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domingo, 13 de junho de 2010

As palavras certas da história errada.

Sou cheia de contar histórias, inventadas ou verdadeiras. O meu problema com as histórias é sempre deixar bem clara a minha opinião no último parágrafo - como se isso fosse um problema. Não quero ver o que todo mundo sempre viu - porque eu tenho muito medo. Sou cheia de querer ser contradição em tudo - mesmo que isso seja ruim.
A minha história sempre muda. É muito fácil me ver por aí com lápis, papel e borracha, porque não quero perder nenhum detalhe da história. Eu vivo a maioria das minhas histórias, seja na vida real ou no sonho. Meus sonhos nada mais são do que a vida que eu queria ter, com as pessoas que eu queria "ter".
Já reclamei da minha vida, da minha história - e ainda reclamo - , mas não me adianta nada ficar o tempo todo lamentando o que não tenho e gostaria de ter, porque assim, a vida se torna mais infeliz e solitária do que é. Isso resulta em uma história que não é sua, que você não vive e acaba não tendo o direito de vivê-la pois não batalhou para isso.
Já escrevi muitas histórias nas aulas de português, todas falsas, que eu não vivi, totalmente inventadas e sem o menor sentido, não parecendo minhas. É muito fácil escrever a história que se queria viver; a história perfeita que todos querem ouvir. Mas quando um dia você escreve a SUA história, o que você vive, o que não é perfeito, que ninguém queria ouvir e que não têm a menor relação com as histórias escritas anteriormente, fica parecendo que você se transformou em outro alguém, totalmente malígno, sem coração, sem sentimento e sem criatividade. Só porque a inspiração deixou de ser a cinderela e passou a ser você, com seu passado, presente e futuro bem definidos.
As minhas histórias só interessam a mim mesma. As minhas histórias são as minhas verdades, que exitem ou que eu inventei. As minhas histórias de hoje em dia são o resultado de alguém que escreve sua vida, diferente da vida dos contos de fadas onde tudo é perfeito, lindo e feliz para sempre - porque todo mundo sabe que não é assim, e quem acha que a vida é perfeita e que o paraíso é aqui, é o maior hipócrita. Eu não me transformei em outro alguém, nem me adaptei à qualquer coisa que agrade; deixei de ser ingênua à muito tempo (bem mais do que você pensa); deixei as histórias perfeitas em outros cadernos, deixei que eu fosse a inspiração e que a minha vida fosse o tema das histórias que você não entendeu. Eu me camuflei por muito tempo e deixei que tivessem outra imagem de mim, diferente daquela que eu realmente sou. Quando fui mais eu, tiveram a infeliz idéia de achar que não era eu, só porque a história era minha e só porque eu nunca escrevi essa história no caderno de português nem mostrei para todo mundo - justamente por ser minha. Se você acha que eu mudei, é porque nunca me conheceu.

Continuarei com as incríveis histórias da Maria Olívia.

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