Eram pobres homens, como eu, como tu, tinham lançado as redes no lago, ou recebido as taxas às portas da cidade. Que eu me lembre, entre eles não havia um doutor. Tinham o coração no peito, como eu, como tu. Tinham os olhos cheios de lágrimas e um rosto de tristeza e de medo. O vento bateu à porta da casa. Entrou, como um raio, em toda a sala. E, tiveram olhos e o coração cheios de fogo. Sairam para rua cantando alegria. A voz que anuncia é mesmo para ti, te traz a alegria duma boa notícia.
Aceita o que há por vir. Deve ser bom. Confia e irá longe. Espera. ' Em ti confiamos ' não vai chegar. Terá que ir sozinho. Não tenha medo. Com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda as tuas forças. O caminho é longo. Deixa as brigas surgirem do nada, terás uma boa lição no final. Não dá para dizer 'eu te amo' do nada, podes arrepender-se depois. Cuidado com as palavras. Você pode ferir ao outro. Me escuta, eu tenho uma boa notícia. Confia em mim. Pode fazer o que quiser. Hoje eu estou cantando alegria. Amanhã à tarde sairei pelas ruas cantando e pedindo dinheiro. Não importa a quantidade de dinheiro que você tenha. Importa é o que você leva no coração. O que importa é o que você é.
Uma pequena nota por Marô Dornellas:
Eu sou feliz por ser quem eu sou.
Caminho, sempre.
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