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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Uma nova viagem.

É bom começar de novo e partir para uma nova aventura que começa a se delinear diante dos meus olhos.

Arrumei as malas guardando as roupas todas divididas por cor e por frequência de uso; coloquei meus amuletos por cima de tudo e rezei para que a loucura não fosse grande demais. Esperei que o nosso carro chegasse e nos levasse para a estação e toda vez que olhava para a minha mala a achava tão pequena que por vezes me questionei se seria a minha mesmo ou se não havia deixado tudo em casa; mas não tinha mais tempo de ver o que havia ficado para traz. Aguardava essa viagem como se cada instante da minha vida dependesse disso. O ar que enchia meus pulmões estava pesado e ansioso; parecia que não respirava há tempos.
Escolhi ir de trem mesmo, para que tivesse tempo e tranquilidade o suficiente para pensar no que eu faria quando chegasse lá. Essa foi mais uma vez que peguei meia dúzia de roupas e sapatos e coloquei-as numa mala para partir para o desconhecido, sem saber, nem mesmo, o que eu faria quando chegasse lá.
O zodíaco bem que me avisou para ter cuidado com o signo aventureiro, mas nunca tive medo, exceto se encontrar cachorros no meio do caminho.O segredo é a gente pegar o trem e ir, sem saber mesmo o que encontrar. As chances de você se surpreender ao esperar nada são grandes - e valem à pena.
Tenho buscado ser eloquente, num paradoxo perfeito entre a loucura e a sensatez. Quanto mais distante e sem sentido, melhor; sei que - um dia - haverei de encontrar a conexão que faltava às minhas viagens.
Dessa vez, me preocupei apenas em não deixar rastros e bilhetes, partir sem dizer adeus, pois guardo certo traumas de despedidas. Não planejei nada e nem sei onde vou descer, quero seguir apenas o meu instinto sagitariano aventureiro.

As estações de trem guardam um mistério único que passa despercebido: é o elo de ligação entre o antes e o depois. É o momento do 'ou vai ou volta'. Eu = tenho medo de ir mas não quero voltar. E se a aventura for grande demais? E se eu não souber lidar? E se eu for obrigada a voltar?
Bom, dizem que a gente só sabe se for adiante e encarar a viagem, com unhas, dentes e um pouco de astúcia. Tem vezes que a gente desce na estação errada e fazemos a pior viagem da nossa vida. Mas tem vezes também que, por mais que a viagem seja longa e desgastante, foi a melhor ideia, loucura e aventura que poderíamos ter feito! E para isso, amigos, não há dinheiro no mundo que pague a satisfação de acetar em uma escolha.
Espero dessa vez descer na estação certa e, quem sabe, não voltar mais.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
"Deus deu asas, faz teu vôo" Grey's Anatomy

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