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terça-feira, 13 de julho de 2010

Porquês.

Devo confessar, antes de mais nada, que tenho uma certa dificuldade na hora de escolher qual "porque" colocar em uma frase. Sempre preciso pensar antes, hesito e com um pouco de sorte ou estudo de regras acerto. Sou cheia de explicar o "por quê" disso e daquilo, e se já não fosse o suficiente, ainda fico perguntando o "por que" das coisas o tempo todo. Às vezes os meus próprios "porquês" me irritam.
Sou tão chata que às vezes nem eu mesma me aguento. Falo as coisas descompassadamente quando não falo sem pensar. Fico encarando as pessoas, todas, até as que eu gosto. Fiquei olhando nos olhos e analisando detalhadamente as palavras da professora enquanto ela explicava o uso correto dos porquês (isso quando eu não viajo para algum lugar bem distante desse). Coloco as mãos nos rostos, tentado lembrar da regra mas não consigo. Fui bem na prova de gramática, mas errei todas as questões do porque.
Sempre tenho respostas afiadas na ponta da língua esperando alguém me provocar. Entretanto, não sei explicar porque se usa o porquê naquela frase que está na lousa; é totalmente extressante, a classe quieta e a professora me encarando, todos esperando pela minha resposta - e eles acham que vai ser a correta e a professora vai me elogiar de novo - quando eu falo "não sei". Aí tenho que explicar o porquê de não saber - coisa que nem mesmo eu sei. Nunca admito que estava viajando na hora da explicação, porque sei que vou ter que explicar o porquê de estar viajando naquela hora tão importante. Me canso de explicar e pensar no porquê das coisas.
Na verdade ninguém precisa se explicar tanto à ponto de usar todos os tipos de porquês existentes em uma mesma frase, a não ser que queira. Explicamos as coisas que e quando queremos; têm coisas que não convém. Cabe à nós, detentores do direito de escolha das palavras - e dos "porquês" -, escolhermos qual "porque" se encaixa melhor em nossa frase. Escolher certo ou errada já é outra história. Não precisamos acertar sempre; nós podemos e devemos errar. Façamos boas escolhas.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Se usei os porquês errados, me corrijam, por favor!

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