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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Sístole/Diástole

Contrai, relaxa, contrai relaxa..
É um movimento contínuo e infinito. Sangue rico em oxigênio de um lado, sangue rico em gás carbônico do outro. Percorre túbulos, atravessa musculatura, troca substâncias e continua. Vai ao grande músculo central, entra sem esperança, segue o fluxo e é impulsionado para fora. Alguma hora volta e faz tudo outra vez.
Se o caminho é sempre o mesmo, porquê percorrê-lo? Porque precisa passar pelo coração e ganhar força nova, precisa voltar ao corpo e deixar novos nutrientes, retirar resíduos e manter vivo. Se o coração parar é rezar para sobreviver pois voltar a funcionar corretamente é realmente milagre ou jogo de sorte.
Por isso é que insistem os médico para você não sobrecarregar seu coração, para deixá-lo sempre livre de gorduras que tornam o fluxo de sangue e o movimento de contrair e relaxar mais pesados. Se a passagem de sangue estiver dificultada, todo o sistema está em perigo.
O sangue tem papel fundamental: leva tudo a todo lugar. Espalha íos, água, glicose, aminoácidos, proteínas  e coragem. Mistura tudo e leva da cabeça aos pés. Forma a maior confusão aqui dentro: partículas se chocam e confundem suas funções. Está tudo trocado por excesso de soluto - ou, de repente, há falta deles. Aprendi bem nas minhas aulas, em química e na vida, que excessos fazem perturbar o equilíbrio, assim, o coração não trabalha bem e o fluxo de sangue é comprometido; aqui é que a catástrofe acontece.
Meu coração é uma mistura disso tudo, que espalha sentimentos tão antagônicos por todos os lados. Chega a ser difícil entender como tudo realmente funciona aqui dentro, há tantos detalhes a serem considerados! Quero meu equilíbrio de volta. Quero que ele pulse novamente em batimentos rítmicos, não por que alguém ditou seus movimentos, mas porque o equilíbrio voltou a ser perfeito.
Hoje, meu coração trabalha com dificuldade e cheio de saudade. Enche e esvazia. Recebe e joga sangue fora. Vai para um lado e para o outro. Movimentos retóricos, sem novidade, sem sangue novo, sem trabalhar direito. Falha e depois volta a funcionar. Leva tudo embora para depois trazer outra vez.
E eu fico aqui, contando meus batimentos e rezando para o coração não parar de vez.


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