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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Não arde. Não dói. Já esqueci de lembrar. Já voltou a bater.

Há dores e feridas que às vezes afrouxam, dando-nos mais liberdade de agir. Ou, simplesmente, acreditamos que estão curadas o suficiente para tentar machucá-las de novo. É engraçada a situação e o sentimento de estar em perigo. O ato de viver, por si só, já é estar em apuros.
A cura. É como se nunca houvesse uma ferida ali. Dói. Massacra. Esmaga por dentro. Queima os miolos. Mas passa. A cura é gradual e lenta, para que não sejamos orgulhos demais para achar que já podemos nos machucar de novo.

Por vezes, precisamos estar conscientes dessa dor, lembrar.

Nenhuma ferida é para sempre.

Há momentos em que a adrenalina do perigo fala mais alto do que a razão. A endorfina, substância produzida pelo cérebro em resposta à adrenalina, aumenta o bem estar e diminui o estresse. Portanto, a sensação de perigo, cientificamente, nos faz bem. Contudo, sejamos razoáveis: há extremos entre o bem estar e o risco.
Ao longo da vida, conhecemos novas pessoas, amores e ídolos. Amamos, nos enganamos e nos machucamos. As feridas e cicatrizes estão aí, à todo vapor. Querer curá-las já é meio caminho andado. Não adianta ficarmos trancafiados em nossos próprios pensamentos; o coração precisa bater normalmente. Que o início do novo ano traga boas vibrações, menos feridas e muitas, muitas histórias para contarmos.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
eu já senti a mesma dor / e amaldiçoei o meu amor / quando eu fiquei sem nada foi quando eu percebi / que eu preciso, você também / todo mundo precisa de alguém

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