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sexta-feira, 16 de julho de 2010

The rise and fall of me and Single Book.

Até então eu era uma garota comum. Todas as manhãs ia à pé para a escola, tinha aula de violão e inglês à tarde e gostava de passar meu tempo livre no computador. Não tinha muitos amigos e não era popular.
O que eu escondia de todos era que tinha uma banda de rock. Eu e mais 3 amigos formávamos a Single Book. Cantávamos para nós mesmos, no quartinho dos fundos da casa de uma integrante da banda, todas as quartas e domingos. Nunca tínhamos feito um show até que na minha formatura da 8ª série propus à diretora da escola que contratasse a banda Single Book, porque era uma banda boa, que o pessoal gostava... Mas não falei que eu fazia parte da banda. E confiando na minha sugestão, contratou a banda.
A formatura chegou e o show foi um sucesso. Todos gostaram. E a partir daí a Single Book começou uma rápida ascensão
Fizemos muito sucesso. Ganhamos muitos prêmios. Tocamos em vários lugares do Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Era inacreditável. Tínhamos pouco mais de 16 anos e deixamos tudo de lado pela música: estudo, família e amigos. Era loucura. Fomos contratados por uma grande gravadora e conhecemos músicos que adorávamos.
Até que em um dos nossos vários shows, conheci o Miguel, novo integrante da equipe de segurança. Ele era lindo. Alto, musculoso, rosto perfeito e simpático. Senti o coração pulsar forte. Nunca tinha sentido aquilo por garoto nenhum. Depois de algum tempo começamos a namorar.
Ele era perfeito. O único problema foi ele ter roubado todo o dinheiro que eu consegui com a banda e sumir no mundo. Ele me deu um golpe. Levou tudo que eu tinha e também o meu coração. Descobri depois que o nome dele nem era Miguel, ele mentiu para mim em tudo, até sobre o próprio nome. E eu, muito boba, fui me apaixonar. E fiquei cega. Será que cheguei realmente ao cúmulo de me deixar levar por um cara que eu nem sabia quem realmente era? Parece que sim.
A banda continuou mas depois que este episódio do golpe que foi parar na mídia e na boca do povo (ele roubou todos, não só a mim), ninguém mais queria ver um show nosso. A gravadora nos mandou de volta à nossa cidade no interior, sem nenhum centavo no bolso, só o disco que tínhamos praticamente acabado de gravar, a nossa amizade e uma dor profunda no.
Fizeram piadinhas no Orkut e riram da gente. Fomos humilhados pelas pessoas que nós considerávamos como amigos. Até mesmo meus pais tiveram dificuldade para aceitar essa história. Tive que ir trabalhar numa lanchonete que não me pagava nem metade de um salário mínimo. Foi a pior coisa que poderia me acontecer. Eu me sentia péssima, a última pessoa no mundo. Com o sonho destruído. Rejeitada. Sem nada. Sem a minha vida. Só com aquele buraco no meu coração, que se enche de dor e tristeza toda vez que eu respiro.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
- Cuidado em quem você vai confiar
- Amor à primeira vista: sempre duvidei.

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