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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas

Tinha começado a escrever uma história fictícia linda, que contaria metaforicamente toda a nossa história, mas, o blogger não salvou na íntegra. Queria que pelas palavras bonitas e pela complexidade de se interpretar uma comparação metafórica o texto se tornasse lindo. Mas, depois de ter ficado quase uma semana inteira xingando os criadores do blog, resolvi voltar e escrever, de uma forma ou de outra, o que eu queria de fato.
Não sei se um dia vou ter coragem de te mostrar esse texto, porque morro de vergonha de que você não goste ou ache melodramático demais. Queria mais é dar uma satisfação a mim mesma, de poder ter o registro do que eu senti ao longo desse tempo e de como me sinto agora. Juro que vou tentar não fazer muito drama e que vou ser sincera acima de tudo.
Bom, conheci o Pedro há uns dois anos, quando a gente estava fazendo as catequeses para entrar no Caminho. Sempre escutamos muito a Maria Luiza falando dos filhos, até que um dia ela levou o caçula na Igreja também. Acho que aquele era um dos dias que o Pedro teve vontade de "matar" a mãe dele, porque dava pra ver nitidamente que ele estava morrendo de vergonha. Daí o tempo foi passado e exporadicamente o tal do filho da Maria Luiza aparecia no meio de nós: sempre quieto e tímido. É sério, o Pedro não dizia nada além de "oi"e tão pouco parecia disposto à uma conversa. Era tão .... estranho!
Um ano se passou desse jeito e eis que chegamos em Agosto de 2010 no aniversário de 15 anos da Ana Clara, uma amiga em comum. Era uma noite fria, estávamos em umas 10 meninas .... e o Pedro! Na verdade nem ele sabe porque foi. Não levou presente, se perdeu pelo caminho e deixou de ir encontrar a atual namorada. Achei que até estava rolando um clima de romance ali, entre o Pedro e a Ana, mas era, como sempre, zoação.
Aí, estamos em Novembro de 2010. É o tão esperado final de semana da peregrinação. E o Pedro estava lá com a Maria Luiza, talvez porque ela tenha dito que viriam muitas meninas bonitas de São Carlos pra cá ou talvez porque ele não tinha nada melhor pra fazer, mas eu ainda prefiro a primeira hipótese. Provavelmente foi outro dia que ele se sentiu deslocado e eu morrendo de rir de ver apenas o Pedro parado em pé no meio da Igreja enquanto todo mundo estava dançando.
Na semana do meu aniversário, aliás, no dia do meu aniversário de 15 anos o Pepê vem me puxar assunto comigo, assim: do nada. Por quê? Destino? Não, porque ele queria ir na minha festa de 15 anos HASUAHSASHAUSAHSUAHSAUSHAUS. Brincadeiras e piadas à parte, poucas vezes me diverti tanto como naquele dia. Eu estava muito tensa, com medo de tudo dar errado, de cair do salto, de tropeçar no vestido, do Jonas não ir dançar valsa comigo, de ninguém aparecer na festa, do meu vestido não entrar, do meu cabelo não ficar bom, naquela paranóia! E apareceu o Pedro na minha vida, pra me dizer que tudo ia dar certo e que ia ser maravilhoso. No fundo, eu também acreditava nisso, mas precisava muito que alguém me escutasse e me dissesse aquilo naquela hora. Foi assim que nasceu nossa amizade.
O tempo foi passado e a gente morrendo de rir com as nossas piadas toscas. Duas semanas depois, fomos a um churrasco e nem preciso dizer o quanto aquele dia foi legal! Foi a presença, a conversa descontraída, os conselhos, as piadas e a sua lealdade que me cativou.
Quando tudo esteve prestes a desmoronar, você estava lá, para que eu não caisse na besteira de achar que tudo estava perdido porque enquanto houver uma chance de sobreviver temos que estar firme e forte.
Agora, meu amigo se mudou pra faculdade. Fico muito feliz por você, Pedro, sei o quanto você desejou por isso e o quanto estudou. Me alegro em saber que você foi fazer o que gosta e que provavelmente vai ficar bem. Mas, eu já sinto muito a sua falta. Obrigada por tudo que você fez por mim, por não ter me deixado desanimar (e nem chorar!), por ter me contado todas aquelas piadas que no começo eram muito irritantes (!) e por ter me feito entender que a minha vida é muito maior do que aquele jogador do time de futebol. Você foi um amigo e tanto, como eu nunca tive. Foi muito bom ter te conhecido, torço pelo seu sucesso pessoal, profissional e amoroso. E só te peço que não se esqueça de mim - nem por um segundo - e eu estarei aqui, para o que você precisar.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
"Se alguém ama uma flor da qual só exista um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-lo feliz quando as comtempla. Ele pensa "Minha flor está lá, em algum lugar..." Mas se o carneiro come a flor, é, para ele, como se todas as estrelas se repentinamente se apagassem! E isto não tem importância?"
O Pequeno Príncipe

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os testes que a vida nos impõe e suas consequências emocionais

Hoje quem fala é ela. E quer dizer verdadeiramente tudo o que quer até o final deste texto. Insiste nisso pois precisa de um desabafo contínuo para o bem de sua sanidade mental. Necessito dizer tudo que fere meu coração com garras afiadas. É cheio de drama e de angústia. É entorpecido, cheio de temor. É o sonido ensurdecedor, estagnado em minha mente, tocando sem parar. É o cume de um morro em que a gente não pode se mover, porque ao menor movimento pode deslizar para um dos lados e o estrago da queda pode ser grande demais.
Sabe quando você acha que é o fim de tudo? Que está tudo acabado para sempre? É como agora. Levaram embora minhas coisas. Não foi roubo, eu os vi levando mas não soube como impedi-los. Eu vi de perto a dor e não tive forças de agir.
Quero ter certeza, as dúvidas me angustiam. Tenho medo de tudo, até de mim às vezes. Queria ter a mesma força emocional que tenho com as palavras para enfrentar as crises. Se não acabou, é porque ainda não chegou ao fim. Sei que a minha tragetória ainda será muito longa. Também entendo que não posso desanimar logo no início, mas está sendo mais difícil do que transparece em mim. Essa é a dor de quem está com medo de não saber; a dor de quem sempre soube e agora já não o sabe mais. É pelo conhecimento que vivemos, logo, temos que dar um jeito de aguentar a pressão. Irei sobreviver? É a coisa que mais quero e acredito: que não passa de drama e que tudo vai dar certo.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
"A vida nos testa, sim. O destino nos mostra do que somos capazes. E, sempre que a gente acha que é o fim, não é." Lucas Silveira
PS: tenho escrito menos porque a escola está me exaurindo e, se bobear, não está dando nem tempo para pensar direito. Mas continuo amando meu blog e fico triste quando não posso escrever aqui :)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Analisando o universo sob a mente humana

Tudo está contido nele. Tudo de mais belo. O céu, as estrelas, o Sol. Tudo que brilha e que habita aqui. Está inserido tudo aquilo que somos, de onde viemos e para onde iremos um dia. É preciso viajar em nossa própria mente. É uma viagem longa e distante do referencial. Quando, e sobretudo se chegarmos, pode ser que não encontremos todas as respostas que fomos buscar. Não se pode contar ou pesar o Universo. Ele é a própria imensidão.
Olhamos para o céu e temos uma pequena visão de todo esse infinito. Não acaba, nunca. É nosso.
Não há nenhum problema, crise ou decepção que não caiba em sua órbita. Há espaço para nós todos. Não houve disputa por espaços, nem guerras: todos sempre coexistiram. E nós? Estamos aqui, ocupando uma parte desprezível de todo esse espaço, e nos achamos tão bons para guerrear e acabar com tudo.
O céu iluminado é belo e comovente. Há uma história inteira ali, maior que nossa capacidade de conhecimento. É autosuficiente. Não é imutável e não precisa de nós, pelo contrário: nós é que precisamos dele!
Não há necessidade de pintar o céu de outra cor, nem acrescentar ou tirar estrelas. É assim que tem que ser. As filosofias são apenas pensamentos e a ciência não explica tudo. Têm coisa na vida da gente que não precisam ser explicadas. As teses não têm valor se não houver humanidade. O universo é feito de estrelas, galáxias e planetas, porém, nos somos a parte que realmente vive.
Nós não estamos perdidos aqui. Temos um próposito de vida; somos feitos de ambições. O céu azul não têm as respostas, elas estão na nossa mente. Somos uma pequena partícula em todo um azul iluminado. Somos do tamanho de nossos sonhos e podemos chegar tão longe quanto pretendermos. Precisamos, apenas, abrir nossa mente aos sonhos, sem ter medo do que poderá vir e mergulhar fundo nessa aventura. Enquanto acreditarmos que isso basta, bastará. E por enquanto, isso basta para mim.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Não desista de você mesmo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A finitude das coisas

Sempre acaba. Achamos que seremos imortais, que nunca vamos cair. Acreditamos tanto em nossos próprios princípios e teorias que por muitas vezes elas mesmas acabam nos derrotando. Somos reféns de nossos próprios medos. Há muitas falhas nas teorias; são apenas teses.
Sempre fomos acostumados que poderíamos ter o que quiséssemos e na hora que quiséssemos. Não é bem assim, no prático. Quando perdemos, o sentimento de derrota explode tão forte que é difícil encontrar forças pra superá-los.
A dor de saber que alguma coisa acabou um dia cessa. Aí fica o vazio. E esse vazio perturba. Enche de nada. Não ocupa a mente. Não alegra. Não dói. Fica estático e imutável.

Agora tudo mudou. Já não encontro mais as minhas coisas. Não tenho mais piadas. É estranho.
Me sinto como um coelho frágil fitando o nada, como se estivesse esperando alguma coisa chegar (e ele sabe que nunca chegará). O coelho permanece ali muito tempo. É paciente, ao contrário de mim. Não se desespera, não xinga e sempre acha que vai dar certo. É tão indefeso! Pobre coelhinho, mal sabe que a dimensão do mundo é muito maior que uma gramado verde.
Eu tenho urgência. Tenho medo de perder o trem. Não quero ir, mas é melhor que ficar aqui. Tenho medo de nunca mais voltar. Eu sei que em algum momento esse sofrimento deve acabar. Já cansei de viver assim.

Quero voltar para o meu mundo. Não quero viver de novo, somente continuar de onde parei.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Você também já se sentiu assim?

Você já se sentiu como um saco plástico flutuando pelo vento querendo começar de novo?
Você já se sentiu como um papel bem fino em um castelo de cartas, a um sopro de desmoronar?
Você já sentiu como se estivesse enterrado ao fundo gritando sob seis palmos mas ninguém parece ouvir nada?
Você sabe que ainda existe uma chance para você? Porque há uma faísca em você que só precisa ser acesa e deixá-la brilhar.
Você não tem que se sentir como um desperdício de espaço. Você é original, não pode ser substituído.
Se você soubesse o que o futuro guarda! Depois de um furacão vem um arco-íris.
Talvez a razão pela qual todas as portas estejam fechadas é que você possa abrir uma que te leve para e estrada perfeita.
Como um relâmpago, seu coração vai brilhar. E quando a hora chegar, você saberá. Você só tem que acender a luz e deixá-la brilhar.
Firework - Katy Perry

A ordem da vez é não se deixar desaminar com a nova escola. Tá difícil me manter forte agora. E foi justamente por esse motivo que copiei Firework na capa da apostila, para que todas vezes que eu lesse me lembrasse que ainda não é o fim do caminho.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A exatidão de nossas escolhas

Nós só temos a exata dimensão das coisas quando estamos vivendo-as. Não há como saber antecipadamente; é só mais uma passagem de ida. A viagem demorará o tempo suficiente que demora para todo mundo. Mas para mim, é claro, tinha que ter uma vírgula a mais. Minhas histórias sempre ganham parágrafos a mais e são justamente esses que não quero contar. Tenho vergonha de falar. A vergonha não é do medo, é de minha própria fraqueza.
O tempo de check-in passou tão rápido que sequer senti o atraso do vôo. Há tantas coisas ocupando minha mente. Ando vagando em lugares gélidos, escuros e vazios. Minhas escapadas para o aconchego de minha mente têm me custado minha própria salvação. Essa é a viagem que sempre faço: para dentro de mim. Sempre me senti tão segura em trocar explicações de matérias complicadas por meu autoentendimento; tinha certeza de que meus problemas se resolveriam em minha mente durante esse "sonhos", contudo, já não mais tenho tempo para tais devaneios. É uma correria que não me pertence em um lugar que não é meu. Tá tudo errado.
Agora, não será mais possível voltar para tudo que deixai por trás da porta de embarque. Essa viagem é muito grande. É maior do que eu posso suportar? Ou já suportei coisas piores? São desafios grandes demais para serem enfrentados do jeito que eu gosto de enfrentar. Preciso de uma nova estratégia. Não basta ser eu. Tem que ser maior e ultrapassar as barragens de concreto. Precisa vencer minha fraqueza sentimental e superar a parte que está faltando em mim. Nenhuma viagem ou sonho deverá ser maior que a concepção daquilo que você distingue por certo, errado ou importante para você.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Nada do que foi será do jeito que já foi um dia / tudo passa / tudo sempre passará