terça-feira, 28 de setembro de 2010
Ensandecido, ousado e prepotente.
domingo, 26 de setembro de 2010
Extremo.
sábado, 25 de setembro de 2010
Recordar é viver. Parabéns, Débora.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Algumas considerações.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Chuva de idéias.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Voltando. De novo.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Tenho escrito menos.
E vivido um pouco mais. A literatura de meus dias perdeu o caráter de microconto, por isso não mais os tantos posts. Virou romance que não mais se capitula em poucos parágrafos. Muitas vezes abandonei em branco o texto, pois olhava, míope, para dentro de mim e nada via senão o nebuloso vulto da ulceração que ainda gritava em vermelho. Precisava encontrar um caminho para a superfície, mas no fundo daquele poço encontrei um par de lentes.
O romance nos desafia a convicção, por vezes tira a paciência, e pode até nos subtrair alguns anos da vida, mas quando é que alguém, por um segundo que fosse, cogitou – a sério – viver sem ele? Nossas aspirações vão, cada vez mais, aproximando-se da realidade; a gente passa a prometer menos, mentir menos, e chega até a achar que, dessa vez, erraremos menos, por julgarmos saber onde escondem-se todas as bombas desse campo minado. Nem preciso lembrar que a única certeza no romance é a de se estar eternamente em apuros, saracoteando as pernas para não se deixar afundar totalmente no obscuro e indecifrável oceano que é a vida daquela pessoa com a qual estamos de mãos dadas.
Em apuros pois é perigoso. É perigoso porque a gente arrisca. E a gente arrisca porque quer. Ninguém nos obriga a viver o amor, mas a gente ama vivê-lo. Ninguém nos obriga a sentir as mesmas dores de novo, mas a gente se quebra em mil pedaços para sentir o prazer na cura. A gente acha que pode viver sem, mas as palavras soluçadas no fim de uma noite ébria evidenciam o que, para todos ao nosso redor, já era óbvio: estamos fodidos.
Em apuros não estou só eu, estamos todos nós, meus caros. Romance é o que se persegue pelas esquinas, que foge à luz dos postes, e ele está bem. Em perigo estamos nós, nesse apuro que reside na nossa urgência em vivê-lo. Vivê-lo, mesmo que torto, inacabado, ferido, precipitado, errado, proibido, ou impossível. Vivê-lo de verdade, com intensidade e sem escudos. Como deve ser, e como inevitavelmente é, quando nosso coração nos dá aquela única e inevitável rasteira que nos faz quicar no chão.
Viver o romance é estar em apuros.
Estou vivendo, e não quero ser salvo.
Por: Lucas Silveira, o gênio.
Não me cansei do blog, só estou sem tempo. Muitas provas, lições de casa, trabalhos e Olimpíada de História na reta final dessa 8ª série.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
O alcoolismo e a adolescência.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
As coisas
Existem coisas de se ter. Outras pra comprar. Outras pra pegar emprestado, às vezes. Umas a gente joga fora, outras a gente finge que não tem. Tem até gente que rouba coisas. Tem coisas que são perenes, que serão sempre iguais. Outras são frágeis como o cristal, ou como o papel. A gente pode ter um monte de coisas, mas sempre estamos atrás de algo pra comprar. Solenemente ignoramos as
pessoas cujas coisas podemos pegar emprestado, às vezes. Aí essas coisas que a gente compra, a gente joga fora, ou o tempo se encarrega de transformá-las em coisas que a gente tem vergonha de ter. Jogamos fora.
Tenho feito uma coleção de coisas. Uma prateleira linda, pairando sobre a minha cabeça. Sentado na cama, com o computador no colo, me contorço e olho pra cima. Lá estão. As coisas. Pela janela entra um vento forte, pra lembrar da chuva que caiu pela tarde, quando eu ainda estava a mil quilômetros daqui. Sorrio. Com dentes e tudo, só de lembrar de todas essas coisas. Quem me conhece sabe o quão difícil é me fazer mostrá-los. Meus lábios são o músculo mais forte que eu tenho. Só pode ser. São como pesadas cortinas de um grande teatro.
Meus atores são muito envergonhados.
Se não fosse meu medo de altura, eu caminharia até a ponta da tua prateleira pra te ver dormir.
O computador suga minha convicção até a última gota. Dormirei.
Ser imaginário. Meio que uma combinação de todas as coisas.
Lucas Silveira, sempre com a razão.