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sábado, 3 de agosto de 2013

Diário de expedição: Jornada Mundial da Juventude - parte I

A Jornada Mundial da Juventude terminou oficialmente amanhã pra mim. Amanhã, sim, pois me despedirei da última turma de italianos que passará por minha cidade. Da 'Semana Missionária' até hoje, foram exatamente três semanas inteiramente dedicadas à Jornada. A preparação, conforme já dito muito neste blog, foi verdadeiramente de corpo e alma. A Jornada, em si, uma série de sofrimentos seguidos por doces alegrias. A acolhida dos chilenos, espanhóis e italianos foi realmente Cristo passando por essa cidade.
Quantos momentos únicos essa JMJ me proporcionou! Quantas revelações, quantas alegrias! É preciso registrar tudo, cada detalhe, descrever tudo pois quero me lembrar dessas 3 semanas com muita precisão. Farei uma série de textos contando a minha experiência na JMJ. Lá vai..

Os primeiros choques.

Era um começo de noite de sexta feira quando partimos para o Rio de Janeiro. Estava muito frio e o céu nublado. A mala, pequena, só levava itens de extrema necessidade; não podíamos nos dar ao luxo de levar metade do guarda-roupa, nem as melhores coisas que temos. O espírito de peregrinação começou aqui, foi difícil ver o tempo esfriando cada vez mais e eu com duas blusas de frio na mala.
Na saída, como de praxe, recebemos um benção no meio da rua de nossa Paróquia Santuário de São Roque, pedindo que o senhor acompanhasse a nossa viagem. O que foi fora do costume foi a carreata que nossos pais e amigos que aqui ficaram fizeram à nós! Percorreram todo o trajeto até a saída da cidade com as luzes ligadas e com as buzinas funcionando.A carreata foi a primeira emoção da viagem. Eu sentia que cada vez que as buzinas tocavam era o toque de apoio, saudade e desejo de estar junto que os nossos irmãos rio-pardenses mandavam. Obrigada por todo o apoio que nos deram, por todas as pizzas e rifas que compraram e venderam para que nós pudéssemos juntar dinheiro para ir! Todos estiveram em nossos pensamentos o tempo todo.
A viagem de 10 horas foi turbulenta. O ônibus era como uma sanfona, me estômago reclamava e a estrada nunca tinha fim. Foi difícil dormir essa noite.
Chegamos ao Rio de Janeiro por volta das 6 da manhã com o sol nascendo. Ver a cidade maravilhosa acordando foi lindo. O sol nascia numa mistura de amarelo com rosa tão linda, nunca tinha visto coisa igual! Por sorte, nosso motorista se perdeu e fomos parar no centro do Rio de Janeiro!! Graças à isso, conseguimos ver e fotografar as belas paisagens do Rio ao nascer do Sol! Inesquecível, incrível, único!
Ficamos duas horas perdidos no Rio de Janeiro até chegarmos na Ilha do Governador, nosso local de catequese e hospedagem. A "Ilha" nos reservou grandes surpresas, boas e ruins, e, para completar, a vista era da ponte Rio-Niterói com seus 17 quilômetros de garbo e elegância!
Descemos cantando, o espírito era de peregrinação. Foi nesse momento que tivemos o primeiro contato com o "Kit Peregrino". Os lanches do kit eram muito bons! (à exceção da salada de atum em conserva e da batata de saquinho da vigilia que me proporcionaram a pior azia de todos os tempos). O único problema da comida foi comer torrada com polenginho + barrinha de cereal todos os dias.Nesta manhã ainda tivemos catequese com um bispo do Alasca seguida de eucaristia.
Depois da eucaristia, o pesadelo começou. Na hora de chamar as pessoas para serem acolhidas nas casas nosso nome não estava em nenhuma lista e não permitiam que ficássemos alojados no salão da Paróquia "São José Operário". Não tivemos almoço e o dilema perdurou até as 4 horas da tarde quando colocamos as malas dentro do salão contra a vontade da organização.
O salão era pequeno e não estava nas melhores condições de limpeza. Não tinham banheiros, estrutura e sala para acomodar todos os peregrinos que tiveram que ficaram alojados. Tentavam a todo custo nos tirar dali com mil e uma desculpas. Não aceitamos e o preço a pagar doeu.

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