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sábado, 22 de dezembro de 2012

Diga, parte dois.

Acredite, eu não queria ter que escrever sobre isso, de novo, mas como o objetivo do blog é deixar registrado todas as minhas memórias e sentimentos me sinto quase que na obrigação de não deixar esse momento passar porque quero um dia poder me lembrar de toda a minha história, com todos os seus altos e baixos. Parafraseando a Clarice, escrever é "a maldição e a salvação"...
Uma vez ouvi dizer que enquanto a gente consegue se lembrar das coisas quer dizer que ainda estamos livre do Alzheimer e eu tenho que concordar com isso: as lembranças nunca saem tão fácil da gente pois essa não é o tipo de coisa que podemos controlar. Acredito que todas as histórias que vivi e todos os caminhos pelos quais percorri, bons e ruins, serviram para aprender e amadurecer. Então, lá vai mais uma da série.


Há algum tempo atrás eu podia jurar que o amor era a coisa mais importante da minha vida. Porém, no decorrer da história, meu planos foram modificados e o amor acabou e se foi. A questão é que o amor vai mas a gente continua e lidar com isso não é tão simples quanto parece porque a gente, por mais que não queira, se apega, acaba gostando e quer fazer de tudo pela pessoa que, de uma hora para outra, vai nos deixar. Como eu dizia, acredito que devemos tirar proveito de todas as nossas histórias e dessa eu pude aprender algumas lições importantes. Destaco que o que mais aprendi foi a valorizar os meus sonhos e os meus objetivos de vida acima de qualquer outra coisa e já tenho colhido bons resultados por isso.
Tenho descoberto que não posso evitar a dor e as lembranças, mas posso controlá-las e, felizmente, tenho obtido sucesso. Sobre aquela nossa história eu podia imaginar tudo exceto como viver longe de você e acredite, arrumei um jeito, bem prático, pra isso também: me matei de estudar, literalmente, e consegui passar na Unesp - justamente aquela que você disse que eu nunca conseguiria!
Eu sempre disse o contrário, mas nós mulheres quando nos apaixonamos por alguém é pra valer e nunca é pelas metades; fazemos o nosso melhor pra ver o cara mais feliz que nós mesmas. Infelizmente esse é um erro que todas cometem mas é nessa hora que ligamos o nosso senso crítico e falamos "não, chega, tem que mudar". Foi aí que eu descobri a mulher forte e incrível que eu sou. Me senti nobre sem precisar que você o dissesse.
Não foi tão fácil assim não, doeu bastante e por algum tempo. Mas nessas horas de dor eu descobri algo maravilhoso que é o canto "Shemá" do Caminho, cantado com todas as nossas forças, e depois disso ainda veio Brasília me mostrar que a vida é muito maior do que isso aquilo que a gente vive aqui e vi e que o futuro me reservas surpresas inacreditáveis. Sem falar da família e dos amigos, novos e velhos, que, perto ou longe, ficaram ao meu lado me fazendo seguir em frente.
Hoje eu juro que eu até tentei, mas não lembro mas como é a sua voz, não sei mais que roupa você gosta de usar e também não sinto mais o seu cheiro em todas as minhas roupas. Guardei as lembranças boas em uma caixinha no fundo do meu guarda-roupa.
O peso da data me faz vir aqui hoje e enfim eternizar em palavras tudo o que senti durante esse tempo. Eu aprendi muito com você e não posso, e não devo, negar isso. Descobri todas as minhas facetas: a doce e meiga e a guerreira que vive um dia de cada vez atrás dos seus sonhos; agora eu pude decidir qual era a melhor pra mim mesma e escolhi ser uma mulher madura e determinada.
Espero que você também tenha guardado as boas memorias e busque sempre suas próprias realizações.

Algumas notas que você nunca soube:
Nossa valsa seria "love is here"
Cores claras realçam o seu rosto
Respostas curtas não transmitem segurança e afeto

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