terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Desejos para 2012!
2-Que meu pai reconheça seus erros e pare de brigar
3-Não quebrar minha aliança
4-Estudar mais física
5-Parar de reclamar da escola
6-Passar no vestibular (USP!)
7-Despojar 3 vezes
8-Reclamar menos e fazer mais
9-Que eu consiga conversar com a minha mãe
10-Fazer todos os exercícios de geometria da apostila
11-Faltar menos do Caminho
12-Dormir menos nas aulas
13-Ganhar um beijo do Anísio
14-Não acumular web lessons
15-Sair toda semana
16-Trabalhar
17-Ir em festas
18-Que minhas unhas não quebrem tanto
19-Comprar a discografia do Muse
20-Que eu nunca desista dos meus sonhos
Essa é só mais uma lista de coisas que eu gostaria que acontecesse. Sei que algumas coisas serão difíceis pra cumprir (quase todas!), mas não custa tentar. Espero que o ano novo traga mais emoções ainda, muito amor, sucesso e paz para todos nós!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Resumindo 2011...
Fui pra Bertioga em Janeiro e não vi surfistas, só McDonald's. Mudei de escola, fui para o Ensino Médio. Morri de estudar, fiquei com raiva de física, fiquei com raiva da escola nova, quis mudar de escola mas não mudei. Fiz um milhão de provas, passei de semestre, de ano e recebi homenagem por ser melhor aluna da classe. Fui pro evento da Unicamp, amei o laboratório de química, descobri que amo química, descobri que amo o Anísio, pensei em prestar química, não prestei nada e já desisti de química pra continuar querendo direito.
Namorei o ano inteiro com o Filipe. Saimos toda semana, comemos batata, briguei com meu pai, com meus amigos, fiz 16 anos e ganhei uma aliança. Descobri que adoro abraços e me apaixono por sorrisos e então troquei a foto do meu celular.
Minha turma de amigos se separou, fiquei perdida entre eles. Fiz pouco amigos na escola nova e descobri as melhores amizades do mundo no Caminho. Fizemos pizzada, churrasco, pizzada de novo e amigo secreto. Jogamos porco e não perdi. Me queimei inteirinha de Sol. Tomei Sol de camiseta e short e tive que ir pra formatura do namorado com o corpo inteiro descascado.
Fiz o primeiro escrutínio, dei muita risada com os catecúmenos, morri de sono quando não podia (na aula e na igreja). Fui pra São Carlos encontrar com o padre Joaquim e depois fui pra Estiva Gerbi sem saber o que esperar. Cantei a viagem inteira, cantamos até o que não podia. Tiramos fotos, perdi as pilhas da câmera mas logo depois achei. Também cantamos "olhai os lírios do campo" toda semana desde agosto e eu ainda continuo só olhando. Preparei eucaristia dezenas de vezes, fui sorteada duas vezes pra fazer o ambiental. Morri de vergonha, gaguejei e até ri, mas no final tudo sempre dá certo.
Esse é o espírito de estar vivo: a gente faz um monte de coisas, umas certas e outras erradas. Às vezes a gente reconhece o erro vai lá e concerta; outras vezes achamos que estamos tão certo - e na verdade estamos enganados - que sequer admitimos o erro.
Já eu prefiro achar que nem sempre a gente aceita e tem a obrigação de fazer isso, pois a vida é um aprendizado constante. Se errarmos, não vamos morrer por isso. Acredito mesmo é que a gente tem que viver sempre de cabeça erguida, tomando nossas decisões e seguindo nossos caminhos porque no final sempre, de alguma forma, as coisas vão se acertar, talvez não da forma que a gente imaginou, talvez a gente receba até mais do que pedimos. Mas, para isso, é necessário que a gente não deixe de aproveitar nenhum segundo e fazer nossas vidas valerem a pena.
Que 2012 seja realmente muito melhor que 2011 foi e que as coisas continuem dando certo. Só não se esqueça de amar, rezar, cantar, dançar na chuva, rir, estudar, tirar foto, passear, ir pra praia, escrever e continuar acreditando em si mesmo.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Acho que é meio sobre como me sinto.
De um ano pra cá muita coisa mudou na minha vida, e isso transparece em meu rosto. Fazer festa de quinze anos é uma coisa, só que vivê-los é outra. Não digo que foi ruim, pelo contrário, foi surpreendentemente positivo em alguns aspectos (os quais direi na minha santa retrospectiva de todo ano), mas, por outro triste lado, vivi coisas ruins que nunca esperei.
Todos nós temos o defeito de acreditar muito nas pessoas e dar a elas nossa confiança. Isso é normal e é uma coisa que adquirimos com o tempo. O único problema, é que todo exagero leva à abusos. Prefiro chamar esses abusos de decepções; a pior coisa, depois da saudade, é a gente se sentir decepcionado com nós mesmos por ter se confiado em quem não merecia sua confiança.
Eu espero demais das pessoas e nem sempre elas corresponde às minhas expectativas. Muitas vezes me passo por uma pessoa fria e antipática, o que é a pior interpretação sobre mim. Sou fraca. Sou frágil. Sou carente. Sou sonhadora. Sou chorona pra caramba. Sei que tenho me calado muito e meu silêncio é tão frio quanto a neve. Mas pro trás disso ainda tem uma menina que gosta de papais noéis de pelúcia, de carinhos e demostrações de afeto.
Não sei se chega a ser exagero meu, mas as vezes sinto que sou deixada de lado porque gosto de amor e carinho. Eu acredito tanto em amor assim ou é o mundo que se tornou frio e antipático?
Quando eu espero demais e não recebo, me sinto decepcionada por ter esperado tanto. Posso transparecer o contrário, mas no fundo eu esperei até o último segundo. E não foi como eu esperava porque queria ter tido mais apoio, mais conversas, mais demostrações de amor.
Tenho certeza de que quando a gente gosta muito de alguém, seja o namorado, família ou amigos, a gente faz questão de demostrar o que sente, porque temos que passar para o outro o amor que sentimos. Eu sei que eu tenho muito isso do meu namorado, mais ainda há alguns buracos que estão abertos há tantos anos. Sinto falta de sentar no sofá do lado da minha mãe e poder conversar com ela sem que na segunda palavra ela já esteja nervosa por alguma coisa. Sinto falta de quando meu pai ficava todo orgulhoso de mim por qualquer elogio que tenha ganhado na escola. Sinto falta de poder ter meus amigos por perto sem que haja clima de confusão ou de acusação.
Deus existe e ele há de mostrar um caminho melhor ou uma solução. Não sei vocês, mas eu sinto falta da turma. O tempo dirá qual é a melhor saída, mas ainda assim queria ter vocês por perto. Sei que não é pedir demais, por isso venho aqui pedir. Não cobro respostas, muito menos ações, porque acredito que a vida (e principalmente Deus) nos surpreende se a gente deixar ela agir.
A verdade é que muitos anos se passaram e todo mundo ficou mais velho. Ninguém mais é o mesmo de 5 ou 6 anos atrás, porque muitas coisas boas e ruins aconteceram nesse tempo. Só que o que as vezes esquecemos é a nossa essência, o nosso caráter, mas para isso, pode passar o tempo que for porque o que somos de verdade nunca desaparece ou morre. Basta sobreviver as decepções e continuar vivendo, porque uma hora as coisas se ajeitam nós conseguimos coisas que sempre duvidamos ter.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Sobreviver ao caos é o mais difícil. Mas a gente consegue sim.
Não ouse desistir de tudo que você sonhou ;)
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O tempo passou e não desisti de estar aqui.
É incrível que nos meus textos posso encontrar conselhos que não dei pra mim; quantas vezes disse coisas boas que depois esqueci de usar para mim. Não digo burra, mas tenho mente fechada. Já deixei de contar as vezes que me dei mal porque esqueci o que disse pra mim mesma: enquanto você chora, a vida acontece. E tem umas coisas que a gente não pode esquecer nunca, porque depois faz falta. Tem coisas que se você não colocar na cabeça por bem, a vida te ensina por mal.
Esse ano estive um pouco mais ausente. Acho que dá pra ter uma ideia quando você lê os textos desse ano. Acontece que pude encontrar respostas para muitas das minhas dúvidas durante esse ano que já está terminando. Uma fase nova começou pra mim e por isso tive que estar mais atenta, estudar mais, amar mais, viver mais. Porém, nunca me passou pela cabeça desistir, porque quando a gente desiste de uma coisa que gosta, estamos desistindo de lutar por nós mesmos e por aquilo que sempre sonhamos ser/ter.
Acho que sou, ou pelo menos fui, uma pessoa bem criativa. Tentei fugir dos padrões e não escrever de amor, mas na maioria das vezes eu não consegui porque foi mais forte e não pude controlar meus dedos - nem a mente e o coração. Tentei falar de política, de filosofia, de anjo, fazer piadinha, contar histórias medievais.. E o que, afinal, deu certo? nada? tudo? um pouco? Não sei, não há como saber porque no fundo mesmo a gente só sabe das coisas quando elas acabam e posso levar como for, aos socos, aos trancos, mas sou incapaz de deixar meu blog porque aqui está uma parte da minha história que eu mesma escrevi. Teorias Dinâmicas é uma obra realmente minha, uma coisa da qual eu me orgulho de ter. Quando quero saber de mim, como estou, venho pra cá. Quando quero saber o que eu acho sobre qualquer coisa, também venho pra cá. Entende agora porque eu não posso parar de escrever? Porque se um dia parar, não saberei nem mais quem sou.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Nunca desista daquilo que você acha que é certo.
PS: domingo fará TRÊS ANOS do dia que criei o blog e escrevi aqui meu primeiro texto. É motivo de festa pois três anos é muito tempo e, logo, muitos textos que foram escritos e que serão escritos!!
domingo, 6 de novembro de 2011
Acha besteira? Imagina se o Paul McCartney tivesse preguiça de tocar e virasse bancário? Ou se o Stevie Wonder ficasse vivendo de pensão.
Cada vez mais claro que a gente fabrica a realidade que a gente quer através do pensamento.
Lucas Silveira
terça-feira, 1 de novembro de 2011
A história da Jane.
Márcio, que já era jovem há algum tempo, era garoto loiro de olhos verdade. Sua aparência séria escondia sua personalidade doce e terna; era um verdadeiro romântico. Tinha a amizade de Jane desde sempre, uma vez que seus pais se conheciam. Era, para ambos, uma amizade completamente diferente das poucas outras que tinham, pois sabiam que a qualquer momento poderiam deixar a realidade e embarcar no mundo mágico da poesia.
Nem preciso dizer que a amizade se transformou em amor.
(...)
Me poupo dos comentários sobre amor, pois falar de Jane e Márcio não é simplesmente falar em amor, é falar em poesias. Estas que, como sabemos, são mais complexas e possuem mais significados do que possamos imaginar. Não era a história do Tomás e da Marília que apesar de palavras belas acabou em exilo. Era Márcio e Jane, completamente fora do normal e do comum.
(...)
Até que, envolvidos em tantas histórias, a menina dos sonhos é presa em um desses contos de terror e mistério, que a gente sabe que no fundo não é real, mas apesar disso acreditamos em qualquer monstro que o autor coloca para nos enganar. E como ficou-se sabendo mais tarde, Jane trocou as poesias árcades e românticas de Márcio pelas histórias de terror de outro livro. A garota numa mais apareceu; ficou presa em sua própria fantasia. O rapaz hoje conta histórias de amor épico para jovens, pois acredita que ao fazer isso evitará que outras meninas morram em suas própria fantasia. Foi a forma mais sublime e poética que Márcio encontrou para ter sempre a presença de Jane em sua vida.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Tem metáfora, mas me parece bem real.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Sobre anjos.
Hoje, prestes a completar 16 anos, rezo para o meu anjo todos os dias antes de dormir, só que ao contrário de anos atrás hoje sei que os anjos realmente existem. Foi com o passar do tempo e com a experiência de ter Deus na minha vida que passei a acreditar que anjos não são fantasmas ou espírito que a gente não vê e sim que são pessoas reais que estão a nossa volta nos protegendo de verdade. Acredito muito nisso. Deus escolhe as pessoas certas, na hora certa e no lugar certo; são nossos anjos, não tem outra explicação.
Já parou para pensar em quantas vezes você esteve prestes a tomar decisões equivocadas e na última hora mudou tudo e deu certo? Ou em quantas vezes você poderia ter se arrebentado ao cair da bicicleta e tudo não passou de um arranhão? Pois é, isso foi o seu anjo te protegendo. Se você ainda não estiver acreditando em mim que os anjos existem e são reais, pense em quantas vezes você se sentiu triste e abatido e alguém te fez sorrir. Foi o seu anjo também.
Deus faz as coisas tão certas que coloca na nossa vida pessoas que nos protegem o tempo todo de coisas ruins. São pessoas que por mais que você desconfie que não, são anjos na forma mais sublime. São os anjos que querem o nosso bem, que nos amam e que conseguem tirar sorrisos da gente mesmo quando tudo parece perdido. Eles nos salvam de nós mesmos!
Então qual é o motivo para não querer ter um anjo ou ser o anjo da vida de alguém?
Só precisamos admitir que para conseguir um, é preciso amolecer o coração e se dar uma chance viver plenamente, porque se não lutamos para merecer o amor de um anjo, nunca o teremos.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
1-escrever faz bem
2-acreditar em anjos também faz bem
3-ir bem na escola também faz bem
4-acreditar em amor também faz bem
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Depois dos 15.
É um brilho no olhar da gente diferente, meio tímido, sapeca e desbravador; aquele de quem quer olhar cada pedacinho à sua volta e registrar cada detalhe, pra nunca esquecer. A gente se sente amada por tanta gente e vê todo mundo ali, encorajando e rindo junto. A roupa é perfeita, o cabelo e a maquiagem então estão impecáveis. Não há salto alto que atrapalhe!
Sonhar é isso: passar uma vida inteira querendo alguma coisa, lutar e brigar muito por isso e no final a gente consegue. E quando o relógio dá as doze badaladas, dá pra saber que chegou a hora. É mais que dançar uma música bonita com vestido de princesa; é se sentir criança e jovem ao mesmo tempo, afinal, quem nunca, mesmo depois dos 15, deixou de chorar com uma lembrança da infância? E neste dia, o conto de fadas acontece da forma mais sublime. É o seu dia, garota!
Esse dia é o marco da sua vida em antes e depois. Nunca mais será como antes, porque agora você tem 15 anos. Agora você vai começar a viver de verdade, vai conhecer o bem, o mal e o amor. E vai ver que alguns sonhos vão ficando para traz para chegar a realidade cruel.
Não é mistério, é magia. E como toda boa magia, o encanto passa. Depois de algum tempo, depois de tantos sofrimentos, a gente é até capaz de esquecer que um dia teve a melhor noite da sua vida e que foi justamente neste dia que você foi capaz de ser feliz. Isso está errado. Esquecer a felicidade é o ponto crucial do suicídio e da tristeza.
Depois dos 15 é que a gente começa a viver de verdade, encarar a realidade e ver que a noite de conto de fadas nunca mais se repetirá. Por mais que doa, nós todos sabemos que isso é verdade. Por mais que a felicidade seja meu maior desejo, é difícil te-la quando temos que caminhar com as próprias pernas.
Preciso me escorar em alguma coisa, ou melhor, em alguém. Não dá pra enfrentar uma caminhada tão árdua essa sem ajuda e companhia. É insuportável a dor de se sentir sozinho.
Depois dos 15 a gente também descobre que é a carente, pegajosa, idiota e boba. Exatamente as coisas que achou que nunca ia ser. Agora é. A descoberta dessa nova vida de poesias também pode ser atrativa, mas nunca se descuidando que na via real as poesias, por seu caráter sonhador, podem ser perigosas e nos enganar.
Por mais que reclame, tenho amigos. Por mais que fique brava às vezes, tenho o meu bobo comigo. Quando olho para traz e analiso cada sonho, cada promessa e cada sentido por detrás das metáforas dos 15 anos, sinto que estou no caminho certo, que busco meus objetivos bravamente, que por mais que reclame sei que meus amores nunca me deixarão sozinha e sei que, quem sabe daqui a mais 15 anos, eu ainda esteja aqui para contar como tudo aconteceu na minha vida e sobre como eu realizei todos os meus sonhos da melhor noite e da melhor idade da minha vida.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
1- faço 16 mês que vem e já estou com dificuldades para me separar dos 15
2-tô mais animada com escrever no blog
3-estou indo bem na escola
4-continuo sendo a mesma idiota
5-só que agora estou mais completa s2
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Não sei lidar.
Eu sei que vai doer em mim. Alguns amigos apenas sumiram. São como estrelas, que quando morrem, deixam de brilhar e se apagam. Todo dia quando subo as escadas do meu Ensino Médio me sinto a pessoa mais solitária do mundo. Eu tenho certeza que depois de três anos passa. Eu sei que é difícil, só não esperava que seria tão cruel assim. Eu sei e sou a primeira a dizer que temos que lutar muito por nossos sonhos e objetivos, mas meus sonho de USP tá sendo caro, cruel e masoquista. E isso amarra o cérebro mais que qualquer equação trigonométrica; é cansativo, doloroso.
Tem dias na vida que tudo dá errado. Não falo de quando a gente muda os planos ou as idéias, mas sim quando tudo já está fudido mesmo e não tem como se salvar. Parece que é hoje. Também não digo que é aqueles dias que dá vontade de chorar, porque já não choro mais. É meio que uma sensação de ser a pessoa mais errada do mundo, de não conseguir fazer nada certo. E doí demais.
Quando eu penso que nada mais me surpreende e que já superei, levo outro tombo feio da vida.
Não sei mais escrever
Não sei lidar com a vida
Só sei amolecer o coração de um jeito:
Do seu jeito
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Também não sei esperar o tempo passar e melhorar coisas. Sou muito afobada, Deus!
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Sobre os anjos
terça-feira, 5 de julho de 2011
É chegada a hora da redenção.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Coisa de louco.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Porque não é para entender e ponto final
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Às vezes dá preguiça de escrever
terça-feira, 19 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Antologia
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Os mistérios de 1º de abril.
terça-feira, 22 de março de 2011
Sobre as diferenças entre escrita e ação.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Backup
Tenho há três anos um computador surrado, dotado de um esturricado HD de 80gb. Ao longo desse tempo, fui baixando discos, criando músicas, fazendo inúmeras coisas até que o espaço acabou, me obrigando a fazer um backup. Por “backup” entenda-se salvar em outro lugar os arquivos que a gente não precisa mais, mas não tem coragem de deletar pra sempre. E foi aí que percebi: eu nunca fui um cara daqueles que fica pensando durante horas o que escrever. É muito mais a minha cara sentar a mão nas teclas de forma afobada e desordenada, no melhor estilo Chico Xavier. Quem acompanha meu empoeirado blog sabe muito bem disso. Eu gosto de escrever sem pensar, para refletir depois, quando já estiver publicado. Já cansei de vasculhar os arquivos antigos e, por meio dos meus textos, revisar cada segundo de um passado que eu poderia ter esquecido. Minha mente se preocupa com cada vez mais coisas, e eu preciso de um backup. Por isso vejo na escrita a solução. Ela é meu backup. É como se eu tirasse da cabeça um momento, uma história, assim abrindo espaço para muitos outros momentos, mais intensos e melhores do que os antigos. E, se minhas sinapses falharem algum dia, lá estarão meus relatos para refrescar minha memória. Portando, se algum dia você perceber que sua cabeça está cheia de histórias, dilemas, problemas a serem resolvidos, talvez seja a hora de você fazer o seu backup, ou melhor, escrever um pouco, para descarregar um pouco disso tudo. E se for uma história triste, sempre teremos a opção de mandar tudo pra lixeira.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
quarta-feira, 16 de março de 2011
Com a flecha incrustada no peito
sexta-feira, 11 de março de 2011
Disparo
domingo, 6 de março de 2011
Novos tempos. Muitas histórias.
terça-feira, 1 de março de 2011
Mas onde está o que eu quero dizer?
O sonho é mais completo que a realidade, esta me afoga na inconsciência. O que importa afinal: viver ou saber que se está vivendo? - Palavras muito puras, gotas de cristal. Sinto a forma brilhante e úmida debatendo-se dentro de mim. Mas onde está o que eu quero dizer, onde está o que eu devo dizer? Inspirai-me, eu tenho quase tudo: eu tenho o contorno à espera da essência; é isso? - O que deve fazer alguém que não sabe o que fazer de si? Utilizar-se como corpo e alma em proveito do corpo e da alma? Ou transformar sua força em força alheia? Ou esperar que de si mesma nasça, como uma consequência, a solução? Nada ainda posso dizer dentro da forma. Tudo o que possuo está muito fundo dentro de mim. Um dia depois de falar enfim, ainda terei do que viver? Ou tudo o que eu falasse estaria aquém e além da vida?
E um dia virá, sim, um dia virá em mim a capacidade tão vermelha e afirmativa quanto clara e suave, um dia o que eu fizer será cegamente seguramente inconscientemente, pisando em mim, na minha verdade, tão integralmente lançada no que fizer que seria incapaz de falar, sobretudo um dia virá em que todo o meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há de temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas água pura submergindo a dúvida, a consciência, eu serei forte como a alma de uma animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade não o passado corroendo o futuro! O que eu disser soará fatal e inteiro! Não haverá nenhum espaço dentro de mim para eu saber que existe o tempo, os homens, as dimensões, não haverá nenhum espaço dentro de mim para notar sequer que estarei criando instante por instante, não instante por instante: sempre fundido, porque estão viverei, só então viverei maior do que na infância, serei brutal e malfeita como uma pedra, serei leve e vaga como o que se sente e não se entende, me ultrapassarei e ondas, ah, Deus, e que tudo venha e caia sobre mim, até a incompreensão de mim mesma em certos momentos brancos porque basta me cumprir e então nada impedirá meu caminho até a morte-sem-medo, de qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo.
Clarice Lispector
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Os testes que a vida nos impõe e suas consequências emocionais
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Analisando o universo sob a mente humana
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
A finitude das coisas
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Você também já se sentiu assim?
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
A exatidão de nossas escolhas
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Relatos de uma viagem praiana: Bertioga PARTE II
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Relatos de uma viagem praiana: Bertioga. PARTE I
Estou de volta.
Que felicidade estar de volta.
A alegria daqueles que ficam é a volta.
Muitas coisas acontecem em uma semana. A saudade aumenta junto com o tédio. Pouco muda. Só a gente que muda. Muda o pensamento, a cor do cabelo e da pele. E quando voltamos, descobrimos que nossas coisas estão intactas tal como deixamos-nas. A mesma colcha na cama, a mesma bagunça no guarda-roupa e o mesmo computador imundo. E nós? Como será que estamos?
Com uma confusão daquelas na cabeça.
É o alívio de se estar sã e salva em casa. É a certeza de que nenhuma catástrofe aconteceu na sua ausência. É por as suas coisas no lugar, de novo. É voltar para a sua própria vida.
Deixamos para trás uma semana de excessiva tranqüilidade. É o calor, o vento e o sal da água. É o crepúsculo praiano, onde sua beleza é acentudade demais. Larga-se na memória as coisas bonitas que vimos, os problemas e os desapontamentos. Haverá aquela saudade doentia de querer mover céus e terras para voltar?
Quando viajamos para terras desconhecidas, navegamos por uma estrada escura. Não temos certeza sobre o que encontraremos. Incertezas é tudo o que tínhamos. É bom que respiremos novos ares de vez em quando. É bom que paremos para pensar em nossa vida por alguns momentos. É bom fazer as férias valerem à pena, de alguma maneira.
Sigo querendo viajar pelo desonhecido. Maior ainda é a vontade de voltar à vida de rio-pardense.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
“O tempo passa. [...] Até pra mim” Bella Swan em Lua Nova.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Pronta para viajar. De novo.
Mas não tem eufemismo que me tire o que tá escrito na minha testa. Eu quero mesmo é ver, na imagem difusa do horizonte que passa rápido diante dos meus olhos, algo que se assemelhe uma saída. Uma abertura que pareça uma porta, um caminho que aparente ser o certo. Parto dentro de algumas horas em viagem rumo ao Litoral Sul de São Paulo, mas não como um pássaro, que de longe tudo vê, mas nada pode fazer. Vou pelo chão, pra ver a vida de perto, pra ver o céu que me cobre os ombros de azul.
Esse é o consolo dos amigos
Saudade é o termo de quem se apega. Buscamos pelo que é palpável, real.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Arquivos
domingo, 9 de janeiro de 2011
Espelho
O que é que o teu reflexo diz?
O que seu espelho mostra pra você, quando você está de frente pra ele? O que é que você diz de você mesmo, do que você faz, do que você fez, do que você pensa? Seria possível tamanho distanciamento de si mesmo, a ponto de tecermos uma auto-avaliação que não seja contaminada pela nossa vaidade?
O que tenho descoberto é que, a cada dia que passa, nós, que acreditamos em nós mesmos, vemos no reflexo algo cada vez mais parecido com o que sonhamos. Que fique claro que não me refiro, aqui, à imagem física, às aparências e às enganosas armadilhas que essas nos colocam pelo caminho. Eu falo de sonhos, e de objetivos, que nada mais são do que sonhos dos quais a gente realmente está correndo atrás. Eu falo de missões que a gente dá a si mesmo. Estamos cumprindo? Estamos, ao menos, tentando cumprí-las? Será que a gente sabe qual é a nossa missão aqui?
O espelho pode nos dizer isso melhor do que ninguém. Estou cansado de gente que não consegue olhar nos olhos, pura e simplesmente por não saber que é atrás dos olhos que se encontra a nossa alma, nosso verdadeiro ser. Essas pessoas não conseguem nem olhar nos seus próprios olhos, pois sabem que vão ver o que não querem, mas sabem o que é. Sabem que estão em débito para consigo mesmos, e não se demonstram interessados em saldar essas dívidas.
Falando assim, posso parecer feito de certezas, quando, na verdade, não passo de um humano cheio de dúvidas. Mas são essas dúvidas que me guiam atrás de respostas. E o que eu digo aqui, eu aprendi durante essas buscas infindáveis. Quantas vezes acabei encontrando uma pergunta ainda mais inquietante, quando tudo o que eu queria era uma resposta curta e certeira. Não há. Nunca houve. Algumas delas o espelho me conta, quanto a outras, me dá somente dicas confusas. E tem também aquelas que são tão complicadas que eu nem sei por onde começar a perguntar. E é por não ter respostas para tudo que eu acabo escrevendo pra mim mesmo essas perguntas. Um dia eu vou saber responder. E vou escrever na minha alma, para que todos leiam por detrás dos meus olhos.
Lucas Silveira