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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Noites de Sextas.

Tenho tanto medo. Medo de perder e até mesmo medo de ter. De não poder mais passa dias inteiros matando a saudade, falando bobagem. Ao mesmo tempo, me arrependo. De não ter tomado a iniciativa e começado a conversa. De ter-me desviado do caminho. De não ter dito o que eu queria. De ter sido fria e não sorrir. Não abraçar. Mentir pra todos que sei viver. E fingir que sei perder.
Foram tantas sextas-feiras à noite em casa, no silêncio que é estar na frente de um computador, sem vida. E nem mesmo sei direito o que é um Carnaval, tendo certeza que continuarei sem saber, enquanto todos fazem seus planos. De ter reclamado sem tentar mudar a história.
Não adiantou nada eu ter me arrumado tanto para voltar depois de meia hora. E ter passado a noite inteira esperando alguém me dizer alguma coisa, mas este alguém não estava lá. Nem mesmo adiantou tocar minha música preferida, porque ninguém sabia cantar junto comigo. De ter tentando ser menos eu para ouvir um elogio, e ter a frustração de nunca tê-lo ouvido. E para quê serviram as brigas já ganhas? E os rascunhos que nunca viraram textos? E os dias inteiros perdidos? Os sorrisos que não vi. Os abraços que não ganhei. As lembranças que não guardei. As palavras que não ouvi. As músicas que ninguém queria dançar, exceto eu.
Eu queria ter o que falar quando a segunda-feira chegar.

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
As noites de sexta são, pra mim, em sua maioria, solitárias.

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