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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Redenção.


Encontrei minha redenção. Sentei em frente ao mar para sentir a brisa salgada batendo no rosto, bagunçando o cabelo, sem culpa, esquecendo-me de todos os 'alguéns' que queria lembrar quando olhasse o mar.
Foram 5 dias à uns 400 quilometros de casa, calculou meu pai. Nas férias minha família quase nunca viaja. Por falta de grana, reforma da casa ou o promelmea era o carro que não subiria a serra. Essa foi uma equação com uma solução que não pareceu nem um pouco ser tomada por meus pais, do tipo 'vamos largar tudo e vamos sair deste lugar porque não aguentaremos mais ficar aqui mais um verão' - ou quase isso. Juntamos as economias de 8 anos e fomos na fé. E deu certo.
Não encontrei o 'amor de verão' que queria ter encontrado. Nem escrevi uma palavra no meu caderninho multi uso. Não fiquei olhando no espelho toda hora tentando consertar os estragos provocados pelo sol/mar/vento ao meu cabelo e à minha pele. E até deixei as unhas descascadas mesmo. Não usei nem metade de toooodas as roupas que fiz questão de colocar na mala. Não fiquei olhando no relógio e muito menos dizendo com cara feia aos meus pais que já estava na hora de ir embora, pelo contrário.Só lamentei ter que vir embora e o dia que choveu. Nem sei porquê coloquei tantas músicas e fotos no meu celular. Fiquei 5 dias sem ver um computador na minha frente e não me senti mal por isso. Fui mais família, mais sorrisos, mais palavras, menos teorias, menos brigas, menos reclamações, menos preocupada, mais tranquila, menos chata e choro, só se for o choro emocionado de quem se despede de um lugar que não sabe quando voltará a ver.
Descobri coisas hilárias sobre a família e conversamos bastante, o que não acontece aqui, no interior urbano. Fui dando importância errada às pessoas ao longo da vida. Ah, se eu tivesse valorisado mais esses momentos com a família antes...
Claro que eu senti saudade da vida que tenho aqui. Da minha cama, do meu computador, das minhas coisas, dos meus amigos. Do mesmo jeito que sentirei saudade daqueles 5 dias.
Me rendi ao mar e à toda aquela natureza em volta. Me rendi à vida com simplicidade, com mais diálogos e menos tecnologia, um coisa muito tipo 'de volta ao que seria um passado'. Me rendi à todas as preocupações e estresses. Me rendi à minha rotina super chata da cidade, buscando algo novo, mais bonito e mais vivo. Acordei todos os dias bem cedo - tendo indo dormir bem tarde - sem reclmar, diferentemente do perídodo de aulas. Eu queria ir logo ver o mar. E o verão até me fez sorrir, olha só, que piadinha macabra!

Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Deixei o sol secar minhas lágrimas. Deixei o mar limpar minha alma.

"Todo encanto se acaba, porque o sol tem que morrer? Mesmo tão diferente do que possa parecer.(...) Tudo começa como um dia chega ao fim."

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