, trinta, quarenta e nove! Já parou para pensar que o mundo pode começar ou acabar em quarenta e nove minutos? =O. Tantas coisas...
Briga. Reconciliamento. Beijo. Declaração. Perscruta. Aula. Morte. Vida. Música. Balada. Conversa de MSN. O tempo que você perdeu assistindo aquele filme/programa de televisão chato. O tempo que você levou para ler um livro inteiro. Reencontro. Choro. Sorrisos. Viagem. Mergulho no mar. Foi o tempo que o professor ficou falando. Sessão de fotos. O tempo que levou para o bolo de chocolate ficar pronto. Os anos que levaram para descobertas científica. São os dias que eu espero pela resposta.
Os minutos que eu perdi olhando pra você.
A minha revanche foi feita para durar quarenta e nove minutos. Rápida, devastadora e intensa. Quero deixar a minha mensagem bem clara e para isso acredito que quarenta e nove minutos são mais do que o necessário. Não preciso de muito.
Precisei errar quarenta e nove vezes. Precisei de quarenta e nove conselhos diferentes para poder tomar a decisão correta. Precisei perder quarenta e nove vezes a mesma coisa para dar valor. Li o mesmo verso quarenta e noves vezes. Já tentei te fazer acreditar quarenta e nove vezes, mas você não me ouviu. Escutei quarenta e nove vezes a música nova, e ainda não me cansei. A minha sorte foi ter tido tantas oportunidades. Não me faltam quarenta e nove pessoas, me falta só uma. Você.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Quarenta e nove minutos. Foi o tempo que eu levei para escrever esse texto (mentira, mas é poético! rs).

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Devaneio.

Eu estava lá sentada na minha cadeira amarela no canto da sala, como sempre, quando ele chegou: atrasado, bonito, sorridente e pose de galã, como sempre. Me espantou ele ter vindo se sentar ao meu lado, isso não era normal. Fiquei imóvel, muda, olhando pelo canto dos olhos para ele, tremendo e suando. Nunca entendi muito bem essa coisa toda de reação química. Perto dele não conseguia ter ação nenhuma, eu não pensava. Por outro lado ele me fazia tão bem. Só o sorriso dele melhorava a minha vida. Nunca senti isso por ninguém antes, juro. Me dói pensar que ele nunca vai saber disso, porque é claro que eu não vou deixar. Não entendo o que se passa na minha cabeça.
"Não entendo o que se passa na minha cabeça". RÁ. Que piada. Como se alguém entendesse. Sou um turbilhão de sentimentos ambulante e o mais importante deles não é compreendido - não por quem o precisa compreender. Não sei como explicar essa coisa de atração. Sei lá. Só sei que um arrepio percorre meu corpo toda vez que me imagino em seus braços. Outra piada porque isso nunca vai acontecer.
Voltando. Eu fiquei tão perdida que eu não fiz nada, de novo. Perdi outra chance. Eu vivo perdendo chances e depois me arrependo. Aliás, andei pensando de a gente se encontrar em outra lugar, onde não exista "os outros". Sempre me esqueço que nem todo mundo têm poderes de Edward Cullen.
[...]
Mal sabia eu, o que viria a seguir.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Eu sempre fico esperando coisa demais da vida.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Conto da gladiadora romana com seu exército vestindo vermelho e usando armas de bronze numa batalha épica no Coliseu em Roma.

Faz calor em São José do Rio Pardo toda noite. Cá estou-me, em outra noite de um inverno que ainda não chegou ao norte do estado de São Paulo, em frente a um computador obsoleto escutando músicas, pensando na vida e escrevendo histórias em um blog.
Ontem à noite eu estava sem sono e demorei para dormir. Estava deitada na cama, com os fones de ouvido e olhando para o teto e imaginando, imaginando... Facilmente sou envolvida por devaneios aleatórios, alucinações noturnas. Ontem, especificamente, estava refazendo os passos da minha revanche. Eu não sei de onde me vem essa força, que me dá coragem e segurança, porque sim, eu tenho medo de me foder com essa 'revanche'.
Armas em punho, textos decorados, exercito em alerta... Mas o inimigo ainda não chegou. Eu sei que ele vem e nós vamos travar uma batalha épica. Sei, sei, sei de nada. Eu não sei de nada. Eu só acho que sei e ainda faço os outros acreditarem que eu sei.
Chamei todo mundo pra me ver vencer. Só faltaram aquelas arquibancadas romanas iguais as do Coliseu. Me senti como uma gladiadora romana com seu exército vestindo vermelho e armas de bronze na Idade Média. Sempre entro no ringue de cabeça erguida porque acho que sempre vou vencer. Aquele lance de 'perdedores não demonstram sinais de descontentamento com a derrota e vencedores não se gabam da vitória' pode ser totalmente verdade. Confiança em si mesmo é bom. Tinha cerca de 700 guerreiros e guerreiras atrás de mim, me encorajando e me dando cobertura caso acontecesse algo não planejado. Ninguém vence nenhuma batalha ou a guerra sozinho.
Mas o inimigo não chegava. Estava atrasado - e muito. Ninguém em sã consciência desiste de ir à uma batalha de última hora porque vai parecer totalmente fracassado e com medo. Meu inimigo aparentava ser assim. Eu não sabia com quantos ele viria nem que tipos de armas usaria. Segredos de gladiadores. Meu inimigo deixa tudo para o momento da guerra e eu nunca conseguia descobrir nada por antecipação. Desgraçado.
Já estava ficando agoniada e o que diria para todas as pessoas que vieram me ver vencer. Não, meu inimigo não podia ser tão cruel assim. Ser abandonada no ringue seria muito mais humilhante do que uma derrota. Olhava por todos os lados, esperando vê-lo em algum lugar; em vão. Eu nunca soube que forma ele tinha, se era alto ou baixo, loiro ou moreno. Eu não sabia, ou não lembrava. O que eu faço agora? Parece que ele não vem mesmo.
Já acordei há muito tempo e agora tenho plena consciência de que o inimigo não vem. Na verdade ele nunca virá. Porque ele tem medo da minha fortaleza? Não. Porque ele nunca existiu. Foi mais um fantasma que eu criei. Foi mais uma aventura que eu nunca vivi. Bom, sou criativa, pelo menos.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Eu sou um perigo para mim mesma.

domingo, 18 de julho de 2010

Relato de uma mulher de bom coração.

Eu procurei. Jurei que não iria mais falar de mim. Mas eu sou assim. Eu tenho tanta história pra contar...
Tenho apenas catorze e acho que já sei demais. Sou cheia de querer escrever sobre mim. Eu sei exatamente o que sou. Não preciso que ninguém faça isso por mim e nem pegar outras coisas como desculpa. A o que eu sou? Uma idiota estranha que acha que é dona do mundo.
Maria Olívia Capitelli Dornellas, 14 anos, nasceu e vive em São José do Rio Pardo - SP e é mais conhecida por Marô. Já fiz um monte de coisas - e algumas até improváveis. Já fui Vereadora Jovem e atualmente dedico meu tempo em ser catecúmena e estudar química, física e gramática - porque quero passar no vestibulinho do Centro Paula Souza no final desse ano. Extremamente petulante e foi graças à isso que cheguei onde estou, não sem antes ter arrumado uma quantidade enorme de brigas.
É alguém que adora política, rock, esmaltes, maquiagens, moda e a religião que tem. Não tem muitos amigos, mas têm os irmãos de catecumenato. Se faz de séria e irônica. Fala demais e sempre acha uma porção de coisas. Tem Márcio Riolli como exemplo profissional e quer seguir carreira. Sabe exatamente o que quer e do que gosta - exceto quando se trata de amor.
Sou cheia de sonhos, de planos e de projetos - nem todos realizáveis. Não têm nada contra sertanejo e música colorida, só prefere Fresno - e ainda vai casar com o Tavares. Adora cantar e dançar com os amigo-irmão, seja a música que for - Macarena gente, por favor! Não se preocupa com modinhas e nem fica falando delas, porque sabe o que quer e do que gosta. Ainda vai pra Brasília, Porto Alegre, Califórnia e New Orleans. É uma pessoa difícil e chata, mas tem bom coração. É decidida, sarcástica, idiota e irônica - quando quer. Não gosto que ninguém - NINGUÉM - saia falando de mim, porque ninguém me conhece melhor do que eu mesma. Não quero que ninguém me siga - a não ser no twitter. Adora uma festa. Exagerada e dramática. São-Paulina.
Eu sei que vão me rotular, apontar o dedo na minha cara e me acusar. Vão querer me derrubar e tomar o meu lugar. Bom, só posso dizer que vou rir. Rir. Têm alguém aqui sentada em frente à esse computador velho e cheio de problemas que não vai desistir assim tão fácil, que é forte, atrevida e não tem medo (tirando o de cachorros).
Estou tentando ser o que o eu quero e realizar meus sonhos. Sigo na luta e escrevendo/falando bobagens noites inteiras. A palavra e a ação. Marô.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

The rise and fall of me and Single Book.

Até então eu era uma garota comum. Todas as manhãs ia à pé para a escola, tinha aula de violão e inglês à tarde e gostava de passar meu tempo livre no computador. Não tinha muitos amigos e não era popular.
O que eu escondia de todos era que tinha uma banda de rock. Eu e mais 3 amigos formávamos a Single Book. Cantávamos para nós mesmos, no quartinho dos fundos da casa de uma integrante da banda, todas as quartas e domingos. Nunca tínhamos feito um show até que na minha formatura da 8ª série propus à diretora da escola que contratasse a banda Single Book, porque era uma banda boa, que o pessoal gostava... Mas não falei que eu fazia parte da banda. E confiando na minha sugestão, contratou a banda.
A formatura chegou e o show foi um sucesso. Todos gostaram. E a partir daí a Single Book começou uma rápida ascensão
Fizemos muito sucesso. Ganhamos muitos prêmios. Tocamos em vários lugares do Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Era inacreditável. Tínhamos pouco mais de 16 anos e deixamos tudo de lado pela música: estudo, família e amigos. Era loucura. Fomos contratados por uma grande gravadora e conhecemos músicos que adorávamos.
Até que em um dos nossos vários shows, conheci o Miguel, novo integrante da equipe de segurança. Ele era lindo. Alto, musculoso, rosto perfeito e simpático. Senti o coração pulsar forte. Nunca tinha sentido aquilo por garoto nenhum. Depois de algum tempo começamos a namorar.
Ele era perfeito. O único problema foi ele ter roubado todo o dinheiro que eu consegui com a banda e sumir no mundo. Ele me deu um golpe. Levou tudo que eu tinha e também o meu coração. Descobri depois que o nome dele nem era Miguel, ele mentiu para mim em tudo, até sobre o próprio nome. E eu, muito boba, fui me apaixonar. E fiquei cega. Será que cheguei realmente ao cúmulo de me deixar levar por um cara que eu nem sabia quem realmente era? Parece que sim.
A banda continuou mas depois que este episódio do golpe que foi parar na mídia e na boca do povo (ele roubou todos, não só a mim), ninguém mais queria ver um show nosso. A gravadora nos mandou de volta à nossa cidade no interior, sem nenhum centavo no bolso, só o disco que tínhamos praticamente acabado de gravar, a nossa amizade e uma dor profunda no.
Fizeram piadinhas no Orkut e riram da gente. Fomos humilhados pelas pessoas que nós considerávamos como amigos. Até mesmo meus pais tiveram dificuldade para aceitar essa história. Tive que ir trabalhar numa lanchonete que não me pagava nem metade de um salário mínimo. Foi a pior coisa que poderia me acontecer. Eu me sentia péssima, a última pessoa no mundo. Com o sonho destruído. Rejeitada. Sem nada. Sem a minha vida. Só com aquele buraco no meu coração, que se enche de dor e tristeza toda vez que eu respiro.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
- Cuidado em quem você vai confiar
- Amor à primeira vista: sempre duvidei.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Confiar. É esse o segredo de tudo, talvez.

O tempo passa e a gente vê as coisas de um jeito diferente, é impossivél que a magia seja a mesma eternamente. O meu problema é confiar demais, acreditar que vai durar. Depois só quebrar a cara, como muita gente por aí. O tempo só me mostra que eu não devo confiar em todos, as pessoas são mais malvadas do que eu realmente acho que são. Por confiarmos demais em alguém é que nos magoamos, na maioria dos casos. Os dias passam, as pessoas mudam mesmo que a gente não entenda. Somos humanos e erramos. Mas cometer sempre o mesmo erro é burrice.
Eu sou como a maior parte das pessoas: não consegue entender como tu mudou de repente. Engraçado, até. A gente confiar tanto em alguém que da noite para o dia muda seus sentimentos em relação à nós, quer dizer. Eu me importo, sim. Mudar é necessário, mas eu não te entendo.
Eu continuo aqui, sozinha, sentada em frente ao computador cantando e dançando Party in the USA na festa de ninguém. Como se eu esperasse alguém chegar e me resgatar. Persigo aquela luzinha fraca que me leva ao fim do túnel com veemência, na esperança de chegar ao final e ter alguém lá me esperando com um rádio tocando as minhas músicas preferidas. Será?
Confia é complicado. Confiar em amigos, porquê? Não se iluda com teus amigos, eles não são o que você pensa que são e sempre tiram as máscaras no final. Confie em quem você quiser, não precisa confiar em mim. A confiança é um dos pilares que sustentam o amor. Sábio quem o faz com inteligência. Confiar. É esse o segredo de tudo, talvez.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
A maioria das pessoas não confiam em mim pela minha natureza extremamente forte, firme e petulante.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Porquês.

Devo confessar, antes de mais nada, que tenho uma certa dificuldade na hora de escolher qual "porque" colocar em uma frase. Sempre preciso pensar antes, hesito e com um pouco de sorte ou estudo de regras acerto. Sou cheia de explicar o "por quê" disso e daquilo, e se já não fosse o suficiente, ainda fico perguntando o "por que" das coisas o tempo todo. Às vezes os meus próprios "porquês" me irritam.
Sou tão chata que às vezes nem eu mesma me aguento. Falo as coisas descompassadamente quando não falo sem pensar. Fico encarando as pessoas, todas, até as que eu gosto. Fiquei olhando nos olhos e analisando detalhadamente as palavras da professora enquanto ela explicava o uso correto dos porquês (isso quando eu não viajo para algum lugar bem distante desse). Coloco as mãos nos rostos, tentado lembrar da regra mas não consigo. Fui bem na prova de gramática, mas errei todas as questões do porque.
Sempre tenho respostas afiadas na ponta da língua esperando alguém me provocar. Entretanto, não sei explicar porque se usa o porquê naquela frase que está na lousa; é totalmente extressante, a classe quieta e a professora me encarando, todos esperando pela minha resposta - e eles acham que vai ser a correta e a professora vai me elogiar de novo - quando eu falo "não sei". Aí tenho que explicar o porquê de não saber - coisa que nem mesmo eu sei. Nunca admito que estava viajando na hora da explicação, porque sei que vou ter que explicar o porquê de estar viajando naquela hora tão importante. Me canso de explicar e pensar no porquê das coisas.
Na verdade ninguém precisa se explicar tanto à ponto de usar todos os tipos de porquês existentes em uma mesma frase, a não ser que queira. Explicamos as coisas que e quando queremos; têm coisas que não convém. Cabe à nós, detentores do direito de escolha das palavras - e dos "porquês" -, escolhermos qual "porque" se encaixa melhor em nossa frase. Escolher certo ou errada já é outra história. Não precisamos acertar sempre; nós podemos e devemos errar. Façamos boas escolhas.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Se usei os porquês errados, me corrijam, por favor!

domingo, 11 de julho de 2010

A carta de despedida no meu travesseiro.

Cheguei em casa depois de mais um dia de trabalho árduo. Entrei no meu quarto e encontrei um envelope em cima do meu travesseiro. Achei estranho pois não esperava receber cartas naquele dia. Abri-a. Era uma carta dedicada a mim. Não uma simples carta. Uma carta de despedida. Podia ser de qualquer pessoa que eu não me importaria, menos dele. Ele. Ele. Ele que dizia me amar tanto, que fez tudo para que ficássemos juntos para o resto da vida, que era a pessoa mais importante na minha vida. O meu amor. O meu único amor. Não acredito até agora que ele fez isso comigo. Garanto que foi por uma outra qualquer, mas ele disse que foi realizar um sonho e que um dia voltaria para sermos "felizes para sempre". Póetico, porém ilusório - como sempre.
Chorei. Naquele momento queria outro de seus maravilhosos e salvadores abraços. Cadê você que não me vê, cadê você que eu não vejo? Cadê você pra me dizer que tudo isso vai passar?Não consegui sentir ódio, porque eu o amava. Inexplicável isso. Em um dia estava tudo bem entre a gente, no outro chego em casa de um dia comum e minha vida se transforma totalmente. E agora? O que eu vou fazer sem você aqui? Me acostumei tanto coma tua presença que não sei o que fazer.
Fiquei mais de uma hora sentada na cama, imóvel, não conseguindo pensar em nada, olhando da carta para o quadro de fotografias onde estavam registrados nossos melhores momentos. Eu queria mais um beijo, mais um abraço, mais uma foto... eu queria você, só você. Havia ainda tantas coisas que viveríamos juntos. Ah se você estivesse aqui...
Até hoje lamento a falta dele e na verdade nunca superei. Não consigo me desprender daquele passado perfeito. Sempre penso nele, inevitavelmente. Não consigo aceitar, é mais forte do que eu. As pessoas que me olham julgam que já superei e que não penso mais em você. Então elas não saber ver, meu amor. Não sei você pensa em mim ou se sente a minha falta. Não suplico por amor apenas por questões feministas. Mas saiba, meu amor, que se despedir não é fácil - ainda mais quando se ama este alguém. É preciso ser forte (coisa que você sabe que eu não sou). Se você quiser saber, ainda guardo a carta, seus bilhetes, flores secas no meio de cadernos e livros e nossas fotos. Nunca me esquecerei completamente. Você foi a melhor coisa que me aconteceu.
Tentolevantar a cabeça e continuar a viver. Não é fácil. Mas eu estou aqui, ainda no mesmo endereço, sentada em frente ao computador contando a história.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sobre ter medo de perder as coisas falsas que se tem.

Estava pensando na gente dia desses. Em tudo; nos anos, em agora, em você, em mim. Insisto em te escrever cartas que você não lê. Me importei muito, me magoei e te defendi, por quê? Por alguma coisa maior que eu. Eu juro que tento entender.
É até irônico, alguém confiar tanto em alguém que o apunhala pelas costas, mas é claro que só eu vejo. Você acha que eu vejo demais. Eu sei que você 'acha' um monte de coisas sobre mim; eu também 'acho' sobre você.
Me soa como falsidade de quem tem medo de perder as coisas falsas que tem. Implorar o amor de alguém é algo próximo ao fútil. É aquela velha história de que ter mais é ter menos. Santa ilusão tua. Já me cansei de te alertar e tentar te mostrar que as coisas não são bem assim; desisti há muito. Às vezes calar-se contra as coisas erradas que se vê é melhor. A consistência do silêncio anula o risco das palavras.
Você não sabe o que é viver no meu lugar.
Acho que já falei demais. Quem sabe algum dia você não tenha mais medo. Quem sabe algum dia você abra seus olhos e veja que as coisas e as pessoas não são como você pensava que era. Espero que eu ainda esteja aqui.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
A, isso me cansa. Eu já falei que se não se deve esperar que a vida lhe dê tudo que você precisar. Eu já tentei fazer você acreditar. O melhor a fazer é tentar parar de pensar.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O conto do telefone salvador.

Acordei. Finalmente é outro dia. Dormi tanto que quase cheguei ao ponto de esquecer o que aconteceu nas últimas duas semanas. Tudo me parece novo, diferente e estranho, agora. Não reconheço mais esse lugar; me achei tão estranha quando me olhei no espelho do banheiro, hoje de manhã.
Acendi as luzes da casa; procurei por todo mundo, mas eu estava sozinha. Olhei as mensagens na caixa postal do celular, não havia nenhuma. Chequei meus e-mails e replies no twitter, não havia nada novo. Voltei para o meu quarto e peguei a caixa azul de estrelas pretas que estava embaixo da minha cama e abri-a. Lá estavam fotos, cartas, e presentes que guardei com carinho por tantos anos; não me pareciam mais meus. Não tinha mais vontade de chorar - e nem conseguiria. Eu sentia frio e um certo vazio no peito. Não tinha mais para quem ligar, porque todos estavam ocupados curtindo as férias em Nova Orleans. Todos os livros, resvistas e jogos para videogame que eu havia comprado já tinham me enjoado em uma semana. Não tinha nada para fazer, além de dormir ou pensar. Eu não tinha mais sono, dormi tanto que me cansei de dormir; mas tinha medo de pensar.
Na verdade eu não queria admitir que estava sozinha trancada em casa porque todos os meus 'amores' assim chamados tiraram férias na mesma época. Não tenho amigos, não vejo garotos, não faço nada e estou em casa sentada na cama -ainda de pijama - abraçando os joelhos junto ao peito enquanto a vida acontece lá fora. Não por querer, mas...
... o telefone tocou.
Não esperava por esse telefonema; na real, eu não faço o tipo que recebe ou dá telefonemas. Era ele. ELE. Queria saber se eu estava bem, porque na última vez que nos encontramos por acaso eu estava com cara de tédio, triste e meio brava com alguém. Achei que o meu coração fosse parar. Ele nunca tinha me ligado antes, na verdade ele mal falava comigo. Fiquei surpresa, mas feliz.
Fiquei pensando naquele telefonema o dia todo. Eu não sabia o que ia fazer. Eu também não faço o tipo que admite que está gostando de alguém; eu faço o tipo séria e difícil. Me admirou alguém tão popular quanto ele não ter ido para Nova Orleans também. Parei de pensar nas hipóteses do por quê disso; me levantei, lavei o rosto, vesti uma roupa e saí para trabalhar à pé, porque era dia do rodízio do meu carro.
Cheguei ao trabalho exatamente às 8:00, falei um oi que ninguém respondeu porque todos já tinham começado suas tarefas do dia. Fui para a minha mesa no canto da sala, liguei meu notebook, me concentrei em minhas tarefas e não me dei ao trabalho de saber o que os outros estavam fazendo enquanto eu trabalhava. Trabalhei até 12:30 e saí para almoçar.
Quando saí, me deparei com o cara que me ligou às 7:00 da manhã me perguntando se eu estava bem, parado bem na porta do prédio onde trabalho. Fiquei surpres e feliz, de novo. Ele me chamou para almoçar junto com ele, aceitei. Ele começou a me contar umas histórias que me deixaram meio confusa, eu não entendi o que ele queria. Me disse que sempre que tenta falar comigo eu viro a cara ou saio correndo, que não atendo seus telefonemas, não respondo e-mails, nem replies no twitter e nem mensagens no celular. Fiquei de boca aberta. Para completar ainda me disse que não foi viajar porque precisava me dizer que me queria para toda a eternidade e ao contrário do que eu penso eu sou muito importante na vida de alguém, tipo a dele. Fiquei imóvel. Não estava acreditando que estava ouvindo aquilo que eu sempre quis escutar da pessoa que eu sempre quis ouvir; eu não faço o tipo que escuta coisas legais de pessoas legais todo dia. Aí eu não preciso nem dizer que a gente se beijou e tal.
E desde esse dia eu não tenho mais vontade de chorar quando vejo fotos e cartas de pessoas falsas que se deram ao trabalho de tentar me ganhar com algumas mentiras bonitas. Ele é tão diferente dos outros caras que eu conheci. Ele é intenso, forte, sério e engraçado quando precisa ser, meio que como eu. Perco o sono toda noite e penso - porque agora não tenho mais medo de pensar - em quão sortuda eu fui de poder ver que essa pessoa especial esteve do meu lado a vida inteira e mesmo no momento de mais depressão me ligou pra dizer que está tudo bem e que ele está do meu lado. Eu fico sem palavras. Não parece que as coisas aconteceram assim comigo e em um curto espaço de tempo.
Pena que foi só mais um sonho e quando eu acordei tudo estava como eu tinha deixado antes de dormir, inclusive ele.

sábado, 3 de julho de 2010

Não ouse desistir de tudo que você sonhou, Maria Olívia.

Fiquei tentando decorar o que eu vou dizer quando a gente se encontrar e quando eu ver você, mas as palavras vão faltar e eu vou ficar fingindo que não é nada demais.
Eu sei que vou te abraçar e dizer que eu sofri estando em todo lugar, mas sem você aqui. Mas não vou poder explicar que todo esse tempo longe só me fez te querer mais.
Desse lugar a gente pode enxergar a mais distante das estrelas. Nesse lugar ninguém jamais vai nos achar o que eu queria era ficar pra sempre aqui.
Lucas Silveira.

Continuo hesitando e decorando textos que nunca direi. Não têm me levado a nada, mas não achei saída melhor. Continuar na mesma me dá medo. Tenho medo de sempre continuar na mesma.
Aceito doações e sujestões.
Continuo com os meus projetos inacabados, que ficarão parados por mais um ano, esperando, esperando. Continuo com os meus amores não-declarados e os textos por escrever. Ainda estou com a roupa e a maquiagem da festa de ontem, com os pés doendo, mas ainda insistindo em passar os acontecimentos na minha mente; revivendo. Continuo esperando, com mais anciedade a cada dia que passa, pela minha vez, a minha vez. Continuo passando horas acordada, lutando contra o sono, para pensar em todos os textos que te direi. Para conseguir tem que sonhar, lutar, esperar. Feliz de quem o faz com sabedoria. Continuo no mesmo lugar, esperando, esperando, esperando...
Sem idéia. Sem tempo. Agitada. Com festa. Querendo isso cada vez mais. É assim que eu me encontro.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Ficam aqui, os meus sinceros parabéns para Thaís Bello, Ana Laura Messias e Maria Carolina de Mello e a certeza que vocês continuarão sendo tão especiais para mim, terão muitas alegrias e que ainda comemoraremos muitas conquistas. Agradeço à Deus por ter colocado vocês na minha vida.
Sobre o texto: quem acredita sempre alcança!