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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ensandecido, ousado e prepotente.

Escuto e ajo com a solenidade que o momento implica. Meu coração reprime lágrimas que se atrevem a encharcar-me os olhos. Lágrimas de vitória, escondendo as da derrota, em um ato de heroísmo oculto, elevando-me à status de grande poderio, pelo menos para mim. Aumento às coisas dessa forma por acreditar piamente em meus sentimentos. Tenho controvérsias notáveis quanto à isso, mas não vem ao caso agora.
Aventuro-me em novos amores toda vez que o último desanda, sendo assim uma forma de esquecer de quão cego ficamos à essas aventuras amorosas. Só o próprio sentimento em si enche e estufa meu peito, lembrando-me que as artérias de meu sistema cardiovascular aceleram a medida que o sentimento se torna mais visível, entregando qualquer possibilidade de mantê-lo oculto. Só o furor causado já me faz arriscar. Entendo como ousadia muito mais que usar esmaltes e maquiagens diferentes. Ora, que nome se dá, então, àqueles que amam o proibido? Eu chamaria-os de ousados e em alguns casos, loucos.
Deixo um pouco de lado o orgulho impregnado à alma, como forma rendição total. Ergo meus braços, mais que em qualquer grito de prepotente, mostrando que não tenho armas além de minhas palavras e sentimentos. No mundo moderno, não interessa com quantos versos Shakespeare constituiu seus poemas e nem como anda a política brasileira. Tudo o que se procura é o amor desenfreado, fácil e amável. Por não estar à venda no mercado consumidor, tantas pessoas, assim como eu, são levadas, diariamente, ao auto questionamento e à busca ensandecida. O melhor deste sentimento é ter alguém preenchendo o vazio que há na vida e a certeza que todo dia na saída vai ter alguém além do portão verde esperando-te com um belo sorriso no rosto, um violão e mais uma canção.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Não consigo escrever sobre outra coisa.

domingo, 26 de setembro de 2010

Extremo.

Necessito de me auto afirmar todo dia, me mostrar atrevida, corajosa, forte e ousada. Já tentei largar isso em meu passado, mas uma de minhas maiores marcas é a de ser totalmente diferente dos padrões. Daí, consequentemente, tudo que faço e digo aparece mais do que previ, positiva e negativamente. Tenho a necessidade de me provar única e inemitável; não consigo. Me frusto, a todo instante.
Tudo em minha vida atinge proporções exageradas e com teor dramático. O meio termo nunca me contentou por completo. Sempre consigo com que as coisas sejam extremamente positivas ou negativas.
Nunca amei demais, sempre dou um jeito de estragar. Não posso simplismente gostar de alguém que também gosta de mim, não posso simplismente ficar feliz por um tempo e sossegar, quero mais, e mais, e mais...
O que eu quero? A, mas querer eu quero várias coisas. Não, na verdade eu quero mesmo é ter dezoito, passar no vestibular e me mudar pra Pelotas. Quero sumir por uns tempos. Quero pegar aquela estrada e esquecer que quem eu realmente amo - e não me ama - está aqui, em São José. Se eu não quebrar a cara em quatro partes no poste da esquina toda vez, não vai ser completo. Queria resolver tudo com mágica e fazer tudo do meu jeito. Mas o meu jeito, é sempre o mais complicado.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Tô meio depressiva hoje, não sei porquê.

sábado, 25 de setembro de 2010

Recordar é viver. Parabéns, Débora.

Eu não faço a menor idéia do que eu vou fazer o ano que vem. E, consequentemente, também não sei se continuarei junto com você na mesma escola. Passei 11 anos juntos com você e posso dizer, com toda a certeza, que eles foram muito importantes em minha vida. Olha, mas aconteceram cada coisa com a gente, que prefiro nem comentar, hahaha. É Dalbon, até virar macumbeira a gente virou, quem diria ein! Sem contar aquela vez que a gente ia trabalhar com as baleias do Greenpeace, e de quando a gente inventou 5 maneiras absurdas de imitar o Michael Jackson durante o filme de metáforas da dona Marilda, e daquelas infinitas vezes que a gente traçava linhas intermináveis de raciocínio não-lógico para ver quem era mais bonito, deuso , divo e tudo o mais: o Conrado ou o Tavares, e de quando na quinta série a gente inventou que ia ter uma banda de rock que se chamaria XNDOIS (porque já tinha o Nx Zero 1 e a gente ia ser o 2), e de todas as vezes que a gente se aproveitou para dar uma zoada disfarçada nas aulas de arte e ficamos confabulando coisas que poderiam cair ou não no vestibular (o suporte da arte), e daquela vez que a gente chegou à brilhante conclusão que no Nordeste os cavalos que morrem continuam em pé, por que sabe com é né, não tem jeito de deitar porque é tudo seco lá e eu nem ia mencionar todos os despachos, vudus e macumbas que FUNCIONARAM DE VERDADE porque isso é uma parte meio sombira e me dá um certo medo, mas daí né...
E tem também todos os lugares macabros, assuntadores e legais que a gente foi, tenho certeza que por toda a minha vida nunca me esquecerei dos 10 minutos em que passamos eu você e mais uns 10 loucos no INTERIOR DA KATACUMB DO HOPI HARI e que as múmicas ficavam tarsiando a gente e o faraó queria me levar pro túmulo, olha sinceramente, naquele dia eu posso dizer que VIMOS A MORTE DE PERTO. Parece engraçado, e realmente é, mas eu nunca passei tanto medo na vida, nem nunca gritei tanto com múmias que eu sabiam que não iam me atacar mas parecia que iam, e eu não sei como continuei viva e não morri de susto ou infarte ou com uma facada de uma daquelas múmias do mal.
e tem também toda a parte que a gente conseguiu se perder no Hopi Hari, e achou que ia ficar para sempre rodando na roda gigante e ficava gritando, lá de cima, pro cara descer a gente. E com esquecer do dia 3/09 em que a gente foi na EPTV!!!! e quis trazer o Juliano Matos pra São José, porque ele é muito fofo e daí a gente quase ARMOU O ACAMPAMENTO pelos lados da C&A no Iguatemi né e fez AMIZADE com o motorista da van (acho que essa parte foi eu né, que já queria que o carinha arrumasse uma vaga na faculdade pra mim lá tipo aquele dia, mas ou, ele é muito legal, hahaha)
Também podemos citar os assédios mútuos, postes e piadas que fizeram de nossas horas escolares bem melhor. A propósito, todo mundo achou, principalmente a senhora, que com a separação das classes na escola o fim do mundo seria em 2010 e não em 2012. Apesar de tudo que essas 8ªs passaram esse ano, de bom e de ruim, imagino como seriam nossas aulas de ensino religioso perto de você, e do Jonas, e do Zé, das gêmeas e da Ana , eu tenho certeza que seria bem mais engraçado e que vocês cairiam da cadeira toda vez que alguém RODASSE A BAIANA e essas coisas do tipo porque sabe como é, apesar de ser sério, eu não consigo ser séria perto de vocês (ver: EPISÓDIOS DO EUCALIPTICISMO).
Mesmo não querendo ser pessimista, sentirei imensas saudades da minha turma, mesmo vocês me zuando toda hora e pensando coisas sombrias à meu respeito (ver: episódios do eucalipticismo)e tudo o mais né. A gente se acostumou tanto com o jeito uma da outra que toda vez que alguma coisa esquisita acontece (ver: amigos com olhares suspeitos) é só eu olhar pra você que eu começo a rir, tipo uma transfiguração de pensamentos. Tenho certeza de que como amiga falhei diversas vezes, que eu sou uma chata, petulante e fico implicando com tudo o tempo todo. E, incrivelmente, consigo arrumar uma cota gigantesca de opositores, mas daí eu tenho a Débora Dalbon, que nunca me abandonou, mesmo que eu tivesse 4 ou 14, na escola ou na rua, concordando ou discordando das coisas que fiz e falei. Sei que te magoei muitas fazer e sinceramente te peço desculpas porque você sabe como é né, eu faço tudo por impulso e não hora eu não penso no que falo.
Me orgulho de dizer que você é uma de minhas melhores amigas, mesmo que você goste do Restart e vire colorida (a mas não vai fazer isso não tá, isso é VERY, VERY, BAD). Mesmo que um dia eu case com o Tavares e vá morar em Pelotas ou sei lá na onde, levarei comigo todas as nossas fotos e histórias engraçadas para na FILA DO PURGATÓRIO EM 2012 poder contar pra todo mundo as coisas que fiz com meus amigos e apesar de ser uma coisa triste morrer e ficar no purgatório vou ter muitas histórias cômicas e trágicas e tensas para contar. Espero que você nunca se esqueça de mim, esteja eu onde e com quem estiver. Espero que você alcance todos os seus objetivos, seja muito feliz, vá a lugares menos sombrios que a Katacumb, que pare com essa mania sua de ser vidente e ficar fazendo contanto com os espíritos porque isso me dá medo (se algum nazista te disser que vai voltar pra me pegar e me matar numa câmara de gás por favor me diga que eu vou fugir deles tá)que encontre alguém que te ame muito porque você merece!
É, com todos esses depoimentos só queria te dizer que você é uma pessoa muito importante na minha vida e me ajudou a ser alguém melhor e que foi muito bom ter você esses anos todos na minha vida, seja rindo de mim, zuando no msn e no recreio, me ajudando, me dando concelhos e tudo o mais.
Obrigada por tudo, NOGUEIRA. te amo muito, Dalbon. Nois qui tá, Débora.
É isso. Beijos.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Ia por uma foto, mas o blogger não carregou-a.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Algumas considerações.

Estampa-se um sorriso em meu rosto toda vez que penso em coisas boas que aconteceram. Me é comum perder o sono à noite - mesmo que tenha acordado muito cedo - esquecer do que me soa sensato, olhar para o teto do meu quarto e analisar os fatos, repensar, tentar achar saídas que satisfaçam as duas partes. Viver um romance é estar constantemente em apuros, já diria Lucas Silveira.
Me surpreende o comodismo com que encaro os fatos, demonstrando mais uma vez total frieza, escondendo de mim, e dos outros, o que realmente se passa em meu interior. É muito mais fácil trocar linhas infindáveis de amores não correspondidos por estudos históricos da política brasileira. É incoerente. A gente realmente tem que levar a vida inteira para perceber que o que mais queríamos estava do nosso lado o tempo inteiro ? É aí que entra a parte que ninguém ama sozinho.

Eu preciso, você também, todo mundo precisa de alguém.

Me suga toda a paciência a futilidade do julgamento. Ninguém tem o direito, e nem deve, sair proclamando glórias nem injúrias, sem antes ter profundo conhecimento. A espécie humana não sabe conviver com o que lhe é imposto, digo por mim mesma. Não suporto a ideia de passar horas de minha semana analisando coisas que sei que não me serão úteis no futuro. O conhecimento imposto tanto dura como fogo em palha. É preciso ser forte o bastante e suportar, para assim no futuro poder usufruir de tudo que por muitos anos batalhei.
Há necessidade de ser livre. Mas por minha felicidade solitária, esqueço daquele amor predestinado, que tanto penso e escrevo. Ninguém serve a dois senhores. A ciência ainda não conhece fontes confiáveis de entendimento da mente alheia; ainda convivemos com a incerteza e o medo de dar o primeiro passo. Viver um romance de adolescente é algo arriscado. Mas por quais motivos procuro-o incessantemente, desejando com todas as forças que tenho, mesmo quando tudo parece perdido? Tenho tantas frases feitas, letras de músicas, poetas e teorias dinâmicas para explicar diversas coisas, mas mesmo dedicando horas dos meus dias para esse fim, ainda não consegui chegar à nenhuma conclusão verídica e considerável sobre o amor. Não sei dizer abertamente sobre isso. Não me agrada a ideia de viver mais tempo como um camaleão. O mais consistente a se dizer é que em termos de amor ninguém sabe mais ou menos. Seremos todos marinheiros de primeira viagem. Sempre.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Enfim, amemo-nos mais.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Chuva de idéias.

Estávamos nós, na beira da estrada, esperando algum sinal de vida humana para nos ajudar. Não que estivéssemos perdidos... Fomos fazer um comício político no meio de uma floresta, afinal todos votam. Mas já era tarde e tínhamos perdido o último ônibus e o jeito seria voltar à pé mesmo.
Caminhamos por uns vinte minutos carregando bandeiras, panfletos, placas e auto falantes. Instruídos pelos gentis moradores, voltaríamos por outro caminho, mas culto e mais civilizado. Encontramos um parque ainda aberto e como estávamos com fome, pedimos uma macarronada.
Depois de algumas voltas pelo parque, com direito à montanha russa e tudo o mais, retomamos a caminhada. Após mais trinta minutos, chegamos na cidade e para nossa surpresa a cidade estava inundada! A enchente pre-ci-sa-va passar, pois no dia seguinte seria minha formatura!
No meio dessa confusão de não saber o que fazer, um sinal vital: o despertador toca, pontualmente às 6 da manhã, indicando que eu precisava ir para a escola. Quando eu acendi a luz do meu quarto, encontrei uma bandeira, uns panfletos do partido, uma roupa molhada e um ingresso de um parque desconhecido. Então isso aconteceu de verdade? Não, ainda não, pois o comício seria hoje e o parque e a formatura também! Ai meu Deus, socorro!

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Só me vem um pensamento: não ouse desistir de tudo que você sonhou.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Voltando. De novo.

Todas partes de mim, da real à imaginária, passando por todas as contradições, sentiu falta de poder escrever no blog. Final de ano e muitas decisões sérias por tomar. Minha vida toma um rumo mais sério a cada dia, deixando de lado as suposições e bricandeiras, exigindo de mim mais auto confiança e determinação. Estimula-me a desfazer laços profundos, não mais elevando-os como a parte mais importante de mim. Assim, provo a quem mais preciso provar - a mim mesma - de que tenho procurado bons caminhos e que o amadurecimento é natural.
Quero entender, da forma mais complicada, meus sentimentos e emoções, buscando filosofias incapazes de me responder qualquer coisa. Meus sentimentos, subestimados ou não, são de complexidade ímpar e muitas vezes me fazem desistir, antes mesmo de começar. Com o amor a gente não brinca. Podemos até tentar, mas não conseguimos.
Nos meus quase quinze anos muito esperados, reflito sobre mim constantemente, querendo mais que o próprio entendimento. A psicologia me ocupa quando o tédio vem e se instala; constantemente me perco em meus próprios pensamentos, como se procurasse por outro lugar. Me enxergo como uma mulher forte, bonita, determinada e sensata. De tonta, eu só tenho a cara e o jeito de andar.
Quinze anos. O momento mais esperado de minha vida até aqui, em um duelo acirrado com a faculdade. Muitos planos, agitos e anciadade. Acredito que não haja coisa melhor do que uma boa festa, e os quinze anos são o auge da vida de uma garota, segundo me disseram. Eu sou tão fresca e mesquinha que não perco a oportunidade de um bom debate sobre festas, moda, maquiagem e esmaltes. Gosto da minha vida de adolescente, tive a oportunidade de fazer coisas incríveis.
Penso e uso argumentos políticos para explicar o atual momento que vivemos. O contato direto com a história e o presente, me fizeram gostar de política e querer saber de tudo que isso envolve. A política muitas vezes é mal feita, mas me entristece a banalização de seu verdadeiro significado: possibilitar o progresso e o que é melhor para o povo.
Tenho sendo cercada por provas e testes, escolares e morais. Encaro-os como forma de crescimento moral e intelectual, não havendo melhor caminho se não aquele onde recebemos críticas. Os que se dizem prontos para encarar a vida e seus riscos e aqueles que se dizem amadurecidos demais, com o perdão das palavras, mas são uns babacas. Seja aos 15 ou aos 95, nunca estaremos prontos para o dia seguinte.
Nesses últimos tempos, aliás, já faz muito tempo, vejo as pessoas sem máscaras, assumindo suas verdadeiras formas. Em um mundo cada vez mais competitivo, preciso tomar minhas atitudes egoístas, para o meu próprio bem. Mas que novidade, eu sempre fui egoísta demais.
Além de Deus, tenho fé em mim, nas coisas que digo e faço, sendo este o caminho para uma possível auto-realização. Tenho muitas metas para cumprir, textos para escrever e ainda viver muitas coisas boas nesses últimos três meses e meio de 2010.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Hoje eu só queria falar um pouco de mim...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tenho escrito menos.

E vivido um pouco mais. A literatura de meus dias perdeu o caráter de microconto, por isso não mais os tantos posts. Virou romance que não mais se capitula em poucos parágrafos. Muitas vezes abandonei em branco o texto, pois olhava, míope, para dentro de mim e nada via senão o nebuloso vulto da ulceração que ainda gritava em vermelho. Precisava encontrar um caminho para a superfície, mas no fundo daquele poço encontrei um par de lentes.

O romance nos desafia a convicção, por vezes tira a paciência, e pode até nos subtrair alguns anos da vida, mas quando é que alguém, por um segundo que fosse, cogitou – a sério – viver sem ele? Nossas aspirações vão, cada vez mais, aproximando-se da realidade; a gente passa a prometer menos, mentir menos, e chega até a achar que, dessa vez, erraremos menos, por julgarmos saber onde escondem-se todas as bombas desse campo minado. Nem preciso lembrar que a única certeza no romance é a de se estar eternamente em apuros, saracoteando as pernas para não se deixar afundar totalmente no obscuro e indecifrável oceano que é a vida daquela pessoa com a qual estamos de mãos dadas.

Em apuros pois é perigoso. É perigoso porque a gente arrisca. E a gente arrisca porque quer. Ninguém nos obriga a viver o amor, mas a gente ama vivê-lo. Ninguém nos obriga a sentir as mesmas dores de novo, mas a gente se quebra em mil pedaços para sentir o prazer na cura. A gente acha que pode viver sem, mas as palavras soluçadas no fim de uma noite ébria evidenciam o que, para todos ao nosso redor, já era óbvio: estamos fodidos.

Em apuros não estou só eu, estamos todos nós, meus caros. Romance é o que se persegue pelas esquinas, que foge à luz dos postes, e ele está bem. Em perigo estamos nós, nesse apuro que reside na nossa urgência em vivê-lo. Vivê-lo, mesmo que torto, inacabado, ferido, precipitado, errado, proibido, ou impossível. Vivê-lo de verdade, com intensidade e sem escudos. Como deve ser, e como inevitavelmente é, quando nosso coração nos dá aquela única e inevitável rasteira que nos faz quicar no chão.

Viver o romance é estar em apuros.

Estou vivendo, e não quero ser salvo.

Por: Lucas Silveira, o gênio.

Não me cansei do blog, só estou sem tempo. Muitas provas, lições de casa, trabalhos e Olimpíada de História na reta final dessa 8ª série.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O alcoolismo e a adolescência.

O alcoolismo nunca foi um problema exclusivo dos adultos. Atualmente, os jovens começam a beber cada vez mais cedo; o álcool mata. Nossos jovens estão desinformados e desprotegidos, com uma lei que não proíbe nada.
O mais preocupante é que a maioria dos adolescentes acabam bebendo apenas para se aparecer para os amigos, pensando que assim serão os mais legais da turma. Em qualquer lugar, seja em bares, festas ou na própria casa, a bebida não é de fato proibida para menos. É outra lei paliativa, como tantas outras.
E o que é que os faz procurar a bebida tão cedo? São tantas propagandas incentivadoras; a pressão dos amigos e da família; o baixo custo; a facilidade de encontrar; a falta de fiscalização da lei entre outros fatores.
O álcool acaba sendo um dos maiores responsáveis pelo aumento da violência e de acidentes, muitos deles fatais. Além de tudo, na maioria dos casos, o adolescente que bebe compulsivamente hoje acaba se tornando o alcoólatra do futuro, desenvolvendo doenças e câncer.
A proibição não é inteiramente eficaz, nem resolve o problema. É preciso mais conversas sérias, alertá-los dos riscos que correm ao se embriagar e que o ácool nunca é uma boa escolha, seja dentro ou fora de casa, proibido ou não.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As coisas

Existem coisas de se ter. Outras pra comprar. Outras pra pegar emprestado, às vezes. Umas a gente joga fora, outras a gente finge que não tem. Tem até gente que rouba coisas. Tem coisas que são perenes, que serão sempre iguais. Outras são frágeis como o cristal, ou como o papel. A gente pode ter um monte de coisas, mas sempre estamos atrás de algo pra comprar. Solenemente ignoramos as
pessoas cujas coisas podemos pegar emprestado, às vezes. Aí essas coisas que a gente compra, a gente joga fora, ou o tempo se encarrega de transformá-las em coisas que a gente tem vergonha de ter. Jogamos fora.
Tenho feito uma coleção de coisas. Uma prateleira linda, pairando sobre a minha cabeça. Sentado na cama, com o computador no colo, me contorço e olho pra cima. Lá estão. As coisas. Pela janela entra um vento forte, pra lembrar da chuva que caiu pela tarde, quando eu ainda estava a mil quilômetros daqui. Sorrio. Com dentes e tudo, só de lembrar de todas essas coisas. Quem me conhece sabe o quão difícil é me fazer mostrá-los. Meus lábios são o músculo mais forte que eu tenho. Só pode ser. São como pesadas cortinas de um grande teatro.
Meus atores são muito envergonhados.
Se não fosse meu medo de altura, eu caminharia até a ponta da tua prateleira pra te ver dormir.
O computador suga minha convicção até a última gota. Dormirei.
Ser imaginário. Meio que uma combinação de todas as coisas.


Lucas Silveira, sempre com a razão.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Brava gente, brasileira!

A coisa que mais me orgulho no Brasil, é o povo brasileiro. Eu, que só conheço outros países por livros e sites, tenho orgulho de viver cercada de gente eufórica e acolhedora, de natureza hospitaleira, alegre e trabalhadora. Desde os tempos mais remotos registrados pela história, somos caracterizados por um povo guerreiro que corre atrás de seus interesses. Nós, o povo, que vota, que se rebela, que é essencial nos textos, filmes e piadas, somos a parte mais importante de nossa história política.
"Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles negros e índios supliciados. (...) O povo brasileiro é um povo de ,muita riqueza cultura, isso se deve basicamente a grande miscigenação ocorrida no inicio de colonização portuguesa" (Darcy Ribeiro). Também devido às imigrações do século passado, podemos ter uma diversidade cultural, tendo indígenas, africanos, italianos, português, árabes e tantos outros dentro de um único território.
Eu, patriota, além de ter muito orgulho das minhas origens rio-pardenses, fico triste ao saber que estão destruindo a própria casa, desmatando, queimando, violentando, xingando, atestando por essa atitude só, a falta de conhecimento e desrespeito à sua pátria, jogando-a à mercê das opiniões de jornais estrangeiros. Nossos governantes, sejam eles políticos ou autoridades escolares, não incentivam o pensamento de que o povo é sim importante e que nosso país é cheio de riquezas e não podemos acabar com tudo.
Meus caros, nosso Brasil é bem mais que samba, carnaval, futebol e política mal feita, somos muito maiores do que o estereótipo estrangeiro. Tenhamos orgulho e respeito, pois nossa terra mãe o merece. Cantemos nossos hinos com amor, carinho e orgulho - há muita história por traz de palavras difíceis ritmadas. Digamos que gostamos de viver aqui sim, mesmo com os problemas sérios e anda sem solução. Não somos o único lugar do mundo em que certas leis não são cumpridas; há desigualde e inconsciência popular na hora do voto, mesmo assim eu não desisto do meu Brasil, e não trocaria-o nem pela Califórnia. Acreditemos mais, lutemos mais, participemos mais; quem sabe assim cheguemos à um lugar melhor e mais justo. Imaginem o que seria de nós se Dom Pedro I não tivesse proclamado a independência... É preciso ter coragem de ser.

domingo, 5 de setembro de 2010

Fumaça.

Há uma película acinzentada me impedido de ver com clareza. Não enxergo mais de um palmo à minha frente. Não gosto disso. Quero ver, entender. Acredito que só quando vier a chuva as coisas melhorarão. A gente não pode querer o que é previsivelmente impossível.
Impossível. Me faz revirar os olhos de aflição essa palavra. O desespero se atrela à falta de fé e nos leva à um julgo mais fácil: o de desistir. Não podemos entender o motivo de certas coisas acontecerem ou não, mas só a expectativa do sim ou do não já me faz considerar a hipótese de tentar. Repetindo: quando se pensa demais em um determinado assunto e se analisa todas as opções possível de antes, durante e depois, o próprio pensamento já nos traí, silenciando quaisquer palavras.
Em tempos de estiagem e de profunda expectativa para a chuva, é normal que tenhamos as unhas das mãos roídas e descascadas, numa atitude desesperadora. Eu não quero fim e sim começo. Por que queremos o que não podemos ter? Aí vem a questão do impossível e que é preciso ter fé. Também é conveniente que cada um cuide de sua fé e que, sobretudo, seja sincero com seus sentimentos.
A névoa também te impede de ver? Não, quero saber se a névoa te impede de me ver; não das formas distorcidades de minha infância, mas sim daquelas que hoje assumo. Usamos a inteligência para resolver tantas formúlas matemáticas e ainda não conseguimos arrumar um jeito de por fim à fumaça, clarear as idéias e dar início a uma conversa sincera.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
... mas com as minhas metáforas, ninguém entende as significações verdadeiras de minhas palavras. Ficamos por aqui mesmo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O conto do envelope branco - FINAL

Amélia* aguardou por mais de dois meses pela tal da carta. Muita espera para quem odeia esperar. Com tristeza no coração, já até esperava pelo escrito na carta e suas consequências, como em uma coisa predestinada a dar errada. Só não contava que realmente cairia na real quando não desse mais tempo.
Pois bem, a carta dizia que ela não poderia mais ser Jovem Vereadora, por causa de uma mudança na lei que descartava a hipótese de reeleição. A primeira reação: choque. A segunda reação: incredulidade. Impossível. Como isso foi acontecer? Estava tudo certo e bem planejado, se bobear, até alguns projetos ela já tinha escrito. Dizem que tudo que é bom sempre acaba...
Destinatário esperado, no tempo irregular e com conteúdo decepcionante. A gente sempre reza para que dura para sempre, sem contar que uma hora, por bem ou por mal, acaba. A gente só se lembra da lei nessas horas. E o que podemos fazer, se já não podemos mais mudar a lei?
E o que a Amélia fez? Foi lá, vestiu seu traje de solenidade, levantou a cabeça (porque lá a ensinaram a ser assim), respirou fundo, engoliu a tristeza, colocou um sorriso de vereadora no rosto, subiu as escadas triunfante, distribuiu acenos e cumprimentos, se dirigiu a um lugar que não estava habituada a se sentar no plenário, esperou começar, ouviu atentamente a apresentação do cerimonial - não sem antes engolir mais uma tantada de lágrimas - aplaudiu as entregas de diplomas, entregou diplomas e distribuiu desejos de boa sorte e sucesso, cantou o hino estufando o peito de orgulho, analisou mais uma vez sua passagem pela Câmara Jovem, despediu-se em atos vereadorescos, desceu as escadas orgulhosa de si mesma, foi embora com o coração apertado de ver sua cadeira azul vazia. Ela nunca esquecerá das coisas que fez ali, em um dos momentos mais marcantes e intensos de sua vida. Apesar de ter ficado triste e meio brava com a tal da lei, se sente bem orgulhosa e lisonjeada de ter tido a oportunidade de ter feito parte disso tudo.
Terceira reação: orgulho.
Amélia nem sempre fica feliz com as cartas que recebe. Ainda assim, gosta de recebê-las, pois dessa forma se sente importante. Amélia sempre vai fazer o que achar melhor com as cartas. Essa ela guardou com muito carinho.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Pois bem, nem sempre temos os finais que queremos ter.

*Meu pseudônimo preferido.

Os meus preferidos de agosto: não vou indicar alguns, mas sim indico todos, porque gostei de todos, hahaha. Enfim, acho que ficaram legais.