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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pra não dizer que eu não falei das flores.

Meu coração age por sua conta e risco. Acelera ou diminui quando quer e não há nenhuma forma de controlá-lo - não diretamente. Ele se deixa levar por qualquer coisa e por qualquer pessoa. Não pensa. Não quer saber de mim, só quer continuar com seu tedioso movimento. Enquanto isso, minha garganta dá sinais de cansaço e para. Não tenho mais voz para falar. Meu útero se contorce numa cólica daquelas. Minha alma - já que meu corpo não corresponde - vai tentando continuar focando nas respostas de suas perguntas.
Ainda acreditam nas flores, mas não acreditam em mim. Eu queria compartilhar tantas coisas que sei - sejam elas fúteis ou não. Mas ainda fazem das flores seu mais forte refrão. Engano. Meu blog sempre me escuta e me deixa chorar na frente dele, sem precedentes. Eu não sei se ele acredita nas flores mas me deixa falar com minha voz rouca, e não reclama.
Apesar das proporções exageradas que assumo, o teor sério de meus exageros fica subentendido. É preciso que se tenha olhos fortes e nos devidos lugares para que se possa vê-los. Não é fácil desmembrar as metáforas.
É. Eu não queria dizer isso - não publicamente -, mas toda flor que não é regada regularmente, vai indo que morre e apodrece. As flores são frágeis e requerem cuidados. A vida pode ser bem mais bela que campos floridos ou rosas azuis. A gente estufa o peito de orgulho ao dizer que recebemos rosas vermelhas - porque elas simbolizam paixão. O orgulho sempre encobre uma faceta mais simples e que exige-nos cuidados especiais.
As flores não duram para sempre, mas podem permanecer vivas em nossas lembranças para o resto da vida. Então seu destino final cabe à nós: cuidar ou deixar morrer.

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