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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Parte dois.

Com o tempo você aprende a conviver com a dor, a sobreviver e ver o quão forte você pode ter se tornado.

Mas apesar de ter passado muito tempo, a ferida continua ali, aberta, com uma fina camada que basta apenas um cutucão para que rompa e doa novamente. A verdade é que a gente carrega marcas em forma de cicatrizes mal feita pelo resto da vida, passe o tempo que passar, a maldita da ferida permanece ali. Há algum tempo atrás, eu achava que as feridas permaneciam na gente para que nós lembrássemos de que era importante não furá-la novamente, porque já sabíamos que se o fizéssemos, doeria de novo. Hoje, sei que elas estão e ficarão lá, não para que não cometamos o mesmo erro, porque de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde, acabaremos fazendo exatamente a mesma coisa, mas estão lá porque fizeram parte de nossa história.
Eu senti saudades. Desejei muitas vezes ter mudado a história. Porém, resisti, porque essa coisa de ir lá e fazer sempre a mesma burrada e depois quebrar a cara, não me caía mais. Preferi ficar só com a parte dos meus poemas mesmo, daqueles lá do Pessoa e do Vínícius, e de tantos outros que embalaram a minha vida nesses anos. Decidi que preciso ir atrás dos meus sonhos, não os nossos, os meus, sozinha. E, por incrível que parece, quem chegou a essa conclusão foi justo eu, quem mais insistiu.
Ainda acredito no meu conto de fadas e com o tempo eu aprendi que não preciso que o príncipe encantado o faça ser incrível, porque sou forte o bastante para caminhar sem as mãos enlaçadas. E agora chegou a hora de ser, de fato, maior que todas as muralhas, de começar a luta em busca do meu sonho de ser doutora. Obrigada por ter me dito que eu não conseguiria, pois agora a vontade de vencer é maior ainda. Obrigada pelas flores que não chegaram, porque agora aprendi o caminho da floricultura e que eles, inclusive, entregam em casa se você pedir. Obrigada pela ferida também, pois a dor me lembra o quanto eu consegui me superar, encarar meus medo e vencê-los.

Então diga que não volta mais pra minha vida. Tira o cabelo da cara e me diz se por um segundo quiseste me ver feliz ou se és o meu destino tentando me dar outra lição.

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