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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Coisa de Litoral.

Mala cheia, cabeça exausta, cansaço de um ano de trabalho. Parece até clichê, mas na mala, além das roupas, vão as muitas preocupações, as tristezas e as incertezas; vão para não voltar mais. São essas coisas que matam a gente aos poucos, não deixam que a gente seja totalmente livre como pássaros.
O passado nos prende. Os laços afetivos nos prendem. As preocupações com o futuro nos prendem. As frustações nos prendem. E prende à quê? Nos prende a dar um passo adiante, entrar ali no mar e deixar que a onda leve embora. Já reparam que quanto mais a gente odeia uma coisa mais dificuldade tem de se separar dela? É que não é bem odiar.. a gente só queria que fosse diferente, mas ja que não é tenta se conformar com o que tem. Esta é uma das grandes armadilhas/encruzilhadas da vida: somos tão apegados com o que temos que não conseguimos dar dois passos à frente.
Contudo, chega uma hora que não dá mais. Não dá mais para suportar. É falsidade por todo lado, mentira, desaforo, indireta, falta de caráter que por mais que a gente seja apegado, por mais que o laço seja forte é hora de afrouxar.

Tira a roupa. Tira tudo que te faz mal. Tira esta falsidade que está impregnada ao corpo. Arranca a pele até não sobrar resquícios deste teu desalento.
Entra no mar. Lava o teu corpo com água limpa, é vida nova.
Põe roupa de litoral, deixa a pele torrar no sol, pra cicatrizar.

Deixei tudo pra trás, metade coloquei fogo, metade joguei pra bem longe no meio do mar.
Não quero mais. Não posso mais. Não aguento mais.
Não quero perto de mim coisas e pessoas que emanem energia ruim, falsidade, mentira ou inveja. Aqui vale a lei do "antes só do que mal acompanhada".
Lá no litoral eu soltei o laço, não quero mais ficar amarrado ao que me faz mal.
Sou sagitariana, preciso ser livre. Preciso ter uma imensidão azul pra olhar de manhã. Preciso saber que vou ter pra onde correr quando eu precisar.
Não me prenda. Não seja falso(a). Sorria de verdade enquanto joga conversa fora; é aqui que você me ganha.
Ando sem destino, sem rumo, sem ninguém. Carrego meu sorriso no rosto e algumas marcas que a vida me deixou. Sem bolsa, sem mala, com a roupa do corpo.
O mar me deu forças para vencer meu desalento.
Nunca teste um(a) sagitariano(a) porque quando ele(a) ressurge, nada fica de pé.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Como é bom voltar ao litoral.

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